O REINO DA VIDA

CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO

Todo o reino deste mundo prostra-se aos pés da teoria da evolução. Os prosélitos desta teoria sentem-se muito orgulhosos dela e vão de um lado para o outro com a altivez que os caracteriza. É melhor caminhar pelo meio das chamas do pensamento linear e assim não se queimar, do que tentar parar para refletir sobre a teoria da criação; é mais fácil ridicularizá-la.

Denomina-se evolução aos consideráveis ​​processos que ocorreram na natureza desde o início dos tempos. A metafísica incansável e eterna não cessará até alcançar seu objetivo. Mas, de onde viemos e para onde vamos?

«A CONEXÃO CÓSMICA»

«Nesta secção, descreve-se uma das mais fascinantes teorias de toda a ciência — a teoria do Big Bang sobre a criação do universo — e as evidências experimentais que a sustentam. Esta teoria cosmológica estabelece que o universo teve um princípio e, além disso, que foi tão catastrófico que é impossível olhar para além dele. De acordo com esta teoria, o universo explodiu a partir de uma singularidade infinitamente densa há cerca de 15 a 20 mil milhões de anos. Nos primeiros minutos após o Big Bang, a energia era tão elevada que se acredita que as quatro interações da física estavam unificadas e que toda a matéria estava contida numa “sopa de quarks” indiferenciada.

«A evolução das quatro forças fundamentais desde o Big Bang até ao presente é ilustrada na figura 46.16.

Durante os primeiros 10⁻⁴³ segundos (a Era ultra-quente, T~10³² K), presume-se que as interações forte, eletrofraca e gravitacional se uniram, formando uma única força. Nos primeiros 10⁻³⁵ segundos após o Big Bang (a Era quente, T~10²⁹ K), a gravidade separou-se dessa unificação, enquanto as forças (interações) fortes e eletrofracas permaneceram como uma só força descrita pela grande teoria da unificação. Este foi um período em que as energias das partículas eram tão elevadas (> 10¹⁶ GeV) que existiam partículas de grande massa, assim como quarks, leptões e as suas antipartículas. Depois, passados 10⁻³⁵ segundos, o universo expandiu-se rapidamente e arrefeceu (a era morna, T ~ 10²⁹ a 10¹⁵ K), levando à separação das forças forte e eletrofraca e à rutura do esquema da grande unificação. À medida que o universo continuava a arrefecer, a força eletrofraca dividiu-se na força fraca e na força eletromagnética, por volta de 10⁻¹⁰ segundos após o Big Bang

Após alguns minutos, os protões condensaram-se a partir da sopa quente. Durante meia hora, o universo experienciou detonações termonucleares, explodindo como uma bomba de hidrogénio e produzindo a maior parte dos núcleos de hélio que existem atualmente. O universo continuou a expandir-se e a sua temperatura caiu/ baixou. Até cerca de 700.000 anos após o Big Bang, o universo foi dominado pela radiação. A radiação energética impediu a formação de átomos de hidrogénio isolados, pois as colisões ionizariam instantaneamente qualquer átomo formado. Os fotões sofreram contínuas dispersões Compton a partir de um vasto número de eletrões livres, resultando num universo opaco à radiação. Quando o universo atingiu cerca de 700.000 anos de idade, expandiu-se e arrefeceu até aproximadamente 3.000 K, permitindo que os protões capturassem eletrões para formar átomos de hidrogénio neutros. Devido às energias quantizadas dos átomos, as radiações de comprimento de onda mais longo deixaram de ser absorvidas, tornando o universo transparente para os fotões. A radiação deixou de dominar o universo, permitindo que grupos de matéria neutra se formassem e crescessem de maneira estável — primeiros átomos, depois moléculas, nuvens de gás, estrelas e, finalmente, galáxias.

Física para ciencias e ingeniería-Serway-Beichner (Mc Graw-Hill)

O cosmos e a sua criação são o maior e mais desconhecido mistério que envolve o nosso mundo, e a força primordial da qual surge é o TAO CÓSMICO. Reconhecer a génese do TAO leva-nos a considerar um estado de nada absoluto, isento e intangível, desprovido de inteligência; um estado imerso na eternidade de um pensamento sem mente: o SENTIDO, pois este era algo em oposição ao nada. Se nos perguntarmos o que se entende por SENTIDO, podemos dizer que significa "penetrar na esfera da supraconsciência", e estas manifestações não são mais do que disposições potenciais do TAO, inspiradas numa consciência primária, disposta a transcender dentro de um contexto atemporal, no espaço da grande esfera cósmica.

Considerações da Filosofia Taoista

Mas quem colocou ali essa grande esfera cósmica? De onde surgiu? O que existia antes dela? Como surge a génese do TAO primordial, ou seja, o antecessor do TAO? O que criou a grande esfera cósmica? Esta sucessão de perguntas conduz-nos inevitavelmente a um labirinto misterioso que desafia consideravelmente o raciocínio humano. O processo de cognição acerca do enigma deste mistério só pode ser iluminado pelo espírito do entendimento e pelas leis que regem a nossa mente, as quais, no presente, não estão preparadas para tal discernimento. Assim, começaremos a falar do cosmos a partir da grande esfera cósmica, do grande SENTIDO ou TAO primordial; desta forma, pelo menos, recuamos milhares de milhões de anos antes do Big Bang.

Quanto à teoria científica sobre a criação do cosmos, dela podemos deduzir que um grande quadrado no seu núcleo está vazio. Esta teoria diz-nos que o universo explodiu a partir de uma singularidade infinitamente densa. Então, cabe perguntar: quem criou essa singularidade? Como surgiu? Este apelo ao conhecimento por parte dos cientistas parece infrutífero, pois o verdadeiro saber não se revela através de teorias incompletas nem de encantamentos televisivos.

O ser humano experimenta o prazer da verdade quando se sintoniza com a natureza das coisas. É necessário reprimir as paixões do ego e pôr à prova aquilo que se pode conhecer. As trevas não deveriam sobrepor-se à luz, e este mundo obscuro, fruto da maldade e da ignorância, deveria encontrar uma resposta na busca pela verdade, pois uma verdade não exposta ou ignorada é como uma bola que rola, tornando-se cada vez maior, refletindo o mundo das trevas e do caos.

A CONSOLAÇÃO

Viajando pelas montanhas, ouvi um sussuro de algo que estava escrito e que vagueava pela floresta dos cegos, daqueles que, vendo, não veem, e ouvindo, não ouvem. Este sussurrou-me:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. O Verbo fez-se carne" (João 1:1).

Então percebi que o homem está exposto aos ataques da metáfora e, dessa forma, a sua capacidade de compreensão das coisas enfraquece.

O estado da sabedoria é muito limitado e encontra-se rodeado por estereótipos muito poderosos que inibem os arquétipos, modelo da consciência que clarifica a estrutura do cosmos, a sua natureza e as suas vicissitudes.

O Verbo é como uma porta, em que de um lado está inscrita a palavra Vibração e do outro a palavra Sentido. Assim, deduz-se que a Palavra é o Som que expressa algo e, da mesma forma, o Verbo é a Vibração (som) que expressa um pensamento. Um projeto sem mente, no qual surge e aparece a génese do TAO primordial.

A SABEDORIA

“O  Senhor Jehová me possuiu no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de suas obras.Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, e antes do começo da terra.Quando ainda não havia abismos, fui gerada; quando ainda não havia fontes carregadas de águas.Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada.Ainda Ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo.Quando Ele preparava os céus, aí estava eu; qando traçava o horizonte (círculo) sobre a face do abismo;Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo;”

Excelência e eternidade da sabedoria - Provérbios 8:22-28

Falemos sobre: " O  Senhor Jehová me possuiu no princípio ". Aqui, entende-se o Senhor como o SENTIDO, que possuía um estado vibratório ou tensional, e que, os dois somados, expressam o Verbo: "... e o Verbo estava com Deus". A pergunta seguinte seria: onde está a génese do SENTIDO, ou do Senhor Jeová?

Posso atrever-me a dizer, apenas como hipótese, que o termo SENTIDO é como uma enteléquia (um fim ou objetivo de uma atividade que a completa e a aperfeiçoa) que surge do nada. Mas o que é o nada? Poderia ser, talvez, a inexistência do espaço? " qando traçava o horizonte (círculo) sobre a face do abismo." Poderíamos comparar a primeira manifestação do espaço a uma flauta que, através do primeiro som (a primeira vibração ou tensão), interage com o nada (o vazio), dando origem à primeira semente do TAO CÓSMICO. Aqui, aludimos aos paradigmas do Imperador FU-HI, criador das conceções binárias que deram origem ao universo.

• Yin é equivalente ao vazio, ao nada; este dá origem ao Yang, que é equivalente à tensão, ao espaço.

• O Yang gera o Yin com uma tensão, ainda que menor em relação à tensão inicial (Yang maior – yin menor).

Os paradigmas de FU-HI:

Primeiro paradigma de FU-HI: O que produz e compõe o universo é o TAO.Segundo paradigma de FU-HI: O TAO polariza-se a si mesmo, um polo de carga com natureza Yang e outro com atividade Yin.

A POLARIZAÇÃO DO TAO CÓSMICO

À medida que o TAO se polariza a si mesmo, vai-se formando uma esfera ou massa tensional que aumenta de tamanho no tempo e no espaço. Essa tensão ou vibração gera um campo magnético quântico:

" qando traçava o horizonte (círculo) sobre a face do abismo." 

Então, o TAO disse ao tempo: Os meus atos não são iguais aos teus. Tu não te podes comparar a mim.Eu sou um criador, tu apenas contabilizas o universo do que foi criado. Eu cresço no espaço. Tu segues-me sobre a face do meu crescimento. Eu cresço, cresço e cresço tanto, que sou capaz de transformar a minha energia em matéria. A minha obra contém igualmente energia, subpartículas e partículas atómicas.

A contemplação pura que reside no efémero do SENTIDO não é mais do que a exposição da física quântica. O que antes não passava de cânticos de ideias transforma-se agora em teorias científicas. Agora chega a grande iluminação, aquela que tudo penetra, aquela que deve saber guiar as suas ações para que as suas sementes germinem na mente dos que buscam.

O CENÁRIO QUÂNTICO

Dessa grande massa tensional, que cresceu ao longo de milhares de anos, surgiu o início das primeiras subpartículas. Talvez sejam essas as mesmas subpartículas que os físicos denominam quarks e leptões.

Essas subpartículas interagiram entre si e deram origem às primeiras partículas: protões, eletrões e neutrões.

Física Quântica: Cada uma das três partículas que mencionámos (eletrão, protão e neutrão) é, por sua vez, composta por subpartículas, como os quarks. Na Física de Partículas, os quarks são fermiões elementares massivos que interagem fortemente, formando a matéria nuclear e certos tipos de partículas chamadas hadrões.

Os hadrões e os leptões constituem a matéria bariónica, ou seja, a matéria de tudo o que nos rodeia, incluindo a nós próprios. Existem seis tipos distintos de quarks, e cada um transporta um número quântico específico dentro do modelo dos quarks.

Nome	Alias (apelido do quark)	Número quântico
Quark u	Up (acima)	Iospin + 1/2
Quark d	Down (abaixo)	Iospin - 1/2
Quark c	Charm (encanto)	Charm  + 1
Quark s	Strange (estranho)	Strange - 1
Quark t	Top/truth (cima/verdade)	Topness (superioridade) + 1
Quark b	Bottom/beauty (fundo/beleza)	Bottomness (inferioridade) - 1

 Na sua origem, as partículas de protões reagiram com as partículas de eletrões e formaram os primeiros átomos de hidrogénio, e o mesmo ocorreu com a massa tensional, foi-se criando uma grande acumulação de átomos de hidrogénio, até que se formou uma vasta nebulosa de hidrogénio no estado gasoso. Dessa contemplação nasceram as nebulosas de emissão (com vestígios luminosos) dos primeiros astros.

O UNIVERSO DOS PRIMEIROS ASTROS

À medida que o tempo foi passando, os átomos de hidrogénio foram-se condensando, o que permitiu exercer uma grande pressão sobre o núcleo da nebulosa, de tal forma que essa pressão produziu uma intensa fusão de átomos de hidrogénio, dando origem a átomos de hélio. Este quadro idílico culminou numa grande explosão nuclear: surge a primeira aurora do “caos cósmico”. A nebulosa fragmentou-se em milhares de milhões de pedaços. No entanto, há que continuar a governar o grande reino do TAO, e este aparente caos não é mais do que o início dos sistemas de estrelas, planetas, satélites, cometas, etc.

As pessoas que se unem em matrimónio ou como casal, de forma natural, ou seja, sentindo-se atraídas uma pela outra, é o resultado de uma configuração química determinada pelo seu tronco génico (ADN) e pelas bases nitrogenadas que o compõem (além de outros elementos interativos). Assim temos: Adenina e Guanina são Yang, Citosina e Timina são Yin.

A pessoa com predominância no ADN de bases nitrogenadas positivas ou Yang será sempre atraída por outra com predominância de bases nitrogenadas negativas ou Yin. Quanto maior for a diferenciação de cargas, maior será a atração, tal como acontece com dois ímanes: um polo norte e um polo sul (negativo e positivo) quando os aproximamos.

Sexto paradigma de FU-HI: O YIN e o YANG atraem-se.

Quarto paradigma de FU-HI: Os seres e os fenómenos do universo são agregados múltiplos e complexos de substâncias do TAO, carregados de YIN e YANG em todas as proporções.

De acordo com os professores Murillo, Cobos, Hernández e Díaz, do curso ACUPUNCTURA MÉDICA, yin e yang são encontrados em:

Yin e Yang no corpo humano:

YIN	YANG
Feminino	Masculino
Corpo	Psiques
Interior	Exterior
Parte superior	Parte inferior
Ventre	Costas
Lado esquerdo	Lado direito
Energia	Sangue
Artérias	Veias
Obeso	Magro
Reprimido	Expansivo
Introvertido	Extrovertido

Energia «OE»	Energia «YONG»
Órgãos: São sólidos e a sua função é armazenar energia: -          Pulmão -          Coração -          Bazo-pâncreas -          Rim -          Fígado -          Circulação-sexualidade: Timo	Vísceras: Eles são ocos e sua função é fabricar energia: -          Intestino delgado -          Intestino grosso -          Estômago -          Bexiga -          Vesícula biliar -          Triple aquecedor: Baço

Yin e Yang na fisiologia e na fisiopatologia:

YIN	YANG
Diástole	Sístole
Parassimpático (acetilcolina)	Simpático (adrenalina)
Expiração	Inspiração
Enfermidades yin: -  Cuando é interna o corpo está frio e a cara pálida. -  Cancro	Enfermidades yang: -  Quando é externa o corpo está quente e a cara vermelha e cheia. -  Infarto
Grande quantidade de yin: -   Adoece o yang. - Produz frio, mas pode gerar calor quando há muito yin.	Grande quantidade de yang: -  Adoece o yin. - Produz calor, mas pode gerar frío quando há muito yang.

Yin e Yang na Natureza:

YIN	YANG
Céu	Terra
Lua	Sol
Estrelas	Planetas
Frio	Calor
Água	Fogo
Repouso	Movimento
Obscuridade	Luminosidade
Inverno	Verão
Outono	Primavera
Ouro	Prata
Aniões (-): O2, Si, Mn, Al, B, N, Sr, Zn, Mo, Pb, etc. K+ (catião) corporal é yin por ser intracelular.	Catiões (+): Na, Li, H,C, He, Mg, As, Hg, Th, etc. Cl-  (anião) corporal é yang por abundar na zona extracelular.
Ácidos: CO3H2    /  PO4H2Na	Bases: CO3HNa  /  PO4HNa
Eletrão, ultravioletas e vegetais	Protão, infravermelhos e animais
Alimentos yin: água, vinagre, vinho, legumes, frutas, solanáceas, drogas em geral, alcoóleos e os alimentos com alto teor de potássio.	Alimentos yang: carne, ovos, leite, queijo, peixe, cereais e os alimentos com alto teor de sódio.
Vitaminas: K, D e A	Vitaminas: C, B1, B6 e B12
Alimentos doces	Alimentos salgados
Madeira- Fogo-Metal	Terra-Gás-Água

Dentro do marco astrológico, os diversos astros formaram-se a partir de grandes massas de bolas de fogo e da composição dos seus elementos químicos, principalmente hidrogénio e hélio. As massas maiores tornaram-se estrelas, as massas médias transformaram-se em planetas, e as menores formaram-se como satélites. Nos locais onde os astros se estabeleceram, começaram a interagir uns com os outros e a desenvolver as suas reações químicas: o hélio, devido à sua repulsão, por ter a primeira “camada” eletrónica completa, e o hidrogénio, devido à sua atração, por ter a sua primeira “camada” incompleta. Com o passar do tempo, as menores massas de fogo foram-se extinguindo, formando planetas e satélites e dando origem a outros elementos químicos.

A ARQUITETURA E COMPOSIÇÃO DA TERRA

"Para explicar a constituição da Terra, adotou-se o modelo de Suess, que admite três grandes estratos: Nife, Sima e Sial, com espessuras respetivas de 3270, 1700 e 1200 quilómetros. O Nife (ou núcleo central de níquel e ferro, como indica o seu nome) é sólido e semelhante ao de outros planetas e cometas. O Sima, composto por silicatos de magnésio (na realidade ferromagnesianos), é parcialmente semipastoso. O Sial, composto por silicatos de alumínio, corresponde à ‘crosta terrestre’, a camada de onde provêm diretamente os nossos alimentos."

Composição da Crosta Terrestre ou Sial

"O silício, um metaloide tetravalente, é o elemento característico da crosta terrestre. Cerca de 90% das rochas magmáticas (eruptivas) são silicatos. Da mesma forma, cerca de 40% dos minerais também são silicatos. Estes silicatos são sais dos ácidos ortossilícicos (SiO₄H₄) e metassilícicos (SiO₃H₂). O quartzo e a areia são compostos de anidrido silícico (SiO₂). Ao totalizar a constituição elementar da crosta do nosso planeta, obtemos a seguinte distribuição: oxigénio (46,4%), silício (27,6%), alumínio (8,07%), ferro, cálcio, magnésio, sódio, potássio, titânio, hidrogénio, fósforo, carbono, manganês, enxofre, cloro, bário, flúor, estrôncio e 0,5% de outros elementos químicos."

(Fonte: Bioquímica, Metabolismo e Alimentação do Homem - Eduardo Alfonso)

A OBRA DO SURGIMENTO DA VIDA

Apesar das inúmeras constelações e dos milhares de triliões de estrelas, o facto de a vida surgir num planeta continua a ser algo insólito. A vida no planeta Terra é como uma pequena mancha verde num vasto universo cinzento que se estende por milhares de anos-luz. O nosso planeta absorveu a porção química exata e mágica para se posicionar perante o astro-rei (o Sol) sem que a sua atmosfera se incendeie ou congele, mantendo uma temperatura ideal para que ocorram os processos químicos que possibilitam a vida.

A grande camada de silício, um metaloide tetravalente da crosta terrestre, interage com o hidrogénio do Sial, empurrando-nos em direção ao Sol. Por outro lado, o Nife, ou núcleo central da Terra, composto de níquel e ferro, interage com o hélio do Sol, repelindo-nos. Encontrar o senhor da vida significa encontrar a órbita exata, determinada por este jogo de energias entre atração e repulsão.

Marte e Vénus sonham com o oxigénio e a água que pairam sobre a Terra e lhe prestam reverência. Júpiter e Saturno, apesar da sua grandeza, lamentam-se por não terem sido agraciados com a mesma porção mágica que a Terra recebeu. Depois, vieram homens visionários como Darwin, que nos explicaram a teoria da evolução.

DISSERTAÇÃO SOBRE A CRIAÇÃO

As infinitas melodias que saíram da flauta e deram origem ao TAO CÓSMICO ocupam uma posição que já estabelecemos através dos ciclos evolutivos. Mas, quem soprou o fôlego? Quem é o grande flautista que fez brotar o universo evolutivo da flauta mágica? Como surge o Verbo? Qual é o mistério de Deus? Uma estátua ou uma pintura não podem ser criadas sem um escultor ou um pintor.

O maior mal para os homens é a sua ignorância ao não acreditarem em Deus, pois quando Ele era incorpóreo, o universo estava vazio. No homem, o pensamento nasce da matéria neuronal, que governa a consciência; contudo, o pensamento, enquanto elemento em si mesmo, é imaterial no ato de odiar, amar, blasfemar ou criar, pois são palavras que expressam uma ideia das coisas, são o Verbo da palavra. Então, poderia haver pensamento sem mentes? Poderia haver consciência sem neurónios que a produzam?

A eternidade depende de Deus e marca o limite entre o vazio e o centro da tensão. A sua conservação liberta um fragmento de tensão. Entre esses dois marcos de referência, gera-se um campo magnético, que se converte numa carga positiva e que submete a tensão inicial. Esse acontecimento não é mais do que a primeira manifestação do TAO CÓSMICO, do qual surgem as duas forças primordiais que dão origem à matéria: o YIN e o YANG.

A mãe do TAO permanece ali, invisível e impenetrável, sob a designação do mistério de Deus. Aquele que for capaz de reconhecer esse mistério guiará as suas ações e fará crescer a semente do entendimento.

Os fenómenos magnéticos formam linhas de força, originando dois polos. O polo positivo retém a maior carga de força e o polo negativo mantém a carga mais ténue, mas é evidente que, dentro da lógica das leis físicas, isso só pode ocorrer através de um meio físico. Ou seja, para criar um campo magnético, deve existir um elemento físico que o gere, seja um íman, uma corrente elétrica, a fricção ou até uma pirâmide, etc...

No caso que nos ocupa, o primeiro sopro magnético foi originado pela primeira tensão que surgiu no vazio eterno. A pergunta que se segue é: Como surge essa tensão? O que é o vazio (a "nada")? O Nada, enquanto conceito, pressupõe a existência de algo; é o suporte de algo que flui e se manifesta, é a misteriosa entidade do vazio. O vazio é como o silêncio absoluto. O Nada indica a inexistência de algo físico, enquanto o vazio representa a ausência de som. No entanto, o silêncio não pode permanecer eternamente inalterável. É assim que se manifesta esta lei misteriosa da natureza.

"Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando estiver por tocar a trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas seus servos,."

(Apocalipse 10:7)

A NATUREZA DO VERBO

O primeiro sopro do silêncio, fazendo-se notar, já saturado, nostálgico de algo e finalmente libertado pela eternidade do tempo, discorre insensatamente, sem descanso. Ainda que não tenhamos um relógio para medi-lo, nem coordenadas astrológicas para nos orientar, ele prossegue. Esse primeiro sopro (tensão) situa-se além do som anedótico e atua como um velho sábio, que meditou nos arcanos do tempo. Este misterioso flautista já sabia como tocar a flauta, para que dela brotasse a poderosa melodia que daria origem à criação do universo: o Verbo de Deus.

Essa ação não é o resultado de uma mente pensante, mas sim da interação mágica das leis da natureza, omnipresente em tudo. A natureza do Verbo é um fenómeno original que transcendeu à primeira semente do TAO CÓSMICO.

O Verbo da palavra expressa uma ideia das coisas. Da mesma forma, o Verbo Cósmico expressa, de maneira intrínseca, a ideia da metafísica, e, com o tempo, transforma-se no Deus feito carne. Ele é, ao mesmo tempo, o Deus criado (evolução) e o Deus criador (criação), capaz de criar, modificar, organizar e acelerar todas as coisas. Aqui, o mundo das manifestações evolutivas converteu-se no mundo das manifestações da criação.

A contemplação pura das coisas não é mais do que o espetáculo da metáfora, que contém em si a experiência da interpretação e abre as portas do Céu. A metáfora é como um ovo que incuba um mistério e, quando chega o momento da abertura da consciência, o ovo rompe-se e abre-se. Esse processo cognitivo permite-nos não reconhecer as coisas de forma literal e, assim, sair do redil dos insensatos.

UMA PINCELADA SOBRE O GÊNESIS

"No princípio criou Deus os Céus e a Terra"

Gênesis 1

A ciência do crânio sobreveio ao homem através de um sussurro doce e envenenado. O senhor dos anéis fez soar a flauta do controlo, primeiro Eva e depois Adão caíram na armadilha. O maior engano da moral consiste em tornar os homens egocêntricos. O ego vital persegue um propósito justo para nos abrir o caminho da vida; no entanto, o ego patológico leva-nos ao mundo das ambições, do controlo e da posse sobre nossos semelhantes.

A contenção e a moderação na aquisição de riqueza e domínio permitem reconhecer a natureza de quem é sábio. Dessa contemplação nasce a semente do conhecimento. Deste lado da vida, há formas: a forma que mede os Céus e a forma que mede a Terra.

Entre as exposições mais comuns dos criacionistas, reina a ideia de identificar os Céus com o reino de Deus e a denominação de Terra com o planeta Terra. Em Gênesis, a palavra Céu não é mais do que a parte talâmica do homem que rege a moral, os estados mentais, o controle da doença e estados de supraconsciência (consciência médica, consciência coletiva, consciência da genialidade, discernimento da metafísica, desenvolvimento da música, do desporto e do trabalho, ou seja, é a parte do Tálamo onde se desenvolvem os estados de consciência mais transcendentais).

Para criar este quadro idílico no homem, que já persiste em maior ou menor grau de desenvolvimento, foi necessário a fonte do bosque das flores da vida. Esta fonte ou manancial revela-se na época em que Deus situa o homem no Éden. A evolução da vida, desde o primeiro sopro vital cósmico, trouxe consigo um ser humano descendente do macaco, com um grau de consciência e um estado de humanidade que se movia no âmbito dos interesses de subsistência, condicionado pela própria narrativa com que a natureza selvagem se desenvolve. O peixe grande come o pequeno, é a vida pela vida, pois onde se estabelece a inspiração para elaborar um sistema tático-estratégico de domínio sem consciência sobre nossos ancestrais, pode acabar destruindo tudo, inclusive o último elo da cadeia evolutiva: o homem. Somente aquilo que permite evitar as guerras, que impede a destruição do ecossistema e que nos impede de devorar nossos ancestrais é o Céu (a consciência).

"E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda planta que dá semente, que está sobre a face de toda a terra, e toda árvore, em que há fruto e que dá semente; ser-vos-á para mantimento. E a todo animal da terra, e a todas as aves dos céus, e a tudo o que se arrasta sobre a terra, em que há alma vivente, toda planta verde lhes será para alimento. E assim foi."

Gênesis 1:29-30

O HOMEM NO JARDIM DO ÉDEN

A grande ciência da metáfora é a característica deste capítulo do Génesis. Ele procura transmitir uma mensagem própria para os escolhidos. Beber a porção mágica da mensagem decifrada só pode ser servido pelo relato de Deus; ninguém se senta à mesa de Deus apenas por rezar, adorá-lo e falar da sua obra, mas apenas aqueles que seguem o caminho reto e praticam a sua doutrina.

"Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas que são da lei, mas tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita nos seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os, no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho."

Romanos 2:13-15

Praticar a obra de Deus começa com a magnífica rapsódia de querer criar um mundo mais justo. A elevação, a glória e a felicidade a que aspira a pessoa humilde deve surgir ao utilizar o seu próprio coração como um espelho destinado a olhar para os pobres e desfavorecidos.

O ideal supremo do homem passa pelo desejo de eliminar a fome no mundo e acabar com a pobreza. Certas ideias distorcidas de um sistema onde a magia negra dos poderes financeiros impõe as suas leis constituem o núcleo não apenas da pobreza e da fome, mas de todos os males deste mundo (guerras, destruição do ecossistema, doenças, etc.). Transformaram o mundo no reino das multinacionais.

"Há duas histórias: a história oficial, mentirosa, a que nos ensinam.E a história secreta, onde se encontram as verdadeiras causas dos acontecimentos; uma história vergonhosa."

Honoré de Balzac (1799-1850), As Ilusões Perdidas

"Um clube ultrasseleto, ultraexclusivo, reservado aos mais poderosos, onde a pertença é garantida por contas bancárias, papéis de poder, influências militares, mediáticas, intelectuais, económicas e políticas. Uma entidade supranacional, um grupo criado dentro de um sistema democrático multinacional, mas à margem dele, acima dele… Acima do bem e do mal.

O que é um segredo?", perguntaram certa vez a Henry Kissinger. Ao que o emigrante alemão, que escalou as mais altas cúpulas do poder nos Estados Unidos, respondeu: "Um segredo é aquilo que você não quer ver na capa do The New York Times".

Mais de sessenta anos se passaram desde a sua fundação, e nunca leu nada sobre Bilderberg na capa de nenhum jornal, muito menos no The New York Times. Como bem sabemos, os meios de comunicação jogam a favor do poder. Mas até que ponto? Até que extremo guardam o segredo de Bilderberg?

Às escondidas do mundo, velado aos olhos dos cidadãos, num silêncio sepulcral e inquietante, a elite do poder age em segredo para desenhar e dirigir o destino de todos os seres do planeta. Avança silenciosa, sem pausa, conquistando o território das liberdades pessoais e reduzindo-o à simples escolha entre os produtos oferecidos no seu mercado global.

— Que carro compro? Um vermelho ou verde. Grande ou pequeno… Americano ou Japonês.

Esse tipo de escolha é chamado de "liberdade" pelos membros do Clube Bilderberg, tão temidos quanto ignorados, alvo de detratores infalíveis e devotos incondicionais.

Durante três dias, em maio ou junho, as elites política, militar, financeira, económica, aristocrática e intelectual do planeta reúnem-se, com a discrição que marca os seus rituais, num dos hotéis mais luxuosos do mundo. Banqueiros, generais, espiões, chefes de governo, donos de impérios mediáticos, jornalistas, reis e príncipes trancam-se atrás de portas fechadas para usurpar o direito de debater e decidir, que em democracia, pertence a cada um de nós. Possuem informações privilegiadas, metadados e resultados empíricos que ocultam dos cidadãos com o claro propósito de manipular as nossas emoções e, com elas, o nosso comportamento. O objetivo é o mesmo de sempre: o controlo. E, para isso, é essencial manter o povo afastado do conhecimento e da verdade.

Os “Amos” do mundo estão sempre à espreita, concretizando a cada dia a sentença do filósofo Thomas Hobbes: "Homo homini lupus" ("O homem é um lobo para o homem"). São os verdadeiros predadores, que nunca se detêm perante nada nem ninguém para alcançar o seu objetivo: a domínio total do mundo. Bilderberg não age por dinheiro, pois já o tem, mas pelo poder: deseja o controlo absoluto de todas as mentes do planeta.

E como fazem isso? Controlando os meios de comunicação. Como demonstro na minha tese de doutoramento, "membros de Bilderberg são os principais proprietários e acionistas dos seis grandes conglomerados mediáticos globais". Isso significa que eles escolhem o que é notícia e o que não é. O que se publica e o que se oculta. Como os acontecimentos são interpretados e quem são os heróis e os vilões da história que se vai publicar. Ramón Reig, catedrático de Estrutura da Informação da Universidade de Sevilha, fala de "deuses e demónios mediáticos", e já dizia Umberto Eco que quem controla os meios de comunicação controla o mundo. Apropriar-se da imprensa, da comunicação, da indústria do entretenimento é o jogo mais sujo que praticam. O perigo de controlar a imprensa é infinito, pois as suas decisões transformam a democracia numa ditadura. A pergunta é se ainda não o fizeram, pois a quem serve os meios de comunicação? À verdade, aos cidadãos, ao mercado, ao poder?

No universo ideal da elite governante, os cidadãos são apenas escravos, servos sem correntes visíveis, mas inevitavelmente presos a um mundo injusto, a um sistema ideológico, económico e cultural atroz, imposto a golpes de falsas consignas democráticas e propaganda. Enquanto excluem qualquer possibilidade de desenvolvimento para o chamado "Terceiro Mundo", no Ocidente praticam uma guerra silenciosa na qual o espírito humano, livre por natureza, é enterrado numa tumba, gerida por um sistema de trabalho, consumo, ensino e lazer cuidadosamente planeado e teledirigido para capturar a sua alma e o seu livre-arbítrio. Trata-se da versão mais sofisticada da escravidão, na qual, os cidadãos continuam a servir os dominantes sem plena consciência disso. Daí surge o paradoxo em que o dominado presta uma ajuda precisa e insuspeitada ao dominador. Ou seja, o próprio escravo contribui para continuar a ser escravo. Sem saber, ele é cúmplice, da sua própria escravidão. Mas intui isso, quando dedica tempo suficiente para refletir, descobre-o. Percebe como é escravizado e sente medo. Por isso, prefere não pensar e evadir-se. Embora seja justo dizer que muitas pessoas têm plena consciência da sua escravidão e deixam-se escravizar. E são felizes sendo escravas. Porquê? Porque obtêm benefícios.

Por seu lado, de forma gradual, os bilderbergs continuam à espreita das liberdades com o objetivo de instaurar um mundo sem fronteiras nem nações. Um planeta como aquele que John Lennon cantava, embora com uma subtil diferença: será um modelo decidido unilateralmente e imposto pela força. Uma força subtil, mas ainda assim, força. Embora alguns não se apercebam, vivemos sob um totalitarismo que não escolhemos, cujas armas, tal como em qualquer governo ditatorial, são a propaganda, a mentira e a manipulação dos dados e acontecimentos, com o propósito de controlar a população, que se encontra num estado perpétuo de angústia, infelicidade e inquietação interior. Não sabe exatamente o que lhe acontece, mas tem a sensação de que algo está errado.

Cristina Martín Jiménez (Os Senhores do Mundo Estão à Espreita. Bilderberg e Outros Poderes Ocultos)

O caráter do ser humano é próprio da natureza selvagem, conduzindo-o pelo caminho da autopreservação face aos seus oponentes, e, se necessário, até à sua eliminação. O mundo ideal é aquele onde reinam os 24 Anciãos, a antiga filosofia do reino dos céus atribuída ao sábio Deus. Ele criou uma conceção dinâmica da natureza da moral, de forma que as portas se abram de par em par ao milagre da convivência entre todos os seres, sem que se destruam uns aos outros. Foi esta conceção filosófica que lhes permitiu evoluir e transformar-se em deuses, sem que a incerteza dos tempos turbulentos os eliminasse e sem que acabassem no planeta dos macacos.

 

OS 24 ANCIÃOS

 

"E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes branca; e tinham sobre as suas cabeças coroas de ouro."

Apocalipse 4:4

O rico tesouro da moral é um excelente terreno fértil para o desenvolvimento de um mundo melhor, sob o cetro dos arquétipos. Estes navegam pelo oceano desconhecido dos bem-aventurados, que, como magos da medicina natural, tentam fabricar o elixir da vida. A referência no versículo anterior às vestes brancas não é mais do que uma transformação alquímica da doença para a saúde (branco), do estereótipo para o arquétipo, da transformação do metal em ouro para que este não oxide. Trata-se de alcançar a mitose perpétua e uma ativação poderosa das células da neuróglia, permitindo a criação contínua de novos neurónios sempre que necessário.

O ser absoluto contém a potencialidade existencial de pôr em movimento o "Pai nosso que estais no céu, venha a nós o vosso reino". Os processos de reconversão dos estereótipos em arquétipos são, para o neófito do mundo, um enigma que o pode levar ao abismo; no entanto, para aquele que está sentado no trono: "E logo fui arrebatado no Espírito; e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono." (Apocalipse 4:2). 

O conhecimento, como veículo do Céu, permite-lhe atuar sobre a biomemória dos neurónios e modificar o seu conteúdo. Não se trata de reprimir uma tendência, mas sim de a inverter; não de cair no relativismo existencial do homem, como postulado por Friedrich Nietzsche, mas de moldar o homem de acordo com as leis da natureza — o Arquétipo —, fazendo aquilo que está em harmonia e não o contradiz. Esta é a exposição teórica do sábio que deseja encontrar-se em harmonia com o verbo, o santo e o profeta, pois ninguém pode ir contra a natureza da deusa natureza.

A benevolência da moralidade é a noção suprema do reino dos céus, e Deus, como Criador, no momento do paraíso, fez de Adão e Eva os primeiros seres da Terra dotados do legado da moral (os 24 anciãos). Foi deles que partiu a primeira semente, que se estendeu ao resto da humanidade: "Crescei e multiplicai-vos" (Génesis 1:28).

A BAGAGEM DA MORAL

A força capaz de eliminar a corrupção que predomina no homem é um juiz. Este não é um juiz qualquer, mas sim um juiz endógeno, disposto a executar uma ação de autocastigo perante a iniquidade de um mau comportamento moral. É como se se tratasse de uma doença autoimune.

"Mas o Juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir para o desfazer até ao fim."

Daniel 7:26

É então que muitos amaldiçoarão a Deus, pois os seus lamentos serão extremamente dolorosos. Este juiz corretor abriga em si o conceito de que o mundo dos estereótipos é o mundo do extermínio. Os prosélitos deste mundo sentem-se pouco prejudicados pela destruição do ecossistema, pelos roubos disfarçados por decretos, pela adulteração de doutrinas e cânones, pelo consumo e assassinato de animais, pelo uso indiscriminado de fármacos, pelo consumismo de música tóxica, pelos julgamentos arbitrários, pelos comportamentos arrogantes, pelos que não têm misericórdia, pelos que se julgam superiores aos outros, pelos repressores, entre outros.

Se caminharmos pelas chamas dos estereótipos, a magia da vida harmoniosa transforma-se numa vida hostil, ambiciosa e destrutiva. "De onde vens?", perguntou um homem ao SENTIDO; ao que este respondeu: eu sou o mestre na arte da convivência, um bom quadrado do meu coração está coberto de sabedoria e iluminado pela divindade do verbo. Todo ser é possuído por mim; no entanto, o meu comportamento é variável em função do desenvolvimento evolutivo de cada ser. O respeito pela vida dos outros, abstendo-se de os consumir como alimento, é colocar a consciência no centro da metafísica intrínseca do verbo, disposto a abandonar o templo do homem para se trasladar ao templo dos deuses."

"Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo; todavia, como homens morrereis, e como qualquer dos príncipes caireis."

Salmos 82:6-7

Nem o nevoeiro, nem as nuvens obscurecem a visão da beleza da consciência orientada para o bem comum de todos os seres que povoam o universo, pois não é o que entra pela boca que contamina, mas sim o que sai do coração. O nosso coração não foi criado para matar, mas sim para amar.

A bagagem da moral, hoje reprimida pelas forças do mal, permite ao homem mover-se sem contemplações pelo mundo da maldade. Os dias que o ser humano vive, embora participe no grande ciclo da iniquidade, não são resultado de um casualismo predeterminado pelas leis do Céu. Quando chegar o momento de as forças celestiais atuarem, cortarão os fios das forças manipuladoras do senhor dos anéis; então, abrir-se-ão os selos, soarão as trombetas, surgirão as pragas e o tempo do Apocalipse terá chegado. Entretanto, aqueles que prosperam agora não são os sábios, nem os santos, nem os detentores de uma boa doutrina ou filosofia. A espiritualidade do homem não é algo que se possa suplantar apenas com rituais, pois a sua origem reside na prática ativa da construção de um mundo melhor. Devemos posicionar-nos ao lado da verdade e condenar a maldade, as ambições, as mentiras, o imperialismo dos poderosos e ricos, as guerras e a fome.

Na abóbada celeste, uma união misteriosa já prevalece: de um lado, as forças celestiais lideradas pelo Filho do Homem (Cristo); do outro, a esposa do Cordeiro (a sua prometida, a mulher de Cristo). Estes são aqueles que assimilaram a sua doutrina com entendimento e diligência. Estes encontram-se numa posição que vai para além do meramente religioso. Os esforços para transformar as consciências, verdadeiro motor da mudança para restabelecer na Terra o Reino de Deus, não podem se limitar apenas ao domínio do religioso, como o interpretaram as várias religiões que predominam na Terra.

Para alcançar uma nova consciência, deve-se modificar a leitura estabelecida nos neurónios que a regem. Essa leitura está estruturada de duas formas distintas: uma sob a forma de Arquétipo, biomemória que a neurónio possui e que determina um comportamento alinhado com as leis do universo. Arque representa o arco, aquilo que vemos no horizonte quando olhamos ao longe e que simboliza o cosmos ou universo. A outra forma é a do Estereótipo, o modelo segundo o qual o homem relativiza as suas ações à margem da lei universal e cuja leitura se imprime na biomemória, determinando a consciência e o comportamento. É certo que a maioria das religiões estabelece diretrizes de comportamento benéficas para o homem; contudo, muitas vezes, essas leis são ignoradas devido à força dos estereótipos, e o máximo que o homem pode aspirar é a reprimir esses padrões de comportamento.

"Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção dos tolos."

Salomão em Eclesiastes 7:5

A essência de Deus feito carne manifesta-se, na realidade, através das suas manifestações, já anunciadas pelos seus profetas.

"E porei entre eles um sinal de saúde,…"

Isaías 66:19 – Bíblia de Feliz Torres Amad

A força primordial capaz de transformar a leitura estereotipada da biomemória denomina-se Alquinatura. Esta é a flauta que tocam os alquinaturistas, pois utilizam remédios naturais como a puntura bioenergética, a homeopatia, a fitoterapia, a musicoterapia, a etno-dietética, entre outros. São métodos instrumentalizados a partir do Céu, com entendimento diligente.

O SENHOR DOS ANÉIS

A obra de Deus feito carne não foi válida apenas para a transformação de homens em deuses no planeta da constelação de Peixes. O mundo dos planetas, de onde surge a vida, é o mundo dos fenómenos onde se manifestam as maravilhas. Para que a vida se possa desenvolver num planeta, há condições que obedecem a possibilidades infinitamente remotas. O verbo trabalha constantemente, a sua obra multiplica-se e expande-se sob a forma de universo. A ênfase exagerada no desenvolvimento da vida vegetal e animal está limitada a apenas alguns planetas dos trilhões existentes. Desta forma, a nossa conceção do universo é a de um universo estéril, e que a vida na Terra é a obra-prima da Mãe Natureza. O véu que resulta da conceção de que a Terra é o umbigo do universo constitui um movimento cético e dogmático por parte de muitos. Não há nada de novo sob o Sol e a grande iluminação é encontrada nas escrituras da Bíblia.

"E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, portanto Deus para si o tomou."

Génesis 5:24

"Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus."

Hebreus 11:5

"Sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo com cavalos de fogo, os separou  um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho."

2 Reis 2:11

"E tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino."

Mateus 2:9

"E levou-o fora, até Betânia; e levantando as suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado ao céu."

Lucas 24:50-51

"E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas; e a sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a Terra."

Apocalipse 12:3-4

É necessário cuidar da compreensão em relação aos assuntos que são enigmáticos para o homem e que podem desempenhar um papel fundamental na sua vida. O conteúdo destes versículos bíblicos dá-nos uma ideia da existência de outros mundos e conduz-nos ao entendimento. Não se trata apenas de mostrar como alguns profetas e o próprio Cristo são trasladados para o Reino de Deus, ou de como um carro de fogo (a estrela de Belém) guiou os reis do Oriente até ao local do nascimento do Messias, mas também de perceber que no Apocalipse 12 se descrevem três planetas onde a vida se desenvolveu antes da Terra. Estes culminaram o seu desenvolvimento metafísico transformando-se em deuses (estrelas):

 "...um grande dragão (Satanás), cuja cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu."

Se nos perguntam como estes três planetas se desenvolveram em simultâneo, devemos primeiro esclarecer que as leis do TAO são universais: o que está em cima é como o que está em baixo. A vida num planeta, embora se desenvolva individualmente, é, num certo momento, intervencionada pelo Criador (o verbo de Deus feito carne). Assim, aquilo que vive dentro de mim deve também viver nos outros. A conceção da vida baseada numa determinada doutrina é vital para que os seres que evoluem no contexto do universo, o façam em paz e harmonia.

" Um dia vieram se apresentar diante do Senhor Jeová os filhos de Deus, entre os quais, veio também Satanás."

Job 1:6

O nome de Satanás é um termo hebraico derivado de um verbo que significa opositor. O que levou Satanás, também chamado Lúcifer (que significa "portador da luz" em latim), e os seus anjos a se oporem a Deus?

A contenção e a moderação conferem ao comportamento externo uma dimensão que impede causar dano ao outro. As leis de Deus foram concebidas como um ato de irmandade, onde o maior serve ao menor. Assim, simbolicamente, Cristo lavou os pés dos seus discípulos, exemplificando a doutrina do Pai. O santo é aquele através do qual fluem os princípios que conduzem à vida em harmonia com os outros. Contudo, há uma conceção filosófica que se opõe à santidade. Trata-se da doutrina neoliberal que impera no mundo: catástrofes, guerras, pobreza, fome, etc. Os poderosos deste mundo fazem o contrário dos santos, usam o seu domínio e poder contra os fracos e desamparados, dominam, contaminam e exterminam a natureza, provocam guerras para explorar os recursos naturais e acumulam as riquezas dos povos, deixando um rasto de fome no mundo.

Entre as passagens bíblicas mais notórias sobre este tema, encontra-se a prova dos quarenta dias no deserto enfrentada por Cristo e a proposta que Satanás lhe faz:

"E disse-lhe o Diabo: dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem eu quero. Pois se tu me adorares, tudo será teu." Lucas 4:6-7 Poderia Satanás oferecer o mundo a Cristo se este não lhe pertencesse?

A vestimenta que Satanás utiliza para governar a vida é o próprio sistema estabelecido que impera na Terra. A educação, a justiça, a política, os meios de comunicação, a saúde, entre outros (no contexto bíblico, os dez cornos mencionados no Apocalipse 12), são, na forma em que se encontram estruturados, o modelo perfeito para manter o mundo tal como o conhecemos.

A reforma proposta pela doutrina dos santos entra em contradição com o modelo satânico que governa o mundo. Para governar o Reino da Terra, deve-se fazê-lo da mesma forma que se conduz um rebanho. Os “cordeiros devem seguir o caminho imposto”, e se não o fizerem, o castigo que sofrerem deve ser notório, para que os outros tomem consciência. Então, o senhor dos anéis, que observa e controla o rebanho, tomará as devidas medidas.

As armas mais sofisticadas são insignificantes perante as armas que o dragão utiliza. Ele emprega-as para que os "rebeldes" entrem na linha da submissão. Estas armas penetram profundamente na biologia do Tálamo, manifestando-se sob a forma de demónios e silenciando as funções que controlam os processos neurofisiológicos. O criminoso perfeito é aquele que opera na sombra, dando a ilusão de que não existe. A grande ciência do dragão atua através de radiações ou emissões de mensagens direcionadas aos recetores talâmicos, da mesma maneira que as emissoras televisivas transmitem sinais. Ele programa os neurónios de forma semelhante à de um hacker informático que manipula um computador, alterando o seu funcionamento. Beber a "poção mágica" para se libertar destes demónios e restabelecer as funções orgânicas não é uma tarefa fácil, mas sim quase impossível para o homem.

"Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qua andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele.  E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judeia como em Jerusalém; ao qual mataram pendurando-o num madeiro."

Atos dos Apóstolos 10:38-39

"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os principes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.”

Efésios 6:11-12

A CRIAÇÃO DA TERRA

“No princípio, Deus criou os céus e a terra.”

Génesis 1:1

Se compararmos o desenvolvimento evolutivo dos deuses com o dos homens, encontramos milhões de anos de diferença entre ambas as evoluções. Para termos uma noção da diferença tecnológica entre os homens e os deuses, basta comparar o homem de há 200 anos, antes da era industrial, com o que se tornou hoje, capaz de enviar foguetões para o espaço, depois de ter passado de carroças com rodas de madeira. Perante tal distância, torna-se essencial e necessário encontrar o Senhor da vida e não cair no erro de nos julgarmos deuses apenas por espreitarmos as portas do espaço, transplantarmos órgãos ou fabricarmos bombas atómicas.

A envoltura da vida está relacionada com o número seis, que é o número da criação. O homem sábio deve utilizar esta via para a alcançar. Isso requer decifrar as suas metáforas através de lampejos mágicos que caem do Céu e permitem vislumbrar o inexplicável.

O facto de não compreendermos nada conduz-nos à prática de não fazer nada, deixando tudo por fazer. Desta forma, o dragão mantém sempre nas suas mãos os fios que movem tudo, e as considerações bondosas e arquetípicas podem tornar-se tóxicas e estereotipadas. O soberano senhor dos anéis sabe ler os nossos pensamentos, e também escrever na biomemória dos neurónios e alterá-los. Ele sabe como dotar o homem de uma carga de realidade virtual, que não passa de um Matriz, fazendo com que o mundo que o nosso consciente nos manifesta seja o número da besta, o 666.

"E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem falasse e fizesse com que fossem mortos todos os que não a adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis."

Apocalipse 13:15-18

O colapso das ideias utópicas e o renascimento contínuo de seres automatizados, com um egocentrismo desmesurado, fazem com que os processos de convivência político-social percam o sentido, e o reconhecimento do que é bom ou mau fique refém de um relativismo dominante. Mas quem se atreve, ou quem é capaz, de aclarar o que está turvo? Neste mundo, sentimos que "quanto mais afiamos a faca, mais cega ela fica." Se hoje vestimos roupas brancas, amanhã já se tornaram negras. Há quem beba veneno e este se transforme em mel, enquanto outros tomam mel e este lhes causa o efeito de um veneno. Aqui, tudo se inverte, pois o império das trevas contra-ataca.

O senhor dos Homens sabe como atuar e alcançar os seus propósitos. A melhor forma de te deixar tranquilo consiste em conceber a desvalorização da vida, da justiça e da moral. Podes te dedicar à prática de ritos espirituais, desde que estes não prejudiquem o seu mundo. Poderás ir de um lado para o outro vestido com as roupas da aparência. Este é o “modus operandi” do diabo, molda os Homens de muitas formas, todas elas apresentadas em cores vivas nas portas de entrada do mundo que ele governa.

O Céu mantém-se à margem das duas forças principais que governam o mundo. A primeira força é que para tratar a doença, é preciso manter as pessoas drogadas. A opinião do vulgo difere da realidade: segundo alguns especialistas, a iatrogenia (doença hepática provocada por fármacos) é a terceira principal causa de morte no mundo. Além disso, os medicamentos podem alterar a perceção da consciência. O ser humano, assim, observa a vida e vive-a de acordo com essa realidade induzida. É essencial compreender a origem das coisas, sem que haja um elemento perturbador que altere essa realidade.

As intervenções contra a natureza acabam por contrariar o seu ritmo. A lei da natureza é a lei do Verbo, a lei de Deus, omnipresente em todas as coisas, sem excluir os remédios naturais necessários para combater distúrbios na saúde.

A segunda força primordial dominante neste mundo encontra-se na estrutura do teu próprio lar. Esta força sugere sempre a fórmula mágica para controlar as nossas vidas. As suas táticas fazem parte de uma trama universal que visa a dominação do hospedeiro em benefício dos seus interesses. Todos reconhecem o que é belo como belo. No entanto, se te induzirem a acreditar que o belo é feio, porque os objetivos deste mundo colidem com a verdade, essa força irá redirecionar-te para o mundo do mal como elemento de ligação. Uma programação sistemática dos neurónios permite que o diabo nos manipule como cordeiros, conduzindo-nos ao labirinto dos erros. Assim, viverás à margem das perceções das ideias puras e da vontade, sem estares preso a uma existência carcerária.

"E vi subir da terra outra besta; e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada."

Apocalipse 13:11-12

O caminho para o SENTIDO, seguindo a ordem natural, fortalece a ideia do SER, então, resistimos a perceber ideias confusas e erradas, e começamos a ver as coisas de forma mais objetiva. Este é o momento em que as forças furiosas começam a ser desencadeadas e o furacão pode ser permanente e inquieto. É por isso que as pessoas que são Céu (pessoas que praticam a doutrina do Céu) começam a notar uma perda de energias vitais. Os processos funcionais começam a falhar, à medida que a ordem imperial, imposta por forças satânicas, começa a atuar.

"Quando, pois, virdes que a abominação desoladora, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, entenda),..."

Mateus 24:15

Disto, deduz-se que quem promove uma luta autêntica contra a doutrina do mal, posicionando-se ao lado da ordem natural, sofrerá as consequências. Pelo contrário, o mal assegura que aqueles que seguem a filosofia do mundo, praticando uma doutrina mecanizada baseada em ritos e aderindo à doutrina da contemplação, prosperem. Um bom governante aceita e acolhe a oposição apenas quando esta não representa qualquer ameaça de mudança à perpetuação do seu governo.

A ABOMINAÇÃO DESOLADORA

Aqueles que sofrem a abominação desoladora são como personagens de fábula. O perfil metafísico que representam procura demonstrar que aquele que pratica a filosofia da ordem natural é o único que é capaz de transcender aos Céus. Frequentemente deparamo-nos com a opinião de que o caminho do sofrimento é o preço a pagar por uma glória sem medida e de duração eterna. Por essa razão, há quem se flagele ou participe em procissões descalço, carregando a cruz aos ombros, outros vestem-se com cilício. No entanto, ninguém pode aperfeiçoar o caminho celestial através do sacrifício humano. Nem o sofrimento, nem a morte são algo que possam vir de Deus. Os homens não precisam recorrer à infelicidade para transcender e alcançar níveis elevados e puros de espiritualidade. A doutrina de Deus baseia-se no desenvolvimento das ideias alquímicas da roda da vida.

A roda da vida constitui o desenvolvimento potencial e existencial do mundo espiritual e perpetua os processos de cognição e expressão dos arquétipos. O novo começo inicia-se:

·         Canto uma soleá.

·         Estudo a Alquinatura.

·         Danço as técnicas alqui (T.K.D., Tai Chi e Qigong).

·         Nutro-me de alimentos ovolactovegetarianos.

·         Trato a minha doença com medicina alquinaturista.

·         Ordeno as minhas relações com Deus, com parceiro/a, entre pais e filhos, familiares, fraternais e com o mestre.

O maior problema que se nos coloca para regressar ao paraíso – ou seja, a uma vida de ordem na Terra, é a interferência do príncipe deste mundo. A vivência numa vida de ordem é constantemente perturbada pelo dragão, e o mundo de felicidade proporcionado pela ordem transforma-se num mundo de demónios. É então que se torna essencial procurar a ajuda de Deus. O limiar do invisível é algo traiçoeiro e poderoso. O resultado da sua ação é desastroso. A forma mais comum de ataque acontece através de um familiar ou amigo que conhece a tua forma de vida e cuja visão do mundo entra em conflito direto com a tua. Não matas animais para comer, não te intoxicas com fármacos, e tens uma visão diferente sobre a vida. É nesse momento que age o acusador (o dragão), permitindo que aqueles à tua volta justifiquem a sua própria consciência em relação à forma como vivem.

“E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador dos nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.”

Apocalipse 12:10

À medida que os ataques avançam, o desgaste orgânico torna-se cada vez mais evidente. O hábito de julgar os outros, baseando-se na própria vida e comparando-a com aqueles que vivem de forma desordenada, revela claramente as entranhas do acusador.

A criação da Terra, tal como anunciada em Génesis 1, apresenta-nos a obra de Deus no homem, onde há uma descrição detalhada, em metáfora, da neurofisiologia da Terra no Tálamo. De forma sistemática, reconhece-se a capacidade da Terra para enfrentar os ataques do dragão. Se seguirmos o rastro dos dias da criação, encontramos no final:

"Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados."                                                                                                                                                                          Génesis 2:1

Não devemos ignorar a parte onde se diz "...e todo o seu exército.". O céu e a terra são purificados para consumar a oferta que Deus fez ao homem, para que este pudesse defender-se da serpente. A função das diferentes religiões deteve-se numa narrativa acessível ao entendimento humano, mas, temos que ter em conta que para decifrar o misticismo das Escrituras, é necessário um conhecimento profundo de fisiologia. Os dois elementos primordiais para o conhecimento da fisiologia talâmica são, primeiro, o avanço da ciência:

"Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinarem a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se aumentará."

Daniel 12:3-4

O segundo elemento é que a contemplação pura e dura dos processos neurofisiológicos não basta; é necessário interpretá-los corretamente. Estes processos podem ir muito além do que o cientista vê, e é nesse momento que intervém a mão de Deus.

"Porque ao homem que lhe agrada, Deus dá sabedoria, conhecimento e alegria; mas ao pecador dá o trabalho de ajuntar e amontoar, para o entregar àquele que agrada a Deus. Também, isto é, vaidade e aflição de espírito."

Eclesiastes 2:26

Deus sabe guiar as suas ações. No entanto, o maior erro do homem é subestimar Lúcifer. Este não necessita aspirar a que o seu grande conhecimento, quase de deus supremo, seja reconhecido, nem que as pessoas o adorem. A ele o que realmente importa é moldar o homem à sua semelhança e fazer com que este adore a sua doutrina. E a sua doutrina é a que impera no mundo. Há homens que dizem amar a Deus, mas fazem a vontade de Satanás. E há muitos que afirmam amar a verdade, mas agem com maldade.

O homem sábio e santo é o único que se revela com a astúcia do conhecimento da natureza das coisas. O sábio luta pela vida, sabendo que essa luta pode levá-lo à morte. O poder do dragão é constante, e a sua força é muito poderosa. Todos os dias, ele oferece a sua poção venenosa para nos destruir.

"E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que ela fosse arrastada pela corrente. Mas a terra ajudou a mulher, pois abriu a sua boca e tragou o rio que o dragão tinha lançado da sua boca."

Apocalipse 12:15-16

"E a serpente lançou da sua boca..." refere-se a uma acusação subtil, um veneno expelido da sua boca – ou seja, uma intoxicação acusadora. "Atrás da mulher" – a mulher representa a doutrina, a esposa do Cordeiro:

"Regozijemo-nos e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e a sua esposa já se preparou. E foi-lhe concedido que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro; porque o linho fino são as justiças dos santos."

Apocalipse 19:7-8

"Água como um rio, para que fosse arrastada pela corrente." A água, num certo contexto bíblico, representa a escuridão, o perigo, o abismo, a doença e a morte:

"Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos habitantes da terra e do mar! Porque o diabo desceu até vós com grande ira, sabendo que tem pouco tempo."

Apocalipse 12:12

"E vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existia mais."                                                                                                                                                                    Apocalipse 21:1

"A terra abriu a sua boca." Assim, a terra ocupa a função para a qual foi criada por Deus: invalidar e anular os ataques do dragão.

Antonio M. F. Fundador da Alquinatura

Traducción de Luisa Cohelo