top of page
Buscar

O REINO DA VIDA

  • Foto do escritor: Luisa Coelho
    Luisa Coelho
  • 3 de mai.
  • 39 min de leitura

Atualizado: 14 de mai.





Autor: Antonio M. F.

Tradução: Luísa Coelho








CAPÍTULO 3 – O PROPÓSITO

 

A compreensão dos processos rítmicos da vida corresponde a uma série de fatos.

 

“A GLÓRIA FUTURA DE SIÃO.

Quem são estes que voam como nuvens, e como pombas às suas janelas?Certamente a mim esperarão os da costa, e as naus de Társis desde o princípio, para trazerem teus filhos de longe, a sua prata e o seu ouro com eles, ao nome de Jeová teu Deus, e ao Santo de Israel, que te glorificou “.

Isaías 60: 8-9

 

Toda a corrente bíblica entre Jeová e o monte santo, Sião, a cidade de David (fortaleza de Jerusalém conquistada pelo rei David), diz muito sobre uma hipotética situação do futuro do povo que segue a Deus.A pergunta que o profeta Isaías formula a Deus: “Quem são estes que voam como nuvens, e como pombas às suas janelas?” tem como referência visionária aqueles que estão presentes, embora invisíveis socialmente, pois estão envolvidos numa nuvem que não deixa ver o “Céu”.

Aqueles que “voam como pombas” alude a uma representação clara do Espírito Santo, que se manifestou em Jesus de Nazaré em forma de pomba, tornando-se assim Cristo, o portador da doutrina pura.A partir do momento em que Jesus foi batizado no rio Jordão por João Batista, o batismo com água ficou invalidado: “Eu batizo com água para lavar os pecados, mas aquele que vem depois de mim batizará com o Espírito Santo”, o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo.

Só existe uma descrição clara para os que se vestem de pomba. São aqueles que vivem segundo a verdadeira doutrina de Cristo, a doutrina do Evangelho do Reino, que será pregado em todo o mundo.

“E será pregado este evangelho do reino em todo o mundo, para testemunho a todas as nações; e então virá o fim.”

Mateus 24:14

 

Ao proclamar a pergunta a Deus: “às suas janelas”, o sábio profeta Isaías reconhece aqueles que regressam do outrora para que, nestes tempos, recebam o selo de Deus nas suas testas, os 144.000 selados, doze mil por cada uma das tribos de Israel.

“Não façais dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus.”

Apocalipse 7:3

 

Ao que hoje se costuma chamar de cristianismo está edificado sobre uma conceção pouco comprometida com a ordem natural, sem se abstrair por completo da vida quotidiana que move o mundo. O que é verdadeiramente importante é ver as coisas sob a ótica do coração. Só então podem ser encontradas as grandes verdades. Para o verdadeiro cristão, o coração é um sentimento que o leva a amar o próximo como a si mesmo. Assim, a vida revela-se através da situação e do sofrimento dos demais. É preciso ser bom com os que são bons, e justo com os que não o são. Qualquer transgressão por parte de alguém deveria provocar uma reação de rejeição por parte daquele que se considera justo.

Em geral, o ser humano encarna a vida na sua vertente negativa. Expressa uma forte afirmação egocêntrica, acreditando que tudo aquilo que está abaixo de si lhe pertence. A ubiquidade do seu ego manifesta-se da seguinte forma: estando situado no último elo da cadeia evolutiva da Natureza, sendo portador de uma inteligência superior, julga-se no direito de a dominar, e assistimos ao desamparo dela e dos seres vivos que a povoam, que são criados e consumidos como alimento, ocupando uma posição privilegiada em relação às bestas que se alimentam de carne.

Com base nesta lógica de domínio, o sentimento humano do amor purifica-se, construindo a sua própria filosofia argumentativa. Tudo começa pela procura da razão dos factos que o conduzem por esse caminho.A essência desses fenómenos que preenchem esse mundo serve para estabelecer uma tradição e garantir a continuidade dos acontecimentos.

 

“CRÍTICA DA RAZÃO PURA.

Ora bem, por que motivo ainda não foi possível encontrar aqui um caminho seguro para a Ciência? Será isso impossível? Mas então, por que razão introduziu a Natureza na nossa razão a incansável tendência para o procurar, como um dos seus assuntos mais importantes? E mais ainda: quão pouca razão temos para confiar na nossa própria razão, se, justamente numa das partes mais importantes do nosso anseio de saber, ela não só nos abandona, como ainda nos entretém com ilusões, apenas para nos enganar no fim! Ou então, se até agora apenas se falhou o caminho certo, que indícios nos permitem esperar que numa nova investigação sejamos mais felizes do que foram outros antes de nós? “.

Fragmento de Crítica da Razão Pura, Kant.

 

Dispor de pessoas puras de coração significa possuir as ferramentas necessárias para a transformação de uma sociedade disposta a não possuir os bens alheios e a não devorar os seus ancestrais.

 

“A CANALHICE DOS ARANCEIS OU A DUPLA MORAL DO PROTECIONISMO/MERCADO LIVRE.

Os teóricos do capitalismo identificam-no com termos como «mercado livre» ou «livre concorrência», mas trata-se de mais uma mentira (uma mentira que mata milhões!), mais uma incoerência do seu modelo, porque, na realidade, nada é menos livre do que o mercado que eles próprios defendem. Por um lado, proclamam apaixonadamente a defesa do mercado livre (que os empobrecidos fiquem desprotegidos face às nossas mercadorias) e, por outro, adotam medidas protecionistas (barreiras para nos protegermos das mercadorias do Sul; o contrário do lema liberal «deixar passar, deixar fazer»). São uns «cobardes», economicamente falando, porque só lhes interessa o mercado livre quando têm todas as vantagens e os outros estão de mãos atadas, mas, quando os outros têm a possibilidade de se defenderem, já não gostam do mercado livre e apressam-se a esconder-se atrás do protecionismo.”

Mas não é apenas incoerência e cobardia, é maldade planeada. O objetivo é impedir que os países pobres, a quem chamam hipocritamente «países em vias de desenvolvimento» (quando, na verdade, estão em vias de empobrecimento devido às nossas manobras), se desenvolvam, forçando-os a permanecer pobres e dependentes de nós.

Para isso, exige-se que aceitem as normas do «mercado livre» com o Norte (eliminando as suas barreiras protecionistas ou tarifárias), enquanto o Norte, pelo contrário, utiliza o «protecionismo» (tarifas elevadas) para se proteger das mercadorias do Sul, através de taxas (impostos) e quotas, de modo a encarecer e deixar fora da concorrência os produtos do Sul (têxteis, calçado, manufaturas, etc.). Assim, o açúcar em bruto, que produzem como escravos para nós e que segue do Sul para o Norte ao preço que bem entendemos, paga apenas 2% de impostos. Mas, se os pobres do Sul tentam vender-nos açúcar já refinado, impomos-lhes 20% de impostos, levando-os à falência. Ao cacau que lhes roubamos aplicamos 5% de impostos, mas, se tentam vender-nos chocolate, impomos 10%, não vá acontecer que façam concorrência à Nestlé. Quando os países empobrecidos exportam para os mercados dos ricos, enfrentam barreiras alfandegárias quatro vezes superiores às que os países ricos encontram nesses mesmos mercados, o que custa aos países empobrecidos cem mil milhões de dólares anuais, segundo N. Stern, a mais alta autoridade do Banco Mundial, o dobro do que recebem em ajuda. A África Subsariana perde assim dois mil milhões de dólares todos os anos. A Índia e a China perdem três mil milhões, e estas são apenas perdas a curto prazo.

Crise económica e apocalipse (Gabriel Wüldenmar Ortiz)

 

Lição XXVNUTRIÇÃO NORMAL (EUTROFIA)

O vegetarianismo defendido pela ciência, pela religião e pelas suas personalidades de destaque.

Enfim: homens eminentes de todos os tempos e das mais variadas tendências ideológicas, filósofos, santos, escritores, médicos, estadistas, etc…, professaram e defenderam o regime alimentar que preconizamos.Citaremos, entre muitos outros, Séneca, Pitágoras, Xenofonte, Cuvier, Darwin, Haeckel, Newton, Milton, Bossuet, Fénelon, Pascal, Rousseau, Lineu, Franklin, Wagner, Reclus, Edison, São Clemente de Alexandria, São Basílio, São Gregório, Santo Agostinho, Goethe, etc…, para não tornar esta lista interminável.Nos tempos modernos, merecem destaque as figuras vegetarianas de Bernard Shaw, o grande dramaturgo inglês, e de Ramón y Cajal, o sábio histologista espanhol, cujas qualidades de energia, resistência e capacidade de trabalho ninguém pode pôr em dúvida. 21

Encerraremos este assunto com a magnífica exortação de Pitágoras, transmitida por Ovídio: “Cessai, ó mortais, de manchar os vossos corpos com alimentos sacrílegos. Acaso não tendes douradas searas? Porventura não são infinitas as árvores cujos ramos se vergam ao peso do seu generoso fruto? As videiras carregadas de uvas não são vossas? E não o são igualmente milhares de plantas deliciosas que, amolecidas pelo fogo, podem servir de saboroso manjar? Pródiga dos seus tesouros e alimentos agradáveis, a terra oferece-vos sustento que não implica mortes nem sangue. Só aos animais é próprio alimentarem-se de carne, e nem todos o fazem. O cavalo, o boi, a ovelha, pastam as ervas dos prados; apenas os de índole feroz e selvagem, os tigres, os leões ferozes, os lobos e os ursos, se comprazem em manjares sangrentos. Ó deuses! Poderá haver maior delito do que introduzir entranhas nas próprias entranhas, alimentar com avidez o corpo com outros corpos e conservar a vida dando a morte a um ser que, como nós, vive? Pois, em meio de tantos bens que nascem da terra, que é a melhor das mães, vós, ó homens, preferis imitar os bárbaros ciclopes, triturando com os vossos dentes membros dilacerados! Por que razão há-de ser a matança o único meio de satisfazer a vossa insaciável gula?”

21 Temos diante de nós um seminário madrileno onde, após a morte de Ramón y Cajal, foram publicadas declarações da sua secretária, nas quais relatava o regime alimentar seguido pelo mestre, estritamente dentro das normas vegetarianas que vimos preconizando; estas declarações foram oportunamente comentadas por nós na revista Hélios de Valência.

 Curso de medicina natural en cuarenta lecciones (Eduardo Alfonso)

 

Voltando ao versículo de Isaías em que Deus responde: “Certamente a mim esperarão os da costa”,a resposta de Deus não se limita, de modo algum, a expor uma profecia, mas pretende indicar o caminho dela, colocando a ênfase na costa. Por isso, “costa” refere-se à outra margem do Mediterrâneo, vista a partir da Síria, do Líbano e de Israel. E, se quiséssemos ganhar a costa, chegaríamos à Turquia, à Grécia, à Itália, à França e a Espanha.

Entre os habitantes do mundo ocidental surgirá a divina enfermidade, e esta não se resolverá com auspícios, nem com exorcismos, nem com orações, nem com drogas, nem com fármacos, nem com operações, e nem sequer se obterá qualquer alívio com plantas ou poções, porque o tempo terá soltado os seus mil tentáculos para invadir o seu estado de paz. É então que ouvirão falar dos reformadores do Imperador Amarelo, daqueles que pretendem transformar o metal em ouro, os alquimistas da moral. Eles acenderão os pavios da inquietação, da aversão pela injustiça e pela impiedade, para que Fut e Lud disparem os seus arcos com flechas de fogo.

Os de Tubal e Javã mantinham relações comerciais com Társis (Ezequiel 27:13). Eram considerados bons guerreiros e ourives, sendo descendentes de Jafé, filho de Noé (Génesis 10:2). Conta-se que os cimérios os obrigaram a deslocar-se para a zona montanhosa oriental do Mar Negro, acredita-se que para a Geórgia, a Ibéria caucásica. Esses iberos emigraram para a península que mais tarde se chamou Ibéria em sua honra, hoje Espanha e Portugal.

“Às costas distantes que não ouviram falar de mim, nem viram a minha glória; e publicarão a minha glória entre as nações.”

Isaías 66:19

 

Também da descendência de Noé chegaram às costas:

 

“Estas são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio.2 Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. 3 Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma. 4 Os filhos de Javã: Elisa, Társis, Quitim e Dodanim. 5 Destes se povoaram as costas, cada qual segundo a sua língua, conforme as suas famílias, nas suas nações.”

Los descendientes de los hijos de Noé - Génesis 10:1-5

 

 O bispo de Sevilha recolheu uma tradição de Flávio Josefo (historiador judeu-romano do século I), segundo a qual Tubal foi antepassado dos iberos e das tribos italianas. Mas nem as trevas, nem o dilúvio universal, nem os cimérios puderam impedir que «os sobreviventes de Jeová», ou descendentes de Noé, se estabelecessem em Társis, na Ibéria e em toda a costa mediterrânica. Todos eles despertarão do seu sono quando soarem os sinos do esquecimento; então aparecerá um sinal nas suas testas para que se reúnam as doze tribos de Israel, e eles proclamarão «a glória de Deus às nações» «e trarão todos os irmãos de entre todas as nações como oferta ao Senhor Jeová».

Retomando novamente o versículo de Isaías: “esperam-me as naus de Társis”, é necessário atuar sobre os fenómenos relacionados, restituindo-os no contexto da sua natureza. É por isso que surgem estados de consciência remetentes, tanto no âmbito da descendência genética (a casa de Noé) como através da via da reencarnação.

Por vezes, pode parecer o que não é, e não provir de onde realmente se vem. Para muitas pessoas, a alma revela a linhagem e aquilo que, em essência, foste noutra vida. É o que és agora. Deus reúne a natureza da alma daqueles que fazem parte do seu projeto (Os selados — Apocalipse 7), com a cultura e o conhecimento adequados para esse fim, desenvolvidos na região de Társis, o que hoje é a Andaluzia.

Dos três princípios primordiais para poder ascender aos Céus, o primeiro consiste em agitar-se para deixar de estar petrificado e romper com as trivialidades. Isto consegue-se através de um tipo de exercício que estabeleça padrões de contração-relaxamento. Graças a isso, pode-se influenciar todo o espectro neuronal. Esta ação metafísica do Yin e do Yang (contração-relaxamento) é proporcionada pela prática da magia do Oriente: o Taekwondo, na sua vertente tradicional.

Por mais bela que possa parecer uma dança, nada se compara ao Tai-chi. O ritmo silencioso, a parcimónia dos seus movimentos, a espiral interna do tronco, as ondulações exteriores dos braços e das mãos, o vaivém imposto pela dualidade oscilante do peso do corpo de uma postura para outra, e a sua essência serena, são capazes de governar o grande reino dos arcanos mentais e dos elementos mentais. Este é o segundo princípio primordial.

Com a mesma naturalidade com que se utilizam os utensílios de trabalho e a força que se acumula nos músculos do corpo, o QiGong transforma o organismo numa fonte de energia que reis e sábios desejariam para si, pois a sua obra preenche todo o microcosmo talâmico. Estamos a falar do terceiro princípio primordial.

“E estrangeiros edificarão os teus muros, e os seus reis te servirão; porque na minha ira te castiguei, mas na minha boa vontade terei misericórdia de ti.”

Isaías 60: 10

 

Os muros de Sião são os muros do seu templo:

“E nela não vi templo, porque o Senhor Deus Todo-Poderoso é o seu templo, e o Cordeiro.”

La Nueva Jerusalén – Apocalipsis 21:22

 

Todas as aspirações devem ser orientadas para o desenvolvimento metafísico do tálamo: o templo de Deus.Muitas das palavras que a Bíblia diz não devem ser interpretadas à letra. Ela não foi escrita para a casta sacerdotal, nem para os saduceus, nem para os fariseus desta época, nem para os dogmáticos, nem para os eruditos, nem para os soberbos, nem para os vaidosos, mas sim para os néscios.

“Porque a palavra da cruz é loucura para os que se perdem; mas para nós, que recebemos a salvação, é a manifestação do poder de Deus.

Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a esperteza dos inteligentes.

Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?

“Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.

Porque os judeus pedem sinais, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios; mas, para os chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus.”

“Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.

Vede, pois, irmãos, a vossa vocação: que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos

 poderosos, nem muitos nobres; mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis do mundo e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se glorie na sua presença.”

“Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção; para que, como está escrito: Aquele que quiser enaltecer-se que o faça no Senhor.”

Cristo, poder y sabiduría de Dios – 1 Corintios 1:18-31

 

É o hábito que faz o monge. Daí resulta que os costumes e as leis devem adaptar-se aos tempos. O maior erro daqueles que escrutinam as Escrituras é não se aperceberem de que a Bíblia é um livro com múltiplas finalidades, sendo a principal delas a de induzir ao natural, pois para Deus o natural não é o contrário do humano, mas sim o seu complemento harmónico.

Quem possui uma boa doutrina em Társis, esta pode ser tão poderosa que todos os antagonismos da verdade se desvanecem diante dela. De um modo geral, os seres desta doutrina deslocam-se em naus (“as naus de Társis”). Isto significa que não se afundam na água. É importante recordar, a partir do capítulo anterior, que, em termos pejorativos, a água representa o negativo, os estereótipos, as mentiras, etc. Aqui convém assinalar a afinidade existente entre a filosofia taoista e a doutrina de Deus, no que respeita aos termos metafísicos.

“-Fu-Hi: é considerado o fundador da cultura clássica chinesa, bem como o criador das conceções chinesas do Universo.

Era representado sob a forma de tritão.

– Foi ele quem criou o I Ching (Livro das Mutações).

– Desenvolveu toda uma teoria binária das forças yin-yang que regem o Universo, representando-as por varetas e símbolos formados por linhas.”.

Fragmento de Filosofía china: Fu-Hi

 

O sábio não o é por sê-lo, mas por ver as verdades que encerram as coisas. Entre as exposições mais notáveis sobre a personagem do imperador Fu-Hi, destaca-se a referência a este ser representado sob a forma de tritão, um ser metade homem, metade peixe. Visto assim, tal como está, poderia parecer uma personagem mitológica. No entanto, a fonte da qual se alimenta o conhecimento é a metáfora. Por isso, nessa representação de Fu-Hi não impera o mitológico, mas sim o místico, pois, com a sua cauda de peixe, não se afundava na água, para não ser atacado pelo mundo das mentiras e dos estereótipos, e para que as suas conceções se revelassem verdadeiras.

 

O REINO DE TÁRSIS

 

A escolha de Társis para o projeto de Deus penetra profundamente na biologia da idiossincrasia dos tartéssios. Eles sabem que a vida não consiste apenas em ir de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Sabem que a vida é algo mais. Existem mais formas que são componentes da vida, algumas tão vitais como o riso e a música. O riso atua como um elemento mágico que equilibra o universo dos estados mentais.  A prática de monólogos, anedotas, sátiras e brincadeiras faz parte do mecanismo da engrenagem social na Andaluzia. Os andaluzes sonham mais acordados do que adormecidos, envoltos no adorno rendado da linguagem poética.


São Miguel não estava só

na alcova alta da sua torre;

cavalos das suas cores

por Andaluzia corriam sem temor.

 

São Rafael, na sua nau,

cruzava o grande Guadalquivir,

para que o tartéssio vestisse

as roupas de fino carmesim.

 

São Gabriel desceu a Sevilha,

de alma firme e vontade disposta.

Deus te salve, ó São Gabriel,

que vens anunciar o regresso

daqueles que nos deixaram

com a alma perdida nas trevas.

 

“Por volta do ano 1100 a.C., quando o resto da Península e toda a Europa jaziam em plena obscuridade pré-histórica, surge na Andaluzia a impressionante civilização tartéssica. A cidade-Estado de Tartesso, situada perto da foz do rio Guadalquivir, nome que os fenícios transformariam em Tarschisch e os gregos em Tartessos (27). Este povo organizou num Estado federal todas as cidades e povos existentes na Andaluzia, sendo a origem de uma grande cultura clássica, a primeira da Europa: compreendia o povo dos cinetes, no oeste de Huelva e sul de Portugal (Algarve), os Tartéssicos propriamente ditos, que povoavam o vale do Guadalquivir até às serras mais orientais de Jaén (28); a Tartessos pertenciam igualmente os Cilbicenos, que ocupavam a zona mais meridional da Andaluzia, os Etmaneus ou Iliates, na faixa superior do vale do Guadalquivir; e os Mastienos, que habitavam desde o rio Guadiaro até à cidade de Mastia, situada sob a atual Cartagena”.

Historia de Andalucía (Antonio Medina Molera)

 

Com bastante rigor, este historiador relata que, em numerosas pinturas cretenses da época, surgem na Andaluzia bailarinas trajadas com vestidos de ‘faralaes’, típicos das dançarinas de Tartessos, sendo estas bailarinas famosas em muitas partes do mundo.

É significativo o impressionante mundo da música, que pode transformar tudo — desde o sentido eterno, ao qual confere domínio pacífico e serenidade, até aos encantamentos de uma música infernal, onde dançam os demónios.

As sucessoras das bailarinas de Társis são uma constante ao longo da história da Andaluzia. A partir da interculturalidade entre romanos, visigodos, árabes, judeus e ciganos, percebe-se como a música com raízes em Társis foi evoluindo, sem nunca deixar de cultivar com grande ênfase os cânones primordiais da música tartéssica. Esta arte mágica é capaz de substituir a morte por um lamento poderoso, capaz de cerrar as fissuras que atingem o edifício talâmico. No entanto, como tudo o que é verdadeiramente valioso, está ancorada no mais profundo da essência humana.

 

“O epíteto flamenco foi transferido para os ciganos como expressão da má vontade dos espanhóis em relação aos indivíduos desta raça: odiados, tal como o eram os flamencos.

Ou seja, o nome de uma raça odiada serve para designar outra igualmente abominada.”

Orígenes de lo flamenco y secreto del cante jondo (Blas Infante)

 

“Essas canções flamencas podem, na realidade, ser cantos árabes, provenientes de África e adotados por verdadeiros flamengos dos Países Baixos ou por flamengos tziganos, chegados a Espanha com as tropas boémias… Como se a Andaluzia precisasse que flamengos ou boémios viessem estabelecer uma comunicação com África! Mas será possível que, sem conhecer a História, Pedrell se aventurasse a formular hipóteses sobre os fenómenos históricos desenvolvidos na Andaluzia? Serão os andaluzes tão desprezíveis que, por não termos, nem sequer possuímos uma História digna de ser lida, para escrever sobre os factos desenvolvidos por essa mesma História? Não importa que o próprio Pedrell venha, mais tarde, retificar um pouco numa outra obra sua (Estudos sobre o Folclore Musical).”

Orígenes de lo flamenco y secreto del cante jondo (Blas Infante)

 

Tendo em conta todas essas teorias e dissertações que nos falam das origens do flamenco, não é de estranhar que estejam cheias de contradições. Foi apenas com o influxo dos sons provenientes dessa interculturalidade existente na Andaluzia, que se foram associando ao tronco principal tartéssico, que os sons alquímicos do flamenco começaram a tomar forma nas suas três vertentes: cante, toque e baile.

Todas essas disposições musicais, trazidas à árvore tartéssica por árabes, judeus, ciganos, entre outros, desdobraram-se numa vasta variedade de 'palos' do flamenco. As diferentes rotas do cante, que se desenvolveram ao longo da geografia tartéssica (Andaluzia, Múrcia e Badajoz), conferiram à magia do flamenco uma autoridade de essência musical de que nenhuma outra parte do mundo dispõe. Os processos de cognição que ocorreram nos diversos criadores dos 'palos' flamencos estão de acordo com a ideia geral de uma obra sem paralelo, da qual nem os próprios criadores tinham plena consciência quanto à sua natureza. As seis cores, os seis sabores, as seis emoções, as seis expressões, os seis sentidos e as doze notas musicais estão estreitamente ligadas aos ‘palos’ flamencos. Só o conhecimento do celestial concede, a quem o possui, a compreensão do verdadeiro sentido da origem do flamenco e de como os sons, os queixumes, a dor e o “duende” se foram apoderando das gentes puras e cabais do reino de Társis.

 

A VÃ APARÊNCIA

Retornar ao paraíso e abandonar o mundano, voltar à árvore da vida e deixar de lado a árvore da ciência do mal, é o projeto de Deus para com os homens. As dores da solidão, que o homem reto tem de suportar em tudo o que o rodeia, com a perda, com a discrepância entre a essência e a aparência, com as doenças e com os demónios, pesam sobre ele. Ainda assim, o maior problema reside na falta de fé e na incompreensão da verdade. Vivemos numa época em que a ciência roça o milagre; por conseguinte, parece que os processos de discernimento filosóficos e espirituais podem ser interpretados pela ciência, sem necessidade de recorrer a um quadro de referência metafísico.  Contudo, para o místico, toda a obra científica deste tempo dissolve-se numa vã aparência. A situação social, desde há milhares de anos até aos nossos dias, pouco mudou. O homem continua a ser o mesmo de outrora. As guerras prosseguem, milhões de pessoas vivem na miséria e na fome, a população encontra-se cada vez mais doente, e a morte permanece sempre presente. Apenas o homem ganhou em maldade e perdeu em natureza.

O homem não deixa de errar sem tréguas. Durante a maior parte da sua vida, vive encarnado no mal. Uma profunda hipocrisia move a sua existência: proclama o amor pelo seu cão e pelo seu gato, mas mata o cordeiro e a vaca para os comer. Diz querer defender a Natureza, mas atenta contra a sua própria natureza ao tomar fármacos e drogas e ao inocular-se com vacinas. Tem dificuldade em reconciliar-se com a justiça e esquece rapidamente os crimes do passado. Gosta de interpretar a vida e de moldar as coisas à sua maneira para continuar a sustentar as suas mentiras. É capaz de encontrar paz interior no meio da agitação de um mundo em guerra. Venera-se o papa, que emprestou a sua doutrina ao mundo e às religiões que dizem representar Deus, mas que possuem disposições mundanas.

Todo o pensamento humano está edificado sobre os ‘logos’ de Fausto.

“Fausto é o protagonista da lenda clássica alemã com o mesmo nome. Trata-se de um homem inteligente e de grande sucesso, mas insatisfeito com a sua vida, pelo que faz um pacto com o diabo num cruzamento de caminhos, entregando a sua alma em troca de conhecimento e prazeres mundanos ilimitados.”

A lenda de Fausto, que remete diretamente para o tema de Job (o justo que sofre injustamente), é a base de muitas obras literárias, artísticas, cinematográficas e musicais, que a têm reinterpretado ao longo dos anos. «Fausto» e o adjetivo «fáustico» implicam uma situação em que uma pessoa ambiciosa renuncia à integridade moral para alcançar poder e sucesso durante um período limitado.

O Fausto dos primeiros livros, assim como as baladas, peças de teatro, filmes e peças de marionetas que deles surgiram, está irremediavelmente condenado porque prefere o conhecimento humano ao divino: «Deixou as Sagradas Escrituras atrás da porta e debaixo do banco, recusou ser chamado doutor em teologia e preferiu, em vez disso, ser chamado doutor em medicina». As peças de teatro e marionetas cómicas, baseadas de forma livre nesta lenda, tornaram-se populares em toda a Alemanha no século XVI, reduzindo frequentemente Fausto e Mefistófeles a figuras para diversão vulgar. A história foi popularizada em Inglaterra graças a Christopher Marlowe, que a tratou de forma clássica na sua obra The Tragical History of Doctor Faustus (A Trágica História do Doutor Fausto, cuja data de publicação é discutida, mas provavelmente seja em torno de 1587). Na reelaboração que Goethe fez da história mais de dois séculos depois, Fausto torna-se um intelectual insatisfeito, que anseia por «algo mais do que carne e bebida terrenas» na sua vida.

Definición en Wikipedia

 

Um sistema cujo princípio básico é de natureza materialista nunca poderá transcender para um modelo filosófico que seja coerente com todos os seres que compõem o Universo. Nem toda a filosofia grega, desde Mileto até Aristóteles, nem toda a mitologia do Ocidente, desde o Renascimento até à ciência humanista, nem todo o pensamento filosófico oriental, desde o Egipto, a Índia e a China, foram capazes de mover o homem nem um milímetro. O ponto de partida capaz de conduzir o homem para outro modelo universal, baseado no amor e no respeito por tudo, é nada mais do que a transformação do próprio homem. Trata-se de converter os estereótipos do homem em arquétipos. Aquilo que o ser humano reconhece como forma de induzir a vida é o que está gravado na biomemória dos neurónios da consciência, e o mundo que ele reconhece é o mundo dos seus neurónios. E esse eu individual não é mais do que a sede dos fenómenos induzidos pelos senhores das trevas, pelas tendências perversas da moral e pelo modelo imposto pela besta e pelos seus dez cornos.

 

"E parei-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez cornos; e sobre os seus cornos, dez diademas; e sobre as suas cabeças, um nome de blasfémia.

E a besta que vi era semelhante a um leopardo, e os seus pés como os de um urso, e a sua boca como a boca de um leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande autoridade.

E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu poder à besta; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? E quem poderá batalhar contra ela?"

Las dos bestias – Apocalipsis 13:1-4

 

INTERPRETAÇÃO:

– “E parei-me sobre a areia do mar”:

No Eclesiástico 1:2 podemos ler: “Quem poderá contar os grãos de areia do mar?” Eclesiástico (Sirac) 1:2 "Quem poderá contar a areia do mar, as gotas da chuva e os dias da eternidade?" (Bíblia de Jerusalém / Bíblia Ave-Maria)

Aqui, o apóstolo João tinha-se detido para que lhe fossem revelados os meandros obscuros e complexos do sistema, difíceis de decifrar (‘contar’)

 

– “E vi subir do mar uma besta”:

Voltamos a recordar que o mar simboliza o negativo, a maldade, a doença, etc…

 

– “que tinha sete cabeças”:

Aqui refere-se aos sete tipos de regimes políticos que governam o mundo. 

1.      Ditadura

2.      Monarquia

3.      Liberalismo

4.      Neoliberalismo

5.      Social democracia

6.      Comunismo

7.      Comunismo liberal

– “e dez cornos”:

Estes dez cornos referem-se a dez poderes fácticos que funcionam como elementos de sustentação do sistema, sendo chamados de cornos porque ferem / prejudicam a anatomia social, fisiológica e espiritual do ser humano.

1.      Religião

2.      Educação

3.      Judicatura

4.      Ciências e tecnologia

5.      Poder financeiro

6.      Política

7.      Poder militar e policial

8.      Sistema sanitário

9.      Meios de informação

10.  Música tóxica

 

– “e sobre os seus cornos, dez diademas 

O diadema sobre a cabeça simboliza coroa, poder, mas subordinado a um poder que está acima dele.

 

– “e sobre as suas cabeças, um nome de blasfémia”:

O seu nome é a grande meretriz.

 

“Veio, então, um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem cá, e mostrar-te-ei a sentença contra a grande meretriz, aquela que está sentada sobre muitas águas; com a qual fornicaram os reis da terra, e os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua fornicação.

E levou-me em espírito ao deserto; e vi uma mulher sentada sobre uma besta escarlate, cheia de nomes de blasfémia, que tinha sete cabeças e dez cornos.”

“E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas;e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundície da sua fornicação;e na sua testa um nome escrito, um mistério: Babilónia, a Grande, a Mãe das Meretrizes e das Abominações da Terra. E vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus; e, quando a vi, fiquei maravilhado e com grande espanto.”.

Apocalipsis 17:1-6

 

O equilíbrio do homem é, do ponto de vista ontológico, a raiz de tudo. O ser humano, tal como é, deve “morrer” para renascer, e, a partir dessa transformação, encontrará diante de si o “Pai nosso que estais nos Céus”.

Esta nova ordem que deve impor-se no homem não virá através de um simples propósito de emenda; os fluxos e as correntes dos estereótipos que circulam pelo tálamo são mais poderosos do que a vontade de qualquer um e, na melhor das hipóteses, podemos aspirar a reprimi-los, mas não a mudá-los. Contudo, o mundo bíblico vem trazer-nos essa esperança de mudança através da promessa de Deus, anunciada pela profecia de Isaías.

A base de todas as mutações que podem ocorrer na biomemória, enquanto código estrutural bioenergético que determina o comportamento da pessoa, são sistemas vibracionais sequenciados. Estes podem ser detetados como estereótipos através do teste alquinaturista, para, em seguida, serem arquetípados com a terapia correspondente. Desta forma, a água estagnada e desprezível pode transformar-se em água da vida.

Ainda que a terra careça de recursos (mecanismos criados por Deus no homem para lutar contra os estereótipos, as doenças, etc., e que já foram expostos em capítulos anteriores — Génesis 1), Deus soube engendrar, primeiro no Oriente e depois no Ocidente, asserções apodíticas (verdades incontestáveis, capazes de resolver situações).

A essência de Társis manifesta-se na realidade sob a forma de flamenco terapêutico. Assim, as vibrações do cante são sementes legítimas que garantem a autenticidade da evolução. Em outros casos, essas vibrações do cante atuam sobre alguns sistemas do organismo talâmico¹ que se fossilizam, ficando num estado de restrição funcional.

1 O tálamo está situado no núcleo do cérebro e é composto, na sua maioria, por grupos de neurónios inteligentes que controlam todos os sistemas que regem o organismo. Seria, figurativamente. como dizer que é o disco rígido de um computador.

 

ENTRE A TIBIEZA E A DESÍDIA

O meio mais importante para estabelecer a ordem na sociedade humana é a transmissão da doutrina ou das ideias. A obra do Novo Testamento cumpre perfeitamente essa função. Para o Nazareno, contar com os doze apóstolos foi vital para difundir a doutrina cristã. Assim, quando as ideias são transmitidas, a consciência trabalha e o conhecimento multiplica-se.

 

Tradição histórica de Santa Justa e Santa Rufina

Como é sabido, foi o próprio apóstolo Santiago quem organizou em Sevilha a primeira comunidade cristã, colocando à sua frente o primeiro arcebispo que houve em Espanha, o virtuoso discípulo do apóstolo, chamado São Pio. Este santo varão divulgou a nova religião cristã precisamente entre os seus companheiros de ofício e, por isso, os primeiros cristãos que houve em Sevilha foram escultores, modeladores e oleiros, estando a comunidade radicada em Triana.

Quando irromperam as perseguições contra os cristãos, muitos dos mártires provinham de Triana e pertenciam ao grémio da olaria e da cerâmica. As primeiras mártires foram Santa Justa e Santa Rufina.

A sua história, segundo a tradição, não a queremos contar com palavras nossas, limitar-nos-emos a reproduzir, verso por verso, o texto que a Igreja declarou como oração oficial para o dia de ambas as santas; esta oração corresponde ao ofício de matinas do dia 17 de julho, e foi redigida pelo célebre escritor e arcebispo de Sevilha, São Isidoro. Diz assim:

 

Santa Justa e Santa Rufina

irmãs sevilhanas,

pobres em bens materiais,

mas riquíssimas em virtudes.


Quando Dioclecianose

lançava ferozmente sobre os cristãos,

vós, com o vosso humilde ofício de oleiras,

sustentáveis a vida e ajudáveis os pobres.


Vivíeis religiosamente,

unidas em estreita comunhão,

dedicadas apenas às tarefas do lar,

levando ambas uma vida pura e inocente.


Aconteceu que, estando estabelecida

em Sevilha (uma festa anual)

em honra de Adónis,(deus pagão da mitologia),

nesse dia, muitas mulheres ruidosas

com gritos e clamores habituais

conduziam em procissão a imagem de Salambó,

nome fenício dado a Vénus.


E todos os transeuntes

eram obrigados a dar uma oferenda

para esse culto diabólico.

Ao pedirem tal óbolo

às santas irmãs, como tributo,

não o obtendo,

uma delas,

das que levavam o ídolo, indignada

destruiu todas as mercadorias de barro

que as santas traziam consigo.

Tradiciones y leyendas sevillanas (José María de Mena)

 

A contemplação tíbia que se encontra na desídia não deixa de penetrar no lodo dos estereótipos, nem de se escrever no livro da vida.

Maria tinha um grande interesse em conhecer os meandros que movem o mundo obscuro e o reino dos espíritos. Um dia, chegou um homem à sua janela e disse-lhe:

— "Sou um mestre na arte do saber e posso tornar sábio o néscio e néscio o sábio."

Então ela respondeu-lhe:

— "Senhor, não sabia que eras possuidor de tal maravilha, nem sequer na minha imaginação poderia conceber tal coisa."

Depois de a ter escutado, o homem respondeu-lhe:

— "Escapei providencialmente de ser despedaçado, afogado e queimado. Posso mover o céu e a terra e voar pelos quatro ventos sem que nada me detenha, transformar o gás em fogo, o fogo em metal, o metal em terra, a terra em madeira e a madeira em água. Tenho a chave das células T e B da memória, e nenhum patógeno disfarçado me resiste. Aprendi a magia das artes orientais: os seus movimentos desmascaram os iludidos e reerguem os abatidos. Os sucessos não me alegram, porque sei que depois vêm os fracassos. Visitei o imperador Fu-Hi e o imperador amarelo Huang Ti. Falei com Lao Tsé e Confúcio. Faço parte da servidão e sou um rei sem reino. Consegui afastar-me dos egos e não tenho qualquer interesse pelas coisas materiais. Durante dias lutei com a morte, mas nunca lhe tive medo. O mundo pensa que sou louco e deixa-me de lado, mas que fique o mundo a saber: sou um doido com coragem.!".

 

Um dia:

A lua entrou na minha casa,

e olhava o menino a dormir.

Disse-lhe: vai-te embora, Lua,

não o leves nos teus braços a fugir.

 

Dentro de mim choram penas,

sem lágrimas nas mãos a cair;

gritam dores na minha alma,

queixumes calados a ferir.

 

Quem aprecia a vida, age; e se nada faz, arrasta-se para a desídia. Esta é uma carência de fidelidade, de justiça e de fé, e o princípio da confusão. Por isso, não fazer nada, aliado à incultura, é sinal de decadência e afasta-nos de uma verdadeira vida natural. Não se pode ignorar aquilo que todos veneram, aquilo que ‘a massa devora’, pois são esses que estão sentados à mesa do círculo da destruição e do caos, ainda que hoje se sintam seguros, inteligentes, arrogantes e vestindo o seu mísero manto de meretriz.

 

“E escreve ao anjo da igreja de Laodiceia:

Eis o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus, que diz:

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.

Quem dera que fosses frio ou quente!

“Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Pois dizes: Sou rico, estou enriquecido e de nada tenho falta; e não sabes que tu és um desventurado, miserável, pobre, cego e nu.”

“Portanto, aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas para te vestires, e não se descubra a vergonha da tua nudez; e unge os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.”

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele comigo.”

“Ao que vencer, concederei que se sente comigo no meu trono, assim como Eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”

El mensaje de Laodicea - Apocalipsis 3:14-22

 

O conhecimento vital não é mais do que a parte que cada indivíduo possui do Tao, e este devemos traduzi-lo por VIDA. Quem maneja o Tao é como um deus que enfrenta os maiores desafios sem reticências, não deseja nada para si, não tem coração próprio porque o entregou ao universo do justo e do verdadeiro.O seu conhecimento é tão poderoso que todo o antagonismo mundano se desvanece diante dele.

 

Quem não tem tempo para realizar a roda da vida, vê-se duplamente sem tempo. O corpo, torturado pela desídia, responde com torpeza a qualquer situação que a vida nos coloca, pois, a capacidade de resolver as coisas fica gravemente diminuída. As inter-relações das atividades da roda da vida estabelecem-se de tal forma que a prática de uma atividade serve de impulso para o desenvolvimento de outra. Essas atividades penetram profundamente na neurofisiologia do tálamo. Deste processo surgem estados de consciência autênticos para o desenvolvimento das atividades

As obras de cada um permitem vislumbrar a aquisição de um perfil metafísico, podendo demonstrar-se que existe uma energia resultante da prática das atividades, a qual atua como um elemento mágico na compreensão do metafísico.

 

I. UMA APROXIMAÇÃO AO ‘LIVRO DA MUTAÇÃO’

Só recentemente os estudiosos asiáticos começaram a interessar-se amplamente pelas ciências materiais que, para o bem e para o mal, tanto contribuíram para transformar a vida humana, especialmente no Ocidente.Antigamente, os pensadores asiáticos ocupavam-se principalmente de procurar o significado da vida (ou, pelo menos, o verdadeiro objetivo do homem) e os modos de utilizar esse conhecimento vital para o entendimento e domínio de si próprio. Uma das ajudas mais valiosas, ainda que não das mais coerentes, para a compreensão dos processos rítmicos da vida, com o intuito de restituir ao homem a harmonia com eles, é o Livro das Mutações chinês.

As opiniões divergem no que respeita à autoria e à data de origem - questões estas que recebem mais importância no Ocidente do que na Ásia-. Confúcio, que viveu há cerca de dois mil anos, já então considerava esta uma obra antiga, e podemos supor, com bastante margem de segurança, que algumas das suas partes têm, pelo menos, três mil anos de antiguidade. Deve ser, certamente, um dos livros mais antigos do mundo. A autoria do texto básico é atribuída ao Rei Wên (1150 a.C.) e ao seu filho, o duque de Chou; e a do Comentário, que hoje faz parte integrante da obra, a Confúcio e aos seus discípulos. Não há provas conclusivas nem a favor nem contra essas afirmações; o que se pode afirmar com segurança é que o livro é, de facto, muito antigo, e a investigação erudita mais recente indica que os chineses têm tido razão, nestas matérias, com bastante mais frequência do que se supunha antigamente. Em qualquer caso, parece-me que esta questão tem apenas um valor puramente académico; o que mais me interessa é que o Livro das Mutações, quando devidamente posto à prova, responde de modo a dissipar todas as dúvidas quanto ao seu valor como livro de adivinhação.

O facto de o ter intitulado Livro da Mutação, em vez de utilizar a forma plural mais habitual, Livro das Mutações, é algo inovador. A língua chinesa está livre das complicações de número, género, etc., pelo que ambas as traduções são válidas. A escolha do singular nasce da minha convicção de que os autores chineses selecionaram o título para refletir o seu conceito da Mutação como o único aspeto imutável do universo normalmente percetível aos seres humanos. Neste contexto universal, as mutações individuais são relativamente pouco importantes; o que precisa de ser enfatizado é o próprio processo de mutação.

Quer utilizemos o I Ching para fins de adivinhação, quer o façamos para estudar os princípios nele implicados,”.

I CHING. El libro del Cambio (John Blofeld)

 

Ter uma bola de cristal para adivinhar o futuro é como um fermento dissolvente sobre a vida, e é tornar-se mais uma roda na grande máquina de Satanás. A atitude do Rei Wên difere bastante disto, pois, nas conceções taoistas, o destino é tratado como a suprema ação de causa e efeito.

Por outro lado, algo muito distinto, que também poderia parecer ter um “olho encantado”, é esclarecer as operações da vida e indicar-nos se é conveniente ou não realizá-las. Como, por exemplo: comprar uma casa, fazer uma viagem, empreender um negócio, escolher um trabalho, etc.

Estas adivinhações poderosas estão intimamente relacionadas com o mundo da consciência coletiva.Esta arte de adivinhação permite penetrar na consciência do outro e, desta forma, obter informação fidedigna daquilo que ele sabe.

Para que não haja desilusões no momento de empreender uma ação, o influxo do conhecimento coletivo pode ser transmitido a todos e a cada um dos que estão envolvidos nessa mesma ação. É assim que, ao desenvolver essas conceções secretas e milagrosas da Natureza, se confere ao ser humano a aparência de conseguir adivinhar o futuro.

 

LONGE DO ESPÍRITO DO FLAMENCO

Os dois soberanos mais poderosos da terra navegam atualmente pelo desconhecido oceano musical, fabricando, um, o elixir da vida, o outro, o elixir do pó da terra. Aqui, todas as diferenças já se encontram presentes. As vibrações do bem e do mal devem ser percecionadas da mesma maneira que percecionamos as cores. A perceção da cor não é algo relativo, mas algo totalmente objetivo, relacionado com o espectro da luz. Quando alguém vê a cor de forma diferente, como no caso do daltonismo, estamos a falar de uma desordem dos fotopigmentos da retina.

“A elegante beleza vestida de púrpura — que é, como acabo de saber, a Grande Sacerdotisa — começa a falar-nos do Vodu.”

No final do século XVII, os primeiros navios negreiros chegam ao Haiti. Vêm do Daomé, da Nigéria, de Angola e do Togo. A sua língua é o ‘fon’, e em fon, ‘vudú’ significa deus, espírito ou imagem. Trazem consigo a sua religião, mas são obrigados a se batizarem e a seguir uma instrução religiosa católica. O Vodu é, portanto, um curioso conjunto em que se misturam crucifixos e círios com tambores tam-tam e possessões.É uma religião animista que venera os espíritos, os ‘loa’. Cada loa possui o seu símbolo mágico, o ‘vevé’, que serve para atrair o espírito. A cerimónia do Vodu consiste em ‘possessões’ dos iniciados pelos espíritos, que se comportam cada um de maneira distinta e são reconhecidos e venerados segundo um ritual próprio.

A Grande Sacerdotisa fala-nos depois do templo vudu. Este último pertence a toda a gente. Pode-se ir quando se quiser, levar uma criança para que cuidem dela, ou procurar uma cura. A Grande Sacerdotisa é também uma feiticeira que pode exorcizar maus espíritos ou administrar uma ‘simples’ erva com virtudes medicinais. Alguns pacientes abandonados pela medicina tradicional são-lhe confiados, e ela cura-os.

La dinámica mental (Christian H. Godefroy)

 

A perceção dos efeitos vibracionais no cérebro é extremamente sensível. O Sentido sintoniza-se plenamente e faz-te sentir se as vibrações são positivas ou negativas. Trata-se da dádiva mais preciosa que se pode oferecer à vida. O Sentido integra um grupo de neurónios responsáveis pelo controlo da doença e está, em particular, ligado a uma zona somatotópica associada a agentes contaminantes.

 

O cajón é um instrumento africano. Foi levado pelos negros africanos para o Peru, e ali foi desenvolvido.

Tem uma forma característica: uma caixa de madeira com um orifício redondo e algumas cordas no interior.

 Era a forma que os negros encontraram para iludir os brancos, pois os brancos proibiram-nos de tocar tambores. Para a Igreja da época, os tambores eram instrumentos do demónio e, naturalmente, era-lhes rigorosamente proibido tocá-los.

Flamenco espiritual (José Luis Padilla Corral)

 

Deste relato depreende-se que o tam-tam do tambor gera uma nebulosa vibracional, que promove, com o ritmo que impõe, o acento sobre os nódulos cardíacos que controlam o ritmo do coração.

Por outro lado, o efeito progressivamente torturante do seu som impõe uma sentença que se sobrepõe à lei natural que rege o nosso organismo: os indicadores de alarme. Estes atuam de forma autónoma perante qualquer agressão ao corpo, manifestando-se através de sintomas de rejeição.

Os fenómenos vibracionais engendram as sementes da diversidade, que geram mutações nos nossos sentidos, levando-nos à confusão, e as aspirações tornam-se negadas, sejam elas dedicadas ao amor, ao dever, às artes, aos ganhos ou ao conhecimento. Desta forma, a vida torna-se algo ilusório, e limitamo-nos à mera contemplação do consumismo e da vida mundana.

Quem sabe cuidar de si presta sempre atenção aos seus indicadores de alarme. Se alguém começa a fumar, os seus indicadores de alarme atuam, gerando fadiga e, por vezes, tonturas. Se não se dá atenção a estes sintomas de rejeição, esses indicadores acabam por se inibir. A partir daí, começamos a tornar-nos vulneráveis às doenças provocadas pelo tabagismo, e torna-se evidente que muitas coisas de que gostamos não são benéficas para o organismo.

Poucas músicas, para não dizer nenhuma, impactaram tanto as pessoas como a música rock, pop, reggaeton e tecno. Procurando as razões que levaram os terrestres a apreender essas “músicas tão maravilhosas”, cabe compará-las com a força que move o mundo. Este sistema possui três tesouros para se manter. O primeiro chama-se medicina alopática. O segundo chama-se televisão. E o terceiro são as músicas agressivas anteriormente mencionadas.

A medicina oficial contém o germe da decadência orgânica, as televisões corroem as vontades essenciais e a música do mundo faz dançar os demónios que habitam nas pessoas.

A Bíblia é ainda mais radical neste aspeto:

“15 E foi-lhe permitido infundir alento à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse e fizesse com que fossem mortos todos os que não a adorassem.

16 E fazia com que a todos — pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos — fosse posta uma marca na mão direita ou na testa;

17 e que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse a marca, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

18 Aqui há sabedoria: aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.”.

La segunda bestia – Apocalipsis 13:15-18

 

Para completar este quadro idílico de um mundo entregue aos governadores das trevas, surgem os alternativos ao sistema, que atuam como pequenas redes frente à grande rede do mundo.É necessário recuar no tempo para que nos sejam revelados movimentos alternativos verdadeiramente autênticos.

 

Lição VIIO critério naturista em medicina.

A chama da verdade naturista acendeu-se, em todas as épocas, em certos homens de espírito crítico, que foram revelando diversas facetas desta terapêutica, de acordo com os princípios expostos. Hipócrates lançou as bases; médicos, filósofos e empíricos continuaram a sua obra com maior ou menor êxito ao longo dos tempos. Mas é preciso reconhecer que, na maioria dos casos, a pérola diáfana da verdade hipocrática tem sido apresentada sob um manto de disparates e vulgaridades pseudocientíficas (apesar do bom senso de muitas delas), por vezes verdadeiramente extraordinário. Para evitar com elegância este perigo, é necessário fugir, sobretudo, do exclusivismo de métodos e sistemas. Em Medicina não existe nenhuma panaceia, nem nada que, em termos de poder curativo, tenha valor absoluto. Existe, sim, um princípio de valor universal sobre o qual deve assentar qualquer ato de cura: Para se curar, é necessário retificar os erros de conduta, de acordo com as leis naturais que regem a vida. Sobre esta base, cabe a diversidade de médicos e métodos. Não há quem cure apenas com hidroterapia, nem apenas com dietética, nem apenas com sugestão, nem apenas com glóbulos homeopáticos... Ainda que se possam aspirar a sucessos marcantes em cada uma destas direções — É apenas uma questão de o doente adequado chegar ao lugar certo.”. 

 

Curso de medicina natural en cuarenta lecciones (Eduardo Alfonso)

 

5.1. O voto dos animais

Daniel Innerarity, catedrático de Filosofia e Política Social e diretor do Instituto de Governação Democrática no País Basco, levanta a importante questão de dar voz à Natureza como sujeito político no âmbito democrático.

Não se trata de que os animais votem ou de lhes reservarmos alguns lugares nos Parlamentos, mas sim de que, de algum modo, a Natureza esteja representada nas nossas democracias.

Não enfrentamos apenas um problema de gestão de certos bens públicos, mas estamos mergulhados num profundo défice democrático, numa verdadeira exclusão. Se reconhecermos a Natureza como um agente político, com direito a representação e inclusão nas decisões que a afetam, então a poluição ou a exploração abusiva do meio natural não são apenas falhas do sistema económico. São também expressões claras de uma deficiência democrática. Revelam que os nossos sistemas políticos, ao funcionarem como se o ambiente natural lhes fosse alheio, acabaram por estabelecer um sujeito soberano — o ser humano — que exclui todos os outros agentes não humanos, incluindo a própria Natureza. Ou seja, trata-se de sistemas que ainda não são plenamente democráticos.

Os défices em matéria ecológica são em última instância democráticos e obrigam-nos a pensar em formas alternativas de desenho institucional. A política tem de ser menos antropocêntrica e mais biocêntrica. Devemos passar do paradigma da cultura nacional para o da natureza transnacional.

Se não podemos fazer com que os animais ou os ecossistemas votem, ao menos não votemos contra eles.”.

Consciencia y sociedad distópica.

Coronavirus: estudio del caso (Emilio Carrillo y otros)

 

Separação em relação ao mundo.

Outra marca que identifica os que praticam a verdadeira religião é que, como disse Jesus, "não são parte do mundo" (João 17:14). Isto significa que os verdadeiros adoradores se mantêm separados do mundo corrupto e dos seus assuntos. Jesus Cristo recusou-se a se tornar governante político. (João 6:15). Pode compreender por que é tão importante manter-se separado do mundo se lembrar que a Bíblia diz que Satanás, o Diabo, é o governante do mundo. (João 12:31; Coríntios 4:4)  A seriedade deste assunto é ainda mais clara quando se considera esta declaração bíblica: "Portanto, qualquer um que queira ser amigo do mundo está a tornar-se inimigo de Deus." – Santiago 4:4”.

Usted puede vivir para siempre en el paraíso en la Tierra (Watch tower biblie and tract society of Pennsylvania, y otros)

 

Aqui vemos que, ao aplicar os critérios naturistas, "é preciso retificar os erros de conduta de acordo com as leis naturais que regem a vida". No entanto, um pseudonaturismo instalou-se hoje em dia como um veneno insidioso que corrói a essência do verdadeiro naturismo.

O outro artigo, sobre o voto dos animais, é uma viagem serena pelo mundo da hipocrisia por onde muitos animalistas e ecologistas costumam passear: lutam com fervor pela proteção dos direitos dos animais e pela preservação das espécies, para acabar, afinal, culminando numa rapsódia, com o realejo a marcar o ritmo da faca e do garfo em torno de um suculento ‘filet’.

O terceiro fragmento, das Testemunhas de Jeová, contém a verdadeira doutrina e a solução proposta.No entanto, paradoxalmente, nada tem a ver o que se diz com o que se faz. A vida no mundo possui uma série de elementos antagónicos à doutrina de Deus.

 

"Mas carne com a sua vida, que é o seu sangue, não comereis.”.

Génesis 9:4

 

“E no meio dos sete candelabros, alguém semelhante ao Filho do Homem, vestido com uma roupa que chegava até aos pés, e cinto de ouro à volta do peito.”.

Apocalipsis 1:13

 

Com respeito ao versículo do Apocalipse, aqui se explica, de forma metafórica, como Jesus Cristo mostra uma vestidura que chega até aos pés, introduzindo um elemento contrário à nudez. Da visão desprende-se a nova doutrina orientada a remover os pecados e os estereótipos (nudez). Esta consiste em transformar o metal em ouro (ajustado ao peito com um cinto de ouro). Algo próprio da Alquinatura.

A palavra Alquinatura é composta por dois conceitos previamente estabelecidos — alquimia e natura — que, ao serem associados, revelam uma noção mais clara e profunda daquilo que se pretende transmitir:

-          Alquimia: entendida de forma superficial e vulgar, significa transformação, ou seja, a ideia da alquimia baseada na conversão do metal em ouro. Isto não deixa de ser uma mera alegoria que se refere à própria transmutação do organismo, pois, na realidade, trata-se de transformar o organismo doente ou oxidado (semelhante a um metal que se oxida) em um organismo saudável, vivo, que não se oxida, em ouro.

-          Natura: o seu significado é "natureza", portanto, defende-se a proteção da natureza e a prática do naturismo, doutrina que preconiza o uso dos agentes naturais para a conservação da saúde e o tratamento das doenças.

Em conclusão, o termo Alquinatura resume a ideia de que, através das medicinas naturistas de forma integral, transforma-se o organismo e alcança-se a saúde.

É óbvio que, para que não existam elementos que te empurrem para o mal, criando estereótipos, devemos recorrer aos remédios naturais.

 

O CAVALO PRETO

«Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem e vê.E olhei, e eis um cavalo preto; e aquele que o montava tinha uma balança na mão.E ouvi uma voz do meio dos quatro seres viventes, dizendo: Duas libras de trigo por um denário, e seis libras de cevada por um denário; mas não danifiqueis o azeite nem o vinho.

(tradución Reina Valera) Apocalipsis 6:5-6

 

INTERPRETAÇÃO:

«O cavalo preto»:

As raízes das novas músicas, já profundamente enraizadas nos seres humanos que povoam a Terra, estão a fabricar a «pílula negra», que provoca distúrbios no organismo.

«E aquele que o montava tinha uma balança na mão»:

Todos estes distúrbios que podem ser gerados por estes tipos de música afetam determinados órgãos, provocando um efeito-alvo sobre eles.

Aqui deduz-se que aquele que monta o cavalo preto possui um conhecimento prático da interação destas músicas no organismo, «tinha uma balança na mão». O início da desgraça começa nos linfócitos T supressores. Estes leucócitos fazem parte do complexo principal de histocompatibilidade (CPH).

São eles os responsáveis por atacar e eliminar substâncias estranhas que não são compatíveis com o organismo (como os adjuvantes das vacinas). Esta função é desempenhada por certos recetores específicos que localizam essas substâncias. No entanto, essas quatro músicas “maravilhosas” têm o poder de alterar esses recetores vibracionais, e os linfócitos, em vez de eliminarem os elementos nocivos, acabam por atacar o próprio organismo — dando origem a uma doença autoimune.

Os lamentos dos órgãos atacados pelos linfócitos T supressores são os mesmos que se ouvem quando são afetados pelas vibrações destas músicas. Isto significa que a música tóxica atua em duas frentes: nos recetores dos linfócitos e nos órgãos suscetíveis a essas vibrações, que os enfraquecem.

Existem duas formas de profetizar o futuro com base nas leis de causa e efeito. Uma é, pura e simplesmente, literal; a outra, metafórica. A tradução da primeira encontra-se definida de forma autêntica, em virtude da própria interpretação da metáfora.

«Duas libras de trigo por um denário»:

Interpretado literalmente, 1 libra equivale a 360 gramas. Multiplicando por 2, obtêm-se 720 gramas de trigo por um denário. Este corresponde ao salário diário de um trabalhador rural.

Visto desta forma, a profecia poderia parecer referir-se a uma escassez de trigo, causada por seca ou alguma praga, na qual o pouco trigo disponível encareceria substancialmente, de modo que, para comprar 720 gramas de trigo, seria necessário todo o salário diário. Isto na época dos faraós seria efetivamente um problema sério; porém, nos dias de hoje, não afetaria o consumo alimentar, dado que existem muitos outros cereais disponíveis.

Aos ocidentais, é extremamente difícil compreender o pensamento analógico chinês e descobrir o fio condutor que relaciona coisas tão diferentes como fígado, cólera, madeira, "este", visão, trigo, verde, etc.

Existem várias explicações para estabelecer um vínculo analógico da matéria. Uma delas é o espectro energético dos órgãos, formando sistemas de órgãos que estão dentro do mesmo espectro energético, e que na medicina tradicional chinesa e na Alquinatura são tratados com os mesmos pontos de acupuntura. Por outro lado, também estão definidos de forma analógica o que a medicina tradicional chinesa chama de «Leis das Correspondências», onde existe uma correlação energética entre órgão, emoção, secreção, expressão, sentido, tecido, cor, sabor, cereal, animal, mineral, planeta, estação, etc.

O conhecimento dessas inter-relações analógicas, tanto dos sistemas de órgãos como das leis das correspondências, fatos que o Céu conhece melhor do que nós, é o que nos ajuda a tirar conclusões, e assim poder entender a profecia.

Assim, vemos que o trigo corresponde ao elemento Madeira-Yin, e este sistema agrupa um conjunto de órgãos associados: fígado, adipoblastos, fosfatases alcalinas, lipoproteínas, retina, veias, tiroide, etc. A partir daqui, só temos de testar qual é a música que afeta este sistema (trigo) e, dentro do sistema, qual é o órgão mais vulnerável. O resultado é que a maior parte da música rock, especialmente aquelas mais estridentes, afeta tanto os linfócitos T supressores como a tiroide. Uma doença autoimune da tiroide (trigo) é o alto preço a pagar (denário) imposto pelo universo roqueiro que move as massas do mundo.

«Seis libras de cevada por um denário»:

Neste caso, a cevada corresponde ao elemento Gás-Yin, e os sistemas de órgãos associados são: timo, células assassinas, células T da memória, células de Schwann, células-tronco da medula óssea, gânglios linfáticos, sistema de calicreína, etc.; e a obra musical do pop terá em conta isso, atenuando os linfócitos T supressores de um lado e as células de Schwann de outro. Quem assim reconhece a sua afiliação à Eurovisão corre o risco de sofrer uma doença autoimune que afete a mielina dos nervos.

«Mas não faças dano ao azeite nem ao vinho»:

No caso do azeite, corresponde ao sistema Vesícula biliar e afeta a neurofibrila dos nervos. A música agressiva é o reggaeton. O vinho corresponde ao sistema Rim e o órgão que é afetado são os podócitos renais. A música agressiva é o tecno.

Satanás sabe como conduzir as suas ações, e transforma o bem em mal, e o mal em bem. Disto resulta a decadência do ser humano. Ele pode fazer com que estas músicas degenerem o organismo de forma lenta e silenciosa, sem que haja sinais evidentes a alertar para isso, como por exemplo, uma doença autoimune. Para isso, Satanás utiliza recetores localizados no tálamo que inibem essa perceção; e aquilo que deveria ocorrer, não ocorre — a menos que tu não lhe sejas agradável, nesse caso, permite que te aconteça o que ele quiser.

Embora a vida, na sua manifestação suprema, seja liberdade e livre-arbítrio, a contaminação com elementos nocivos para a saúde revela uma sociedade que vai contra a natureza, cheia de estereótipos e disposta a nos levar ao caos e à destruição. Assim, os dias que um ser humano vive, os seus atos, são a origem de tudo o que lhe acontece, são o decorrer de um paraíso ou um inferno. O Céu está plenamente consciente disso e as suas ações são perfeitamente autênticas, devendo atuar para que se materializem as leis de causa e efeito.

Dispor de conhecimento significa possuir as ferramentas necessárias para reconhecer o proprietário deste mundo. E frente ao exagerado ênfase que o diabo coloca para continuar mantendo o seu principado, as ações de Deus e das criaturas que o seguem, cumprem o propósito de acabar com esse poder do maligno. Dessa forma, o caminho dos quatro cavaleiros do Apocalipse faria brotar a semente de uma nova sociedade e libertaria o lugar santo da abominação desoladora.

E chegará a grande iluminação para saber o que aconteceu com os que nos deixaram e quando se reunirão connosco.

“E foi-lhe dada uma grande espada”, para cortar as cabeças dos demónios.

 
 
 

1 Comment


manuel segura trigo
manuel segura trigo
May 04

Que gran reflexión y revelación para descubrir el camino hacia Dios, me ha encantado.

Like
bottom of page