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O REINO DA VIDA

  • Foto do escritor: Luisa Coelho
    Luisa Coelho
  • 31 de mai.
  • 51 min de leitura

Atualizado: 1 de jun.







Autor: Antonio M. F.

Tradução: Luísa Coelho










CAPÍTULO 4 - O ENCONTRO COM DEUS

O homem deve começar a procurar o encontro com Deus. E, ainda que Deus não se manifeste, esse encontro pode ser alcançado, pois conquistamos esse direito ao termos levado uma vida santa. O caminho da santidade não passa pela contemplação, mas sim por percorrer um caminho natural, levando uma vida ordenada, baseada no respeito pelas leis naturais. A fluidez constante da reza e da oração não é, por si só, garantia de que se abra a porta do Céu. O processo de santificação começa com a ruptura dos vínculos com as coisas do mundo. O maior erro do homem consiste em acreditar que está com Deus, enquanto faz e age de acordo com aquilo que o mundo faz. 

 

"Como Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas, que do mesmo modo que aquelas, tendo-se entregado à fornicação e seguido vícios contra a natureza, foram postas como exemplo, sofrendo o castigo do fogo eterno."

Judas 1:7

 

É preciso considerar o natural como o supremo, aquilo de que os seres necessitam para viver sem prejudicar os outros.

 

2.2. Ética e política.

Perguntamo-nos se os políticos conhecem o que é a ética e a moral, a maioria, provavelmente, nem a sua definição.

E perguntamo-nos isso quando assistimos aos seus modos de proceder, observamos as suas condutas, ouvimos as suas mentiras e sofremos com as suas corrupções.

É possível que assim seja, pois, como alguns afirmam, está na natureza do ser humano.

Muitos de nós recusamo-nos a acreditar nisso.

Será o poder que corrompe?

O activista e pensador anarquista Mikhail Bakunin afirmava: “O poder político é capaz de corromper até as pessoas mais inteligentes e abnegadas.” E acrescentava: “Exercer o poder corrompe; e o poder absoluto corrompe absolutamente.”

Consciencia y sociedad distópica.

Coronavirus: estudio del caso (Emilio Carrillo y otros)

 

Na China, o regresso dos gansos selvagens é como um sinal da primavera. A ave vem em busca do calor. Isto manifesta a atividade do Yang, princípio viril da testosterona, que convida a mulher a procurar o seu futuro esposo.

Existe uma estreita relação entre a ordem natural e a ordem social. A vida dos homens está intimamente ligada à da Natureza. Também os actos da vida, embora se manifestem individualmente, não se limitam aos feitos do indivíduo, pois o que cada um faz também afecta os demais. Por outro lado, se nada se faz na vida, tudo fica por fazer.

A contenção de não fazer parte na vida política é uma das decisões mais acertadas que podemos considerar. Nada mudará, na essência, pelo simples facto de votarmos neste ou naquele partido. Todo este sistema de ordem democrática, onde coexistem os diferentes partidos, está repleto de mentiras convencionais e de uma aparência enganadora.

O que seria realmente decisivo e benéfico seria que os políticos pudessem governar de verdade e tomar decisões autênticas, com a mesma naturalidade e clareza com que formulam as promessas eleitorais que fazem.

 

“CAPITALISMO

No princípio, não existiam classes dominantes nem dominadas, e a propriedade era comum, tudo estava ao dispor de todos e pertencia a todos, e assim pôde o Homem prosperar desde os abismos da pré-história, sem classes, sem dinheiro, sem mercados, nem Estado. Mais tarde, surge a propriedade privada e, com a criação de excedentes, emergem as classes abastadas e as subordinadas, o esclavagismo, as cidades, o Estado, o dinheiro e os impostos. Depressa aparece a propriedade privada dos meios de produção, o que implica a desapropriação desses meios para uns e a apropriação dos produtos do trabalho alheio por outros, sob o sistema de exploração do homem pelo homem. O intercâmbio económico foi, desde o início, uma oportunidade para o desenvolvimento de uma minoria à custa da miséria da maioria, e esteve sempre associado à exploração e ao poder de uma minoria poderosa. O intercâmbio económico e a exploração do homem pelo homem dão as mãos como nunca antes no fenómeno socioeconómico que chamamos de “capitalismo”, “liberalismo económico”, “neoliberalismo” ou “neoconservadorismo”.

Crisis económica y apocalipsis (Gabriel Wüldenmar Ortiz)

 

As armas mais poderosas são as que possuem aqueles que acumulam as grandes fortunas.

 

"E a besta que vi era semelhante a um leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como boca de leão. E o dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande autoridade.

Vi uma das suas cabeças como ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou seguindo a besta. E adoraram o dragão que tinha dado autoridade à besta, e adoraram a besta, dizendo::

Quem é como a besta, e quem poderá lutar contra ela?

Também lhe foi dada uma boca que proferia grandes coisas e blasfémias; e foi-lhe dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses.

E abriu a sua boca em blasfémias contra Deus, para blasfemar do seu nome, do seu tabernáculo e dos que habitam no céu..

E foi-lhe permitido fazer guerra contra os santos e vencê-los.

Também lhe foi dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação.

E adoraram-na todos os habitantes da terra cujos nomes não estavam escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde o princípio do mundo.

Se alguém tem ouvidos, ouça.”.

Las dos bestias - Apocalipsis 13:2-9

 

INTERPRETAÇÃO:

- “E a besta que vi era semelhante a um leopardo”:

Para a besta, existem três formas de controlo que servem para estabelecer uma ordem e garantir a sua continuidade. A primeira é que não apresenta qualquer ponto vulnerável, sabe conduzir as suas ações. A besta nunca é responsável por nada. É como uma criança que enfrenta as maiores dificuldades a partir da sua inocência e sem qualquer malícia. Assim, é possível que, perante qualquer tipo de crise,  seja económica, social, de pobreza, etc., o disfarce desta besta seja como o de um leopardo, que sabe camuflar-se na vegetação do meio social, sobe a uma árvore e, a partir daí, observa o panorama e abate a sua presa. Estamos a falar dos regimes democráticos, e a presa é sempre o partido que está no governo naquele momento. Desta forma, ninguém questiona a estrutura do próprio sistema, e este perpetua-se eternamente.

- “os seus pés como os de urso”:

O véu que resulta dos fios que movem a estrutura do mundo das ditaduras, quer sejam elas ditaduras capitalistas, comunistas ou monarquias absolutistas, pode ter algum ponto vulnerável, como por exemplo: a pobreza, o desemprego, as desigualdades sociais acentuadas, uma crise económica. Nesses casos, o sistema corre o risco de que o povo se levante em rebelião e o Estado fique em perigo.O único meio de o travar, nesse cenário, seria um golpe militar que pusesse fim à agitação social.Estamos a falar de desferir uma patada tal como o faria um urso (“e os seus pés como os de urso”).Esta é a segunda forma de governo da besta.

- “e a sua boca como boca de leão”:

A terceira forma de governo da besta é o comunismo liberal. Este é capaz de penetrar profundamente na biologia de uma vida social controlada, ao introduzir a possibilidade de enriquecimento material do indivíduo, mas revestido com o atavio de uma ditadura que obriga os seus cidadãos a seguir as resoluções ditadas pelo Estado, que atua como um sistema de magia negra em confronto com a natureza humana.Por isso, qualquer sentimento, seja ele filosófico, relacionado com a saúde (como obrigar à vacinação), cultural, etc., obriga o ser humano a reprimir a sua essência inata. Tendo em conta a forma como estes regimes atuam, as suas disposições são tão rigorosas como as de um leão quando ruge (“e a sua boca como boca de leão”).

- “E o dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande autoridade”:

A influência das revoluções ao longo da história da humanidade, com o propósito de criar uma sociedade mais justa, foi fracassando, uma por uma. Ninguém pode negar que tenha havido pensadores de grande elevação e pureza. Mas as desordens, estereotipadas pelo dragão e pelos seus demónios, levaram-nas ao fracasso. A partir daí, o dragão foi-se infiltrando nas sociedades do mundo, exercendo o seu controlo e autoridade.

- “Vi uma das suas cabeças como ferida de morte”:

Das sete cabeças da besta (ver capítulo 3), a forma de governo que mais estabilidade e perpetuidade dá ao sistema é o regime democrático. Aqui encontramos a obra-prima do dragão, pois faz com que os seres humanos naveguem pelo misterioso oceano da liberdade, com centenas de políticos em torno de um parlamento a tentar fabricar o elixir da vida social.

 

“A FALSA DEMOCRACIA DO SISTEMA CAPITALISTA

O sistema capitalista apresenta-se ao mundo como sinónimo de democracia e de liberdade, enquanto considera os sistemas opostos como sinónimos de autoritarismo estatal. No entanto, o perigo totalitário que pode ser apontado à concentração de poder económico nas mãos do Estado não desaparece quando esse poder está nas mãos de entidades privadas; pelo contrário, torna-se ainda mais grave por estar menos sujeito ao controlo de poderes exteriores a esses mesmos proprietários. E mais vale o poder nas mãos de uma instituição que, em princípio, nos representa a todos do que nas mãos daqueles que apenas representam os seus próprios interesses gananciosos. Em qualquer caso, a suposta identificação “sistema capitalista = democracia e liberdade” é completamente falsa. Pode ter servido como elemento de propaganda durante a Guerra Fria, abusando da lógica (“se eles, os comunistas, são os maus, então nós, e, por conseguinte, o nosso sistema, temos de ser os bons”), mas está longe de ser confirmada pelos factos históricos. Não só o mundo capitalista está repleto de ditaduras, como muitos regimes sanguinários e ditatoriais foram promovidos e sustentados pelos interesses do capitalismo internacional.

Falar de capitalismo é falar de desigualdade, porque é falar de que uns acumulam e outros lhes vendem o seu esforço para poder viver. Por outro lado, falar de democracia é afirmar que todos os homens são iguais, com os mesmos direitos e os mesmos deveres. Capitalismo significa “um dólar, um voto”, ou seja, quem tem mais dinheiro tem mais poder de decisão e maior influência sobre os partidos, financiando as suas campanhas e influenciando as decisões que tomam. Em contrapartida, a democracia significa “um homem, um voto”, ou seja, todos somos iguais na escolha do modelo de sociedade que queremos. Neste sentido, o valor das votações periódicas nos sistemas capitalistas é muito limitado. O rico, tal como o pobre, tem apenas um voto, mas é evidente que o rico (o sistema empresarial) tem muito mais poder de decisão e de pressão sobre os partidos políticos e sobre as decisões do que o cidadão comum, que se limita a entregar um cheque em branco a esse partido. A democracia representativa e parlamentar é uma fraude que afasta o governo das pessoas, controla as nossas vidas e gera apatia entre os cidadãos. A democracia representativa é a possibilidade de escolher qual o representante da classe privilegiada que nos vai explorar e reprimir. O verdadeiro poder da democracia reside nas mãos do povo, criando decisões através do voto no local de trabalho e nas comunidades autogeridas. Com efeito, o sistema partidário nunca poderá ser um verdadeiro representante dos interesses do povo, mas sim daqueles que o financiam e instrumentalizam. Por detrás das leis, muitas vezes, não há interesse público nem correspondência com a realidade, mas sim interesses particulares ao serviço daqueles para quem essas leis foram criadas. E, quando se instaura ou revoga uma lei “por interesse público”, há geralmente por detrás algum interesse particular, salvo quando existe pressão ou clamor popular.”

Crisis económica y apocalipsis (Gabriel Wüldenmar Ortiz)

 

O dragão quis experimentar outro regime que lhe concedesse a imortalidade do seu poder e, graças aos seus trabalhos endemoninhados, conseguiu alterar a câmara dos parlamentos alemão, japonês, italiano e de outros países, como o espanhol, através do golpe de Estado franquista. É assim que começa o terrífico peregrinar do mundo das grandes potências fascistas. É assim que o dragão abandona o sistema democrático e se volta contra ele, penetrando no terreno da especulação.

Neste terreno especulativo, o dragão descobre o Homem sob uma dupla forma do Ser. O Ser na sua forma permeável e flexível, que permite quadros de referência politicamente distintos, com processos onde se desenvolve o livre pensamento. A tarefa mais importante para o dragão é como controlar o homem livre nas suas decisões. Assim, a autoafirmação de ser livre pelo simples facto de se poder eleger uma representação política de acordo com os próprios ideais coloca os regimes democráticos, não como perfeitos, mas como os menos maus.

A benevolência disfarçada, noção suprema da democracia, consiste em colocar a ênfase na personalidade ideológica do indivíduo. Se se viaja pela paisagem deste sistema, é sempre necessário levar como bagagem a qualidade de ser “modelável”. No entanto, a ação aplicada ao Ser dentro deste modelo pode acabar por gerar um efeito negativo no controlo do indivíduo, oferecendo-lhe assim, ao diabo, o seu ponto fraco. No total, uma em cada dez pessoas escapa a esse controlo.

 

OS SERVOS DE SATANÁS

É preciso expor o Ser na sua forma absoluta, na qual existem diversas variantes que se foram manifestando em cada uma das épocas da história da humanidade.

 

"3.4. FILOSOFIA AGOSTINIANA

Conceito e divisão da Filosofia.

Em princípio, Agostinho está de acordo com os estoicos em que a Filosofia deve ser um saber de salvação, soteriológico. Mas, para Agostinho, a salvação não se dá “das telhas para baixo”, pois encontra-se numa outra vida; por isso dirá que a Filosofia, à qual costuma chamar Sabedoria, é o estudo das coisas divinas. Ou seja, a Filosofia deve colaborar com a fé na salvação do homem, da alma humana.

Aceita a divisão estoica da Filosofia em Dialética (Lógica), Física e Ética, assim como a valorização de cada uma destas partes feita pelo estoicismo.

A dialética agostiniana.

Sob o termo dialética, Agostinho compreende aquilo a que hoje chamaríamos Lógica e, especialmente, Gnoseologia; ou seja, nesta parte, o santo trata preferencialmente do problema do conhecimento (a Lógica, enquanto tal, interessou-lhe pouco).

A teoria do conhecimento de Santo Agostinho pode ser resumida da seguinte forma:

a)      Crítica do ceticismo: Santo Agostinho conhecia bem esta corrente filosófica, fruto do seu convívio com os Académicos. Quando o céptico afirma que «não podemos alcançar certeza em nenhum juízo», acaba por se contradizer, pois está, pelo menos, seguro da verdade do juízo «não podemos ter certeza de nada».

Por outro lado, mesmo que eu estivesse sempre enganado, sempre no erro e na dúvida, continua a ser indubitável a verdade do juízo: «se me engano, existo» (si enim fallor, sum), pois um ser inexistente não pode nem enganar-se nem duvidar. (Séculos mais tarde, como veremos, Descartes formulará algo semelhante.)

Por fim, a consciência humana dá-nos plena segurança quanto à verdade dos primeiros princípios lógicos (como o da identidade ou da não contradição), éticos (como: «faz o bem e evita o mal») e, igualmente, quanto à realidade do mundo exterior.

Poderá parecer que, ao afirmar este último ponto, Santo Agostinho não manifesta uma mentalidade crítica muito apurada; afinal, a realidade do mundo exterior é altamente discutível. No entanto, essa atitude crítica só viria a surgir mais claramente com Descartes.

 

b)      Distingue entre vários tipos de conhecimento: o sensível, o racional inferior e o racional superior.

1)      O conhecimento sensível, ou a sensação, é uma atividade da alma, sendo os estímulos exteriores meras ocasiões para que a alma sinta; toda a ação implicada no fenómeno da sensação é de natureza anímica. A influência platónica é evidente. A impressão da luz na retina não é a causa direta de eu ver a cor verde; é apenas a ocasião que permite à alma produzir em si mesma a visão dessa cor. Este conhecimento sensível gera apenas dóxa, uma opinião mutável e sem valor, à semelhança das coisas que por ele apreendemos: os fenómenos e os objetos concretos e materiais.

2)      O conhecimento racional inferior é um saber obtido pela razão, numa atividade inferior da própria razão. Através dele conhecemos o que é universal e necessário, embora ainda relativo ao tempo. Trata-se do tipo de conhecimento a que chamamos ciência, como é o caso do conhecimento matemático. Este saber, evidentemente, não é extraído pela alma das coisas materiais, mas sim produzido pela própria razão. Em Agostinho, encontramos um inatismo que antecipa o dos racionalistas modernos, que mais adiante estudaremos. As ideias universais e necessárias não se obtêm da experiência sensível, mas têm origem na razão, sendo o conhecimento sensível, na melhor das hipóteses, uma mera ocasião para que a razão produza tais ideias, que dela emergem como Atena brotou da cabeça de Zeus. A influência platónica é, aqui, evidente.

3)      O conhecimento racional superior é designado por Agostinho como sabedoria e corresponde, na verdade, ao conhecimento filosófico. Trata das verdades universais e necessárias no domínio ético e religioso; são verdades eternas e imutáveis. É através deste conhecimento que compreendemos racionalmente, por exemplo, os princípios éticos, a existência e a imortalidade da alma, ou a existência de Deus. Este conhecimento, evidentemente, não pode ser obtido pela via da sensação; mas também não pode a alma extraí-lo de si mesma, pois não é um conhecimento inato à alma. Para Santo Agostinho, a perfeição e a sublimidade de tais verdades estão tão distantes da imperfeição deste mísero ser que é o homem, que não vê outra explicação senão recorrer à ação de Deus, a uma iluminação que Deus concede à alma, à razão, uma luz que lhe permite captar tais conhecimentos. (Precisamente por carecerem dessa iluminação, e apesar da sua grande inteligência, os pagãos não chegaram a alcançar tais verdades.)

4)       O conhecimento racional superior é chamado por Agostinho de sabedoria e corresponde, na verdade, ao conhecimento filosófico. Versa sobre as verdades universais e necessárias da ordem ética e religiosa; são verdades eternas e imutáveis. Por intermédio dele conhecemos racionalmente, por exemplo, os princípios éticos, a existência e a imortalidade da alma, ou a existência de Deus.

Este conhecimento, naturalmente, não pode ser obtido a partir da sensação, mas também não pode a alma extraí-lo de si mesma, pois não é inato à alma. Para Santo Agostinho, a perfeição e a excelência de tais conhecimentos estão tão afastadas da imperfeição deste mísero mortal que é o ser humano, que não vê outra forma de os explicar senão recorrendo à ação de Deus, a uma iluminação que Deus concede à alma, à razão, uma luz que lhe permite captar tais verdades.

(Precisamente por carecerem dessa iluminação, e apesar da sua elevada inteligência, os pagãos não chegaram a alcançar tais conhecimentos)”.

Historia de la Filosofía (José Barrio)

 

O maior problema da sabedoria humana surge com os dogmas. É sempre graças às mentes livres e serenas que o mundo permanece tranquilo, ordenado e discreto. Pelo contrário, as mentes dogmáticas geram tempos de agitação. Ao ódio dessas pessoas dogmáticas e sectárias deve-se responder com justiça. Existe um Juiz universal, instituído pelo Céu, que cumprirá a sua função no momento oportuno, tal como o fazem os juízes do mundo, pois há sempre um lugar infernal reservado para aqueles que perseguem e não respeitam as ideias dos outros.

Quando se odeia uma forma de pensamento, a corrente da vida afasta-se e segue noutra direção.

Vemos, assim, que esse entusiasmo sectário em destruir quem pensa de forma diferente não é algo novo. O próprio Cristo foi perseguido e, mais tarde, crucificado. A Ele e aos seus seguidores chamavam "a seita dos nazarenos", e essa perseguição acabaria por culminar, mais tarde, com os cristãos lançados aos leões.

A vivência de quem se sente perseguido ou hostilizado, seja pelo poder instituído, por algum lobby ou grupo de influência, ou por pessoas dogmáticas que alimentam o ódio contra outras formas de pensamento ou de ser, estabelece as bases para um enraizamento mais profundo nas próprias convicções. A repressão das ideias é sempre a semente da sua expansão.

A repressão exercida pela Ku Klux Klan, manifestada em ódio contra a população negra através de atos violentos, não fez senão fortalecer o movimento negro na luta pelos seus direitos como cidadãos americanos. Também os discursos e atitudes homofóbicas deram origem a um vasto movimento de afirmação e defesa da identidade sexual por parte da comunidade LGBTI em todo o mundo.

A essência do satanismo manifesta-se no ser humano de múltiplas formas. O dragão é o grande flautista que faz emergir o mundo multicolor do dogmatismo sectário, e a sua obra é acolhida pelos hóspedes da discórdia e do ódio. Também o mundo aparente de Deus pode ser arrastado a participar nesta matilha.

O diabo dispõe de lobos disfarçados de cordeiros, prontos a infiltrar-se em todas as organizações supostamente ao serviço do bem, e, assim, o mundo das manifestações de Deus acaba por transformar-se no mundo do mal.

 

Superstições e bruxaria.

A secção dedicada às superstições inclui os processos relacionados com a bruxaria. A caça às bruxas em Espanha teve uma intensidade muito menor do que noutros países europeus, especialmente em França, Inglaterra e Alemanha. Um caso notável foi o processo de Logronho, no qual foram julgadas as chamadas bruxas de Zugarramurdi (Navarra). No auto de fé que teve lugar em Logronho, nos dias 7 e 8 de novembro de 1610, foram queimadas seis pessoas e outras cinco em efígie (por já terem falecido anteriormente).

De um modo geral, no entanto, a Inquisição manteve uma atitude cética em relação aos casos de bruxaria, considerando, ao contrário dos inquisidores medievais, que se tratava apenas de uma superstição sem qualquer fundamento. Alonso de Salazar y Frías, que, após o processo de Logronho, levou um édito de graça a várias localidades navarras, indicou no seu relatório ao Conselho Supremo: «Não houve bruxas nem enfeitiçados no local até que se começou a falar e a escrever sobre eles».

Outros delitos graves.

Embora a Inquisição tenha sido criada para conter o avanço da heresia, ocupou-se também de uma vasta gama de delitos que apenas de forma indireta podiam ser associados à heterodoxia religiosa. Do total de 49.092 processados entre 1560 e 1700, segundo os registos dos arquivos do Conselho Supremo, foram julgados os seguintes delitos: judaizantes (5.007), mouriscos (11.311), luteranos (3.499), iluminados (149), superstições (3.750), proposições heréticas (14.319), bigamia (2.790), solicitações (1.241), ofensas ao Santo Ofício (3.954) e outros (2.575).

Inquisición española (Wikipedia)

 

Devemos ter consciência de que os inquisidores proliferam em todas as épocas. Se nos perguntarmos quem são os inquisidores do nosso tempo, veremos que são aqueles que procuram controlar a vida dos outros, o que é fácil de reconhecer. Por um lado, estão os grandes lobbies e a sua direção mundana; por outro, os que se deixam dominar pelo ódio contra aqueles que pensam de forma diferente.

 

“OS ANALGÉSICOS

Muitas vezes, as medidas físicas para aliviar a dor, como aplicar frio ou calor, consoante o caso, utilizar cinta lombar, joelheira, tornozeleira, suporte para o pulso, muleta ou andarilho, fazer enfaixamentos, imobilizar ou recorrer a outras estratégias, não são apenas eficazes, mas também necessárias. No entanto, no caso da dor nociceptiva, dispomos ainda de analgésicos.

Na década de setenta, em Espanha, os analgésicos mais populares eram a Aspirina e o Optalidon. Atualmente, a aspirina é raramente utilizada como analgésico, sendo amplamente consumida para a prevenção de doenças cardiovasculares. O Optalidon era uma combinação de três fármacos: um analgésico (propifenazona), cafeína e um barbitúrico (butalbital, muito semelhante ao pentobarbital, o fármaco que causou a morte de Marilyn Monroe).

Na altura, o Optalidon era o medicamento mais consumido em Espanha e também a principal causa de mortes por suicídio. Na década de oitenta, o Ministério da Saúde obrigou a empresa titular (a suíça Sandoz) a remover o barbitúrico da fórmula, sem alterar a marca, o que levou à sua perda progressiva de popularidade.

Atualmente, o paracetamol é o analgésico mais consumido. Trata-se de um fármaco geralmente bem tolerado, desde que não se exceda a dose de 4 gramas por dia. É útil no alívio de dores agudas, como a dor de cabeça ou as dores musculares que frequentemente acompanham constipações e gripes, mas não é eficaz no tratamento da dor no joelho causada por artrose, da dor lombar ou de outras dores crónicas nas articulações”.

Crónica de una sociedad intoxicada (Joan-Ramon Laporte)

 

Entre os inquisidores mais radicais encontram-se aqueles que perseguem as terapias naturais ou a medicina natural. A grande ciência médica, sustentada e impulsionada pela indústria farmacêutica, cujos lucros ultrapassam mesmo os da indústria do armamento, triunfa dia após dia, fornecendo fármacos indiscriminadamente. Esses medicamentos penetram profundamente na biologia da consciência, alterando a realidade do ser humano, pois, afinal, são drogas.

Assim, para o ser humano, a liberdade e a independência passam por não atentar contra a sua própria natureza. Daqui se deduz que, para promover uma verdadeira melhoria da saúde e da vida social, é necessário eliminar as obcecações, a soberba e as ostentações luxuosas provocadas pelas drogas.

O regresso das pessoas à Natureza é o que permite evitar desordens e guerras, pois favorece as boas relações entre os seres humanos. Do funcionamento da medicina natural pouco se sabe, para não dizer nada. A rejeição que esta suscita na comunidade científica, ao ser rotulada de pseudociência, baseia-se em avaliações igualmente pseudocientíficas, já que muitos desconhecem grande parte das leis que regem a Natureza.

Acima de todo esse jargão de sábios com diademas sobre as suas cabeças, a coroa que o diabo lhes concedeu, encontra-se a realidade imperante.

 

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.

Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?”.

Por sus frutos los conoceréis - Mateo 7:15-16

 

“Talvez o leitor já tenha ouvido dizer que os efeitos adversos dos medicamentos (EAM) são a terceira causa de morte, a seguir às doenças cardiovasculares e ao cancro. Talvez também tenha lido que, em média, cada médico é responsável pela morte de um doente por ano, cerca de 35 ao longo de uma vida profissional. Procuremos descrever a situação e aproximar-nos da real dimensão do problema.

UMA EPIDEMIA SILENCIOSA

Os manuais escolares e alguns documentos oficiais afirmam que cerca de 5% dos internamentos hospitalares se devem a efeitos adversos de medicamentos (EAM) e que, aproximadamente, 5% dos doentes hospitalizados sofre um EAM. Trata-se de estimativas baseadas em estudos realizados há mais de vinte anos, alguns deles fora da União Europeia. Afirma-se também que, na UE, os EAM causam 197.000 mortes por ano, mas esse número não se baseia em nenhum estudo concreto.

Como vimos no Capítulo II, nos últimos 15 a 20 anos o consumo de medicamentos quase duplicou, e aumentou significativamente o número de pessoas que tomam cinco ou mais fármacos em simultâneo. Por exemplo, por volta de 2010, no Hospital de Bellvitge, entre cada dez pessoas internadas devido a um EAM, nove estavam a tomar cinco ou mais medicamentos ao mesmo tempo. Em metade dos casos, suspeitou-se que o EAM teria sido causado por uma interação entre dois ou mais fármacos. O consumo simultâneo de mais de quatro medicamentos multiplica o risco de EAM graves, pelo que é provável que os números reais sejam superiores aos registados numa altura em que havia menos pessoas polimedicadas.

Embora a maioria dos medicamentos seja utilizada fora do contexto hospitalar, os efeitos adversos dos medicamentos (EAM) nos cuidados de saúde primários têm sido pouco estudados. Os poucos estudos existentes indicam que entre 5% e 25% das pessoas que recebem um medicamento experimentam um EAM.

Com o objetivo de nos aproximarmos da real dimensão do problema, utilizarei três tipos de dados: a contribuição dos efeitos adversos dos medicamentos (EAM) para os atendimentos nos serviços de urgência, a sua contribuição para os internamentos hospitalares e a ocorrência de EAM em doentes hospitalizados. Em seguida, analisaremos exemplos que mostram como uma proporção significativa de mortes, bem como de várias doenças relativamente frequentes e graves, pode ser atribuída a EAM”.

Crónica de una sociedad intoxicada (Joan-Ramon Laporte)

 

“A NARCO-CONTRACULTURA E A MÚSICA COMO INSTRUMENTOS DE CONTROLO DA JUVENTUDE

A introdução das drogas no microcosmo adolescente tem sido um dos mecanismos mais eficazes para controlar e manipular os indivíduos numa fase vital do seu desenvolvimento e de maior energia. Tavistock apercebeu-se do poder de ação ilimitado da juventude e, por isso, apressou-se a encontrar métodos para travar o seu considerável potencial. As drogas são dos instrumentos mais eficazes para provocar a inação da juventude, pois entorpecem-na, instalam-na na inércia e, com o uso continuado, geram psicoses, depressões, medos infundados, apatia, perda de confiança e de autoestima, paranoias e outras perturbações mentais, algumas das quais irreversíveis. A estratégia da proibição foi extremamente eficaz, pois estimulou o desejo de consumo precisamente naquela faixa etária em que a rebeldia funciona como bandeira de identidade e de coesão de grupo. Uma das piores consequências é que os jovens consumidores não têm consciência da forma como estão a ser manipulados pelas forças de controlo social, nem percebem que a droga não resolverá os seus problemas, mas antes os agravará, sendo, por vezes, demasiado tarde para reagir.

A CIA, cujos agentes são formados nas fileiras de Tavistock, utilizou os seus próprios funcionários, administrando-lhes LSD para estudar as suas reacções, o que provocou várias mortes. Tratava-se do programa MK Ultra, iniciado quando a farmacêutica suíça Sandoz AG, propriedade da S.G. Warburg Co., desenvolveu o ácido lisérgico (LSD). James Paul Warburg, conselheiro de Roosevelt, criou o Institute for Policy Studies para promover a droga. O resultado foi a narco-contracultura do LSD nos anos 60, a chamada "revolução dos estudantes", que foi financiada pela CIA com vinte e cinco milhões de dólares.

A narco-contracultura causou um dano emocional e material na psique juvenil que ainda não foi ultrapassado. A introdução das drogas foi reforçada pelo movimento dos grandes festivais de música rock, como parte de um processo de experimentação social destinado a fazer uma lavagem cerebral aos adolescentes desprevenidos. Tratava-se de uma anarquia juvenil domesticada, concebida em laboratório”.

Los amos del mundo están al acecho.

Bilderberg y otros poderes ocultos (Cristina Martín Jiménez)

 

A tudo isto chama-se diminuir o discernimento por meio do grande lobby televisivo, e assim se compreende como o dragão era adorado por ter dado autoridade à besta: “e adoraram a besta, dizendo: Quem é como a besta, e quem poderá lutar contra ela?”

“E abriu a sua boca em blasfémias contra Deus, para blasfemar do Seu nome, do Seu tabernáculo e dos que habitam no céu.

E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação.”

Apocalipsis 13:6-7

 

Nestes tempos, a influência exercida pelos dez chifres da besta (os dez poderes fácticos) deu origem a um novo ecletismo, em que cada um se ancora nos demais para legitimar a sua própria visão, gerando assim um modelo de pensamento dogmático e absolutista.

 

“Se alguém tem ouvidos, ouça.

Se alguém levar cativos, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, à espada deverá ser morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.”

Apocalipsis 13: 9-10

 

L O que se impõe, neste tempo, no mundo das chamadas “pseudociências”, é suportar a abominação desoladora vinda do dragão e a perseguição inquisitorial da besta.

“Se alguém levar cativos, em cativeiro irá.”

Contudo, aquele que pratica as terapias naturais, descidas do Céu e oferecidas pela Natureza divina, deve manter viva a esperança mesmo no cativeiro, pois é certo que a justiça do Céu se manifestará a seu tempo.

Então, “se alguém matar à espada, à espada deverá ser morto.”

Assim, todo e qualquer sentimento de ódio recairá sobre quem o nutre; o acusador das chamadas pseudociências provará do que semeou, para não se afogar no próprio vómito, e os aduladores da informação começarão a vaguear pelo pó do silêncio.

“Aqui está a paciência e a fé dos santos.”

 

A CONSCIÊNCIA AUSENTE

Não se pode ocultar a névoa persistente que cega o olhar, tal como a estrela polar indica o rumo ao navegador. Assim, pela confusão da sua consciência, o ser humano pode ser conduzido por caminhos errados, em consequência de uma ausência profunda do seu próprio discernimento de critérios. Não é difícil discernir com lucidez quando se vive em harmonia com a Natureza e com o que é verdadeiramente natural. É ela quem desperta a essência inata do ser humano. Na sua natureza profunda, todos os seres humanos são semelhantes; o que os distingue verdadeiramente são os seus hábitos. As desordens provocadas por certos comportamentos como o consumo de drogas, fármacos, música tóxica, alimentação industrializada ou carnívora, entre outros, criam divisões marcantes na forma de pensar em relação àqueles que cultivam hábitos naturais.

Para que possamos aprofundar o tema dos hábitos, vamos observar este capítulo bíblico:

 

“Falai aos filhos de Israel e dizei-lhes:

Estes são os animais que podereis comer, de todos os animais que há sobre a terra.

De entre os animais, todo o que tem a unha fendida e que rumina, esse comereis.

Mas, destes que ruminam ou têm a unha fendida, não comereis: o camelo, porque rumina, mas não tem a unha fendida, vós o tereis por imundo.

Também o coelho, porque rumina, mas não tem a unha fendida, vós o tereis por imundo.

Da mesma forma a lebre, porque rumina, mas não tem a unha fendida, vós a tereis por imunda.

Também o porco, porque tem unhas fendidas e é de unha fendida, mas não rumina, vós o tereis por imundo.

Da sua carne não comereis, nem tocareis os seus cadáveres; vós os tereis por imundos.

Isto comereis de todos os animais que vivem nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas, nas águas do mar e nos rios, esses comereis.

Mas tudo o que não tem barbatanas nem escamas, no mar e nos rios, de tudo o que se move nas águas e de toda criatura vivente que está nas águas, tereis em abominação.

Ser-vos-ão, pois, abominação; da sua carne não comereis e tereis em abominação os seus cadáveres.Tudo o que não tem barbatanas nem escamas nas águas, vós o tereis em abominação.

E destas aves, tereis em abominação; não se comerão, serão abominação: a águia, o quebrantosso, o falcão, o milhafre segundo a sua espécie, todo corvo segundo a sua espécie, o avestruz, a coruja, a gaivota, o gavião segundo a sua espécie, o mocho, o mergulhão, o íbis, a galinha-d’água, o pelicano, o abutre, a cegonha segundo a sua espécie, a garça segundo a sua espécie, a poupa e o morcego.

Todo inseto alado que anda sobre quatro patas, vós o tereis por abominação.

Mas isto comereis de todos os insectos alados que andam sobre quatro patas e que têm pernas além das suas patas para saltar com elas sobre a terra: a locusta segundo a sua espécie, o gafanhoto segundo a sua espécie, o grilo segundo a sua espécie e o gafanhoto comum segundo a sua espécie.

Todo inseto alado que anda sobre quatro patas, vós o tereis em abominação.

E por estas coisas sereis imundos; qualquer que tocar os seus cadáveres será imundo até à tarde, e qualquer que levar algo dos seus cadáveres lavará as suas vestes e será imundo até à tarde.

Todo animal de unha, mas que não tem unha fendida, nem rumina, vós o tereis por imundo; e qualquer que os tocar será imundo.

E de todos os animais que andam em quatro patas, vós tereis por imundo todo aquele que anda sobre as suas garras; todo o que tocar os seus cadáveres será imundo até à tarde.

E aquele que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes e será imundo até à tarde; vós os tereis por imundos.

E destes animais que se movem sobre a terra, tereis por imundos: a doninha, o rato, a rã segundo a sua espécie, o ouriço, o crocodilo, a lagartixa, a osga e o camaleão.

Estes tereis por imundos entre todos os animais que se movem, e qualquer que os tocar quando estiverem mortos será imundo até à tarde.

E tudo aquilo sobre o que cair algo deles depois de mortos será imundo: seja utensílio de madeira, vestes, pele, saco, qualquer instrumento de trabalho; será posto em água e ficará imundo até à tarde; depois ficará limpo.

Toda vasilha de barro dentro da qual cair algo deles será imunda, assim como tudo o que nela estiver; quebrareis a vasilha.

Todo alimento que se come, sobre o qual cair água de tais vasilhas, será imundo; e toda bebida que houver nessas vasilhas será imunda.

Tudo aquilo sobre o que cair algo dos seus cadáveres será imundo; são imundos e vós os tereis por imundos.

Contudo, a fonte e a cisterna onde se recolhem águas serão limpas, mas aquilo que tocar nos cadáveres será imundo.

E se cair algo dos cadáveres sobre alguma semente que se há de semear, esta será limpa.

Mas se for posto água sobre a semente e cair algo dos cadáveres sobre ela, vós a tereis por imunda.

E aquele que comer de um animal morto lavará as suas vestes e será imundo até à tarde; assim também o que levar o cadáver lavará as suas vestes e será imundo até à tarde.

E todo réptil que se arrasta sobre a terra é abominação; não se comerá.

Tudo o que anda sobre o ventre, e tudo o que anda sobre quatro ou mais patas, de todo animal que se arrasta sobre a terra, não o comereis, porque é abominação.

Não torneis as vossas pessoas abomináveis com nenhum animal que se arrasta, nem vos contamineis com eles, nem vos torneis imundos por eles.

Porque Eu sou Jeová, vosso Deus; portanto, santificar-vos-eis e sereis santos, porque Eu sou santo; assim, não contaminareis as vossas pessoas com nenhum animal que se arrasta sobre a terra.

Porque Eu sou Jeová, que vos fiz subir da terra do Egipto para ser vosso Deus: sereis, pois, santos, porque Eu sou santo.

Esta é a lei acerca das bestas, das aves, de toda criatura vivente que se move nas águas e de todo animal que se arrasta sobre a terra, para fazer diferença entre o imundo e o limpo, e entre os animais que se podem comer e os animais que não se podem comer”.

Animales limpios e inmundos - Levítico 11

Quando Deus faz cair o dilúvio universal sobre os homens, é devido a:

 

“E viu Jeová que a maldade dos homens era grande na terra e que todo o desígnio dos pensamentos do coração deles era continuamente só para o mal.”.

Génesis 6:5

 

Mas Noé achou graça aos olhos de Deus, e depois do dilúvio fez um pacto com Ele:

 

“Tudo o que se move e vive vos será para sustento; assim como vos dei as verduras e as plantas verdes, assim vos dou tudo.

Mas carne com a sua vida, isto é, com o seu sangue, não comereis.”

Génesis 9:3-4

 

Os versículos do Génesis constituem o fundamento de uma lei, depois do dilúvio, sob a forma de um pacto de Deus com o homem. Deus, com o dilúvio, acreditava ter erradicado a maldade no homem. O conhecimento do que era bom para ele marca aqui o princípio do pacto. A partir desse momento, o ser humano deveria afastar-se da maldade e, para isso, devia adquirir bons hábitos. É simplesmente isto: se o homem mata para comer, a maldade apodera-se dele e ele deixa de ser agradável a Deus. É o início de uma boa inter-relação entre o homem e a Natureza. Contudo, com o tempo, surgiu a torre de Babel:

 

“Tinha então toda a terra uma só língua e as mesmas palavras”.

La torre de Babel - Génesis 11:1

 

A torre de Babel simboliza uma rejeição ao pacto de Deus: “uma só língua”, em oposição à diversidade de línguas. O homem deve ser livre nos seus hábitos e nos seus atos, e esta colheita babilónica foi, posteriormente, espalhada por toda a terra.

O poder do amor pelos animais e pela Natureza ficou órfão. Na sua forma atual, a nova Babilónia oferece um reconhecimento inequívoco.

 

“E na sua fronte um nome escrito, um mistério: Babilónia, a grande, a mãe das meretrizes e das abominações da terra”

Apocalipsis 17:5

 

Aquilo que poderia parecer algo paradoxal, na realidade não o é. A lei de Moisés, que se encontra no Levítico, determina a nova via de Deus para dar sentido à Sua obra: o advento do povo de Israel até à vinda do Messias e a redenção do homem.

Assim, se o ser humano for incapaz de seguir os ditames da consciência no pacto feito com Noé, e assim evitar a sua degeneração, ao menos será necessário criar uma lei que o sustente, para que não caia numa degeneração total e possa cumprir o propósito da obra de Deus.

Para além de a ingestão de carne ser sempre prejudicial ao organismo, há que esclarecer que umas são menos nocivas do que outras. Pelo menos, em geral, parece claro que isto se pode entender. No entanto, graças à interpretação que as diferentes religiões cristãs fazem da Bíblia, o mundo continua a consumir animais para se alimentar. O facto de o Mestre ter multiplicado os pães e os peixes, e de não ter dado nenhum mandamento proibindo o consumo de carne, criou um precedente nesse sentido. A partir disto, o que devemos realmente saber é que a lei da consciência não é uma necessidade imposta de fora. O que aqui atua é uma força viva, capaz de se colocar no lugar do outro.


A consciência começa sempre por procurar o princípio fundamental da conceção da vida.

 

“A consciência, que é a nossa capacidade de conhecer, dá-nos a noção do aspecto ‘físico’ do nosso ser (corpo), do aspecto ‘metafísico’ do nosso ser (alma), pela via subjetiva, e do aspecto ‘físico’ do mundo exterior a nós (Natureza), pela via objetiva também. Mas não nos dá noção do aspecto ‘metafísico’ do mundo exterior. Isto deve-se ao facto de não podermos perceber subjetivamente aquilo que está fora de nós (o ‘não-eu’). Daqui resulta que não podemos conhecer aquilo que, na Natureza, é equivalente à nossa alma; e a isso chamaremos provisoriamente de ‘Alma Universal’. Isto explica o esforço feito por tantos místicos e filósofos para encontrar a Alma Universal na própria alma humana. Na realidade, este é o único caminho onde se vislumbra a possibilidade de a conhecer: torná-la subjetiva, procurá-la imanente no nosso próprio ser interno.”.

El hombre, su origen, su ser, su vida, su muerte y su historia

Ensayos filosóficos (Eduardo Alfonso)

 

Na abóbada celeste, a consciência universal desdobra-se na realidade sob a forma de inter-relação entre os seres que a povoam. Estas inter-relações servem para estabelecer uma ordem, transmitir uma doutrina ou um comportamento, e garantir a continuidade do plano metafísico. O homem que for capaz de reconhecer este processo evolutivo da Natureza sabe que desaparecerá como homem e poderá escolher entre dois caminhos. O primeiro chama-se “és pó e em pó te tornarás”, pois o homem não deve julgar-se superior às bestas (Salomão). Não há nada que não deva a sua existência à consciência. O ser, quando a perde, morre. A consciência do devir do homem rumo ao caminho angélico é o respeito pela vida de todos os seres universais. Este é o segundo caminho que o homem pode escolher.

O automatismo do conhecimento e da doutrina leva ao contrassenso e à simplicidade, e isto relaciona-se com o grau de consciência. Uma consciência que cega a vida, torna-se cega. “Quem com ferro mata, com ferro deve ser morto.” Quem respeita a vida, na vida permanece. A felicidade e o bem-estar não dependem do sofrimento de outros seres. Esta é a dita espreitada pela desdita.

 

“Os sentidos atordoam a alma com os fantasmas da realidade quando não são administrados segundo a sua finalidade. Existe uma contradição entre as sensações e a vida interior; a vida moderna é uma extroversão para o mundo das sensações, e por isso foi necessário iniciar campanhas sociais contra o excesso de ruídos e sons. A visão automobilística de paisagens e a visão cinematográfica de cenas retiram repouso e eficácia à valorização espacial das imagens óticas. O homem de hoje foge de si mesmo, mergulhando num caos de sensações que não consegue pôr em ordem. A rádio e a televisão (própria e do vizinho), o telefone, as buzinas dos automóveis, os gritos, as conversas supérfluas, etc., não deixam espaço para assimilar o significado dos dados sensoriais. A vista e o ouvido, os sentidos mais requintados e perfeitos para o conhecimento do mundo, convertem-se em elementos perturbadores desse mesmo conhecimento. E por isso nos admiramos, e ao mesmo tempo compreendemos, como um Milton cego pôde criar mundos de imagens e um Beethoven surdo pôde criar mundos de harmonias. Mais do que os sentidos, é o repouso da alma que nutre a vida espiritual, e isto requer sobriedade no uso dos sentidos”.

El hombre, su origen, su ser, su vida, su muerte y su historia

Ensayos filosóficos (Eduardo Alfonso)

 

O espelho da alma nasce antes de mais nada da moral. Por isso, quando os seres humanos abandonam a Natureza, surgem os estereótipos e a alma condena-se a si mesma. O ser humano antinatural converte-se num ser hipócrita, destrói a moral ao revoltar-se contra aqueles que a praticam, usando o poder traiçoeiro das etiquetas, um hábito que faz parte do modo de operar do ser humano.

Onde habita a maldade, a consciência obscurece-se, e o amor pelos outros seres vai-se perdendo aos poucos. A Natureza queixa-se, os animais gritam e sofrem nos matadouros, e os homens que seguem as leis naturais são perseguidos e rotulados.

Assim, onde existe respeito pela vida, chamam-lhe seita; onde existe remédios naturais, dizem que é pseudociência; onde existe doutrina verdadeira, acusam de charlatanismo; e onde se defende a imunidade natural, rotulam de negacionismo. Desta forma, através das etiquetas, o impulso de julgar os outros torna-se uma armadilha para a própria consciência, aprofundando ainda mais a sua decadência.

 

A NATUREZA INATA

Foi-se tecendo uma armadilha subtil em torno da vida. A ação metafísica da Natureza foi subjugada pelas forças satânicas.

 

ÁGUA TRANSFORMADA PELA CONSCIÊNCIA DAS PESSOAS

A água reflete a consciência das pessoas.

A nossa tentativa de expor a água à linguagem teve resultados maiores do que esperávamos. Até aqui, tivemos experiências muito interessantes com a exposição da água à música, à linguagem e aos nomes.

Não esperávamos, contudo, que os cristais mostrassem mudanças tão claras e tão dramáticas. Sabemos que a água armazena e transmite informação.

Depois de obter resultados como estes, não conseguimos resistir a entrar no campo da consciência humana. Queríamos saber que tipo de mudança poderia ser provocada pelo pensamento.

Esta ideia surgiu depois de uma experiência triste que tivemos há quatro anos. Imediatamente após o grande terramoto de Hanshin-Awaji, as fotografias dos cristais da água de Kobe mostraram algo profundamente ligado à consciência humana. Para confirmar isto, três meses depois a água de Kobe mudou de forma notória.

Gostaríamos de vos mostrar a fotografia do cristal que mudou a consciência das pessoas.







O GRANDE TERRAMOTO DE HANSHIN-AWAJI EM KOBE

No dia 17 de janeiro de 1995 ocorreu o grande terramoto de Hanshin-Awaji, em Kobe. Três dias depois, tirámos fotografias dos cristais encontrados na água de Kobe (a água disponível nesse momento). Era como se a água tivesse captado o medo, o pânico e a profunda tristeza das pessoas logo após o terramoto. Os cristais estavam completamente destruídos. Era uma imagem que fazia estremecer quem a via. Sentimos que não podíamos tornar isto público, tal era o horror da tragédia.

Contudo, três meses depois… O povo de Kobe recebeu muita ajuda e a compaixão de todo o mundo. Como também não houve qualquer desordem, o povo de Kobe recebeu muitos elogios.

Apesar de a pilha de escombros ser enorme, as pessoas conseguiram reconstruir o seu ambiente graças à bondade e à solidariedade dos outros. Este cristal parece ter captado também todos esses sentimentos.

1.      Imediatamente após o grande terramoto de Hanshin-Awaji. 2 Três meses depois do terramoto. “

Mensajes del agua (Masaru Emoto)

 

As vestes do diabo são muito delicadas e expressivas. A interação com o fluxo das águas acontece de forma a nos fazer acreditar que os estados de espírito das pessoas se revelam em figuras de cristais com formas harmoniosas ou, pelo contrário, adquirem formas caóticas e perturbadoras.

 

Os primórdios da hipnose

Foi um dos discípulos de Mesmer, o marquês de Puységur, quem revelou o sonambulismo provocado, que mais tarde viria a ser conhecido como hipnose. Quando lhe anunciou a sua descoberta, em 1784, Mesmer minimizou a sua importância. Já conhecia o fenómeno, mas recusava-se a estudá-lo. Este produto da imaginação parecia-lhe muito difícil, até impossível de compreender, e, de qualquer forma, menos interessante do que a fisiologia.

Puységur irá ainda mais longe. É também ele quem redescobrirá a manifestação de faculdades paranormais num sujeito adormecido.

Posteriormente, viria a observar que esse sujeito dava mostras, no seu sono, de uma extraordinária capacidade de prever a evolução da sua própria doença e das doenças dos outros. Foi ele quem, pela primeira vez, utilizou o termo “clarividência”, depois de ter verificado que os doentes colocados em estado de sonambulismo, apenas tocando noutras pessoas doentes, conseguiam identificar com grande precisão o órgão afetado. “É”, dizia o doente, “uma sensação autêntica que sinto num local correspondente ao da pessoa a quem toco”5

5 Docteur G. R. Rager: Hypnose, sophrologieet medicine, Fayard Ed.,p.10-11 (1974)

Bíblia já evoca, no segundo livro das Crónicas, capítulo XXXIII, a ideia de um “organizador de oráculos”: “Manassés… praticou presságios, augúrios e feitiçaria, e mandou trazer necromantes e adivinhos…”

Três séculos antes de Cristo, os druidas combinavam hipnose e música no que chamavam de “sono mágico”.

Quando o marquês de Puységur publica os seus trabalhos, depara-se com uma resistência formidável. Mas os factos falam por si, e os seus discípulos acabam por “espalhar por toda a França esta nova forma de mesmerismo, onde o oráculo já não é o magnetizador, mas sim o magnetizado em estado de sonambulismo”.

Graças ao marquês, tomou-se consciência da inutilidade dos transes convulsivos. Em 1813, o abade Faria abre um curso público de magnetismo. É o precursor da “sugestão” e o criador do famoso “dormir”... Três anos depois, na sequência de desilusões públicas, cai no esquecimento. No plano terapêutico, o magnetismo continua a ser um instrumento incerto, embora dê excelentes resultados nas mãos do barão de Potet, do doutor John Eliotson e de muitos outros magnetizadores, como Bertrand e La Fontaine. Bertrand já notava que o olhar fixo num objeto qualquer podia induzir um estado de sonolência, mas foi James Braid, cirurgião de Manchester, quem descobriu a hipnose por volta de 1840.

Ele tinha assistido à apresentação do magnetizador La Fontaine, que produzia “efeitos” e curava doentes. Como cético, Braid, que não acreditava nem no fluido nem nos transes, foi lá para denunciar a impostura, mas acabou por observar a incapacidade dos sujeitos de abrir os olhos. Reparou que o magnetizador, ao fazer os gestos magnéticos, fixava intensamente o olhar nos olhos da pessoa que pretendia influenciar. Então, Braid formulou a hipótese de que, se o sono era real, talvez fosse o olhar a causa, mas não como fonte de magnetismo, e sim como objeto brilhante.

De regresso a casa, verificou a hipótese. Pediu à sua empregada que fixasse o olhar na lâmina da sua lanceta. Pouco depois, ela adormeceu. Encantado e confiante, acordou a mulher e repetiu a experiência: o resultado foi o mesmo.

Braid acreditava que a fadiga nervosa provocada por uma concentração prolongada era a causa do sono, e foi daí que surgiu o nome que deu ao fenómeno: hipnose ou hipnotismo, do grego “hypnos”, demónio do sono. Publicou as suas investigações (Neuro-Hypnology, 1843), mas estas também caíram no esquecimento”.

La dinámica mental (Christian H. Godefroy)

 

O facto de nunca se ter conseguido estabelecer um vínculo entre as atuações de Satanás e alguns fenómenos que o homem experimenta serve, mais do que tudo, para que as pessoas se convertam cada vez mais num elemento ao serviço da magia negra.

 

“O limiar do invisível é uma costa traiçoeira para nela nos banharmos. Há remoinhos, correntes e areias movediças. O nadador experiente, que conhece a costa, pode aventurar-se ali com alguma segurança. Mas quem não sabe nadar e apenas se guia pelos seus próprios impulsos pode pagar a sua temeridade com a vida. No entanto, não devemos cometer o erro de pensar que essas forças invisíveis são necessariamente malignas e inimigas da humanidade. Na verdade, não são mais inimigas do que a água ou o fogo, mas são poderosas. Se nos opomos a elas, o resultado é desastroso para nós, pois quebrámos uma lei natural. Mas não estão lá para nos atacar, assim como nós não estamos aqui para as atacar. Temos, porém, de reconhecer que homens e mulheres com conhecimento dessas coisas têm usado esse saber de forma inescrupulosa, tanto no passado como no presente, e podemos encontrar-nos envolvidos nas consequências das suas ações. Podemos afirmar com segurança que o invisível só se torna mau e inimigo da humanidade quando é corrompido e pervertido pelas atividades desses homens e mulheres sem escrúpulos, a quem os iniciados chamam de adeptos do caminho da esquerda”.

Signos de un ataque psíquico

Autodefensa psíquica (Dion Fortune)

 

Estas manifestações fazem parte de um movimento criado para minar o Sentido. O objetivo é que, para controlar a consciência, recorre-se ao uso dos demónios.

 

“Nesse tempo, levantar-se-á Miguel, o grande príncipe que protege os filhos do teu povo. Será um tempo de angústia como nunca houve desde que existe gente até então; mas nesse tempo o teu povo será libertado, todos os que se encontrarem escritos no livro.

E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e confusão eterna.

Os entendidos brilharão como o esplendor do firmamento; e os que ensinam a justiça à multidão brilharão como as estrelas por toda a eternidade.

Mas tu, Daniel, encerra estas palavras e sela o livro até ao tempo do fim. Muitos correrão de um lado para o outro, e a ciência aumentará.

Eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois, um deste lado do rio e outro do outro lado do rio.

Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: Quando será o fim destas maravilhas?

Então ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, e que levantou a mão direita e a mão esquerda ao céu, e jurou por aquele que vive para sempre que será por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. E quando acabar a dispersão do poder do povo santo, todas estas coisas se cumprirão.

Eu ouvi, mas não compreendi. Então disse: Meu Senhor, qual será o fim destas coisas?

Ele respondeu: Vai, Daniel, pois estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim.

Muitos serão purificados, embranquecidos e refinados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os entendidos compreenderão.

Desde o tempo em que for suspenso o sacrifício contínuo até à abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.

Bem-aventurado o que espera e chega a mil trezentos e trinta e cinco dias.

Tu, porém, vai até ao fim, descansa e ressuscitarás para receber a tua herança no fim dos dias.”.

El tiempo del fin - Daniel 12:1-13

 

Aqui impõe-se a necessidade de que todas estas reflexões se mantenham numa análise contínua e exaustiva, devendo ter-se sempre em conta quem detém, nas suas mãos, os fios que movem tudo, pois esta é, sem dúvida, a fonte de todos os males. É preciso levar a cabo esta tarefa com extremo atrevimento, conscientes de que todos estes assuntos que dizem respeito a Satanás são um tema tabu e que a quem “ousa”, recai a etiqueta de pertencer a uma seita.

O belo mundo livre, ao ouvir falar do olho encantado que tudo controla, transforma-se num inferno sinistro, onde começam a dançar os demónios que saem das suas bocas. E os processos tertulianos das hordas mundanas começam a investir contra bruxos e encantadores, bem como contra os ensinamentos do Nazareno, que andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo diabo.

Entretanto, falaremos do tempo do fim, do profeta Daniel, e de como, na pureza da sua vidência, se reconhece o influxo da sua inclinação vegetariana.

 

“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilónia, a Jerusalém e sitiou-a.

E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e parte dos utensílios da casa de Deus; e ele levou-os para a terra de Sinear, para a casa do seu deus, e colocou esses utensílios na casa do tesouro do seu deus.

E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, da linhagem real e dos nobres, jovens sem defeito algum, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, versados na ciência e dotados de inteligência, aptos para estarem no palácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus.

E o rei determinou-lhes a ração diária da comida real e do vinho que ele bebia, e ordenou que fossem educados durante três anos, ao fim dos quais se apresentariam diante do rei.

Entre eles estavam Daniel, Hananias, Misael e Azarias, dos filhos de Judá.

E o chefe dos eunucos pôs-lhes outros nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abed-Nego.

Mas Daniel decidiu, no seu coração, não se contaminar com a porção da comida do rei, nem com o vinho que ele bebia; por isso pediu ao chefe dos eunucos que não o obrigasse a contaminar-se.

E Deus concedeu a Daniel graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

Disse então o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois, se ele vir os vossos rostos mais pálidos do que os dos jovens que são como vós, poreis em risco a minha cabeça para com o rei.

Então Daniel disse a Melzar, a quem o chefe dos eunucos havia confiado Daniel, Hananias, Misael e Azarias:

Peço-te que faças uma experiência com os teus servos por dez dias: que nos deem legumes a comer e água a beber.

Depois compara o nosso aspeto com o dos jovens que comem a porção da comida do rei, e procede para com os teus servos segundo vires.

Ele acedeu ao seu pedido e pôs à prova durante dez dias.

No fim dos dez dias, o aspeto deles parecia melhor e mais robusto do que o dos outros jovens que comiam da comida do rei.

Assim, Melzar retirava a porção da comida e o vinho que deviam beber, e dava-lhes legumes.

A estes quatro jovens Deus deu conhecimento e inteligência em todas as letras e ciências; e a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.

Ao fim do tempo determinado pelo rei para os apresentar, o chefe dos eunucos trouxe-os à presença de Nabucodonosor.

E o rei falou com eles, e entre todos eles não foram encontrados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso ficaram ao serviço do rei.

Em toda a matéria de sabedoria e inteligência sobre a qual o rei lhes fez perguntas, achou-os dez vezes mais sábios do que todos os magos e astrólogos que havia em todo o seu reino.

E Daniel continuou até ao primeiro ano do rei Ciro.”.

Daniel 1:1-21

 

A razão pela qual essa tendência vegetariana influenciou tão profundamente Daniel, permitindo-lhe vislumbrar as profecias de forma clara e objetiva, reside no facto de esse tipo de alimentação lhe ter proporcionado a força necessária para canalizar a profecia.

 

“Então me disse: Daniel, não temas; porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a entender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras, e eu vim por causa das tuas palavras.

Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias; porém Miguel, um dos principais príncipes, veio para me ajudar, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.

Vim para te fazer saber o que acontecerá ao teu povo nos últimos dias, pois a visão refere-se a esses dias.

Enquanto ele me dizia estas palavras, eu estava com o rosto inclinado para a terra e emudecido.

Mas eis que um semelhante ao filho de homem tocou os meus lábios; então abri a boca e falei, e disse ao que estava diante de mim: Meu Senhor, por causa da visão sobrevieram-me dores, e não me ficou força”.

Daniel 10:12-16


A alimentação vegetariana, na sua forma equilibrada, contém o extraordinário recurso que nos conduz de volta aos arquétipos da moral e atua como uma verdadeira medicina que depura estereótipos. Se o organismo for governado sem estereótipos, o nosso espírito poderá enfrentar os demónios.

A atenção colocada na forma de vida será o início do “tempo do fim” e, com a ajuda do Arcanjo Miguel, o povo de Deus será libertado. No entanto, como diz a profecia, será um tempo de angústia como nunca houve. O pacto apocalíptico de Deus com o diabo não conhece o sentimento humano. Para este pacto, todos os seres são entidades dependentes de uma série de leis.

As vivências apocalípticas, em si mesmas, não poderiam ser objeto de investigações científicas. Trata-se aqui de um fenómeno de energias muito subtis e destrutivas, sob a forma de demónios, que são desconhecidas pela ciência. Embora devamos reconhecer que o conhecimento científico tem sido de grande ajuda na luta contra estes demónios (“e a ciência se multiplicará”), muitos acontecimentos são, por si mesmos, a semente dos demónios.

Eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois, um deste lado do rio e outro do outro lado do rio”.

Os dois elementos fundamentais para libertar o povo de Deus obedecem a uma manifestação genuína de duas personagens bíblicas que ninguém pode chegar a reconhecer: “Mas tu, Daniel, encerra estas palavras e sela o livro até ao tempo do fim.” Os verdadeiros desígnios nascidos de Deus realizam-se através do cumprimento da profecia. E assim nascem os factos de colocar deste lado do rio:

 

“Do tronco de Jessé (Isaí) sairá um rebento, e das suas raízes brotará um ramo”

Reinado justo del Mesías - Isaías 11:1

 

“E um dos anciãos disse-me: Não chores. Eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de David, venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos”.

Apocalipsis 5:5

 

A consciência trabalha, e os conhecimentos multiplicam-se. Encontrar, neste caso, o significado de “rio” é saber reconhecer o sofrimento (a água) que separa estas duas personagens. O povo de Deus sabe que morrer não é mais do que viver noutro lugar. No entanto, a distância que separa aqueles que viveram juntos representa uma dor imensurável (o rio que os separa), e aquilo que outrora foi uma desgraça deve transformar-se na alegria de um reencontro desejado, para mitigar a força sombria da solidão.

 

“E tu, porém, irás até ao fim; descansarás e ressuscitarás para receber a tua herança no fim dos dias”.

Daniel 12:13

 

É necessário superar a imaginação e, para isso, a experiência vivida serve esse propósito. As idas e vindas do profeta Daniel são um testemunho dos misteriosos processos da reencarnação (“e tu irás até ao fim”). Sem margem para dúvidas, aplicam-se a estes tempos. Quem sabe reconhecer a profecia, sabe também quem foi Daniel e o que lhe trouxe a sua morte (“e repousarás”). Deus sabe penetrar na suprema alma, que faz com que o ser humano seja sempre o mesmo, mesmo vivendo vidas diferentes. Mais tarde, as revelações de Deus falar-te-ão daqueles que conviveram contigo e partiram.

A conceção que leva a uma determinada postura perante as desgraças que te acontecem na vida é de vital importância para conseguires suportar o peso da desgraça. A resignação confere ao comportamento uma dimensão de fé. A sabedoria de quem se coloca ao lado de Deus permite enfrentar as maiores desgraças, e a morte passa a ser vista como um afastamento dos seus entes queridos no tempo (“e ressuscitarás para receber a tua herança no fim dos dias”).

 

“Sou Aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, Amém. E tenho as chaves da morte e do Hades.”

Apocalipsis 1:18

 

É significativa a frase do Nazareno: “aquele que quiser viver com o mundo morrerá, e aquele que morrer por mim viverá eternamente”.

 

“E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, o qual levantou a sua mão direita e a sua mão esquerda ao céu, e jurou por aquele que vive para sempre que será por um tempo, tempos e metade de um tempo. E quando se acabar a dispersão do poder do povo santo, todas estas coisas se cumprirão”.

Daniel 12:7

 

A defesa da normalidade é o suporte mais útil para manter o organismo livre de demónios. É difícil lidar com eles. O influxo das desordens, das mais variadas índoles, manifesta-se no tálamo, alterando os processos neurofisiológicos do organismo. O enigma mais profundo consiste em saber detetar tais demónios e a sua natureza destrutiva.

 

“E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para longe da serpente, para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo”.

Apocalipsis 12:14

 

Eis a serpente de novo, mordendo para matar (com os demónios) e lançando veneno pela sua boca. Aqui trata-se de um facto típico que possui uma lógica imanente. A interpretação que a sociedade faz da doença ou da morte é o ponto fraco das terapias naturais. O movimento do mundo invisível fá-las fracassar com os seus demónios. Depois vêm os acusadores, lançando veneno pela boca. Para quem tem sabedoria, este ponto de vista é compreendido de imediato. No entanto, pelo facto de tudo isto parecer tão misterioso e estranho, acaba por soar pouco credível.

Ainda que ‘as asas da grande águia’ careçam de existência, não deixa de ser verdade que definem, metaforicamente, a capacidade de voar diante da serpente. Se o voo for praticado com habilidade, nada fica por descobrir e o potencial dessas disposições acaba por vencer os demónios.

A flauta mágica é o sopro do Céu, e aqueles que se deixam guiar por esse sopro são os alquinaturistas, que fazem emergir, com o teste, o mundo multicolorido do diagnóstico e do tratamento.

O pacto apocalíptico contém uma ordem de intervenções, por parte de Deus e do diabo, no caso que aqui nos ocupa e, no que a Deus diz respeito, a única ajuda para lutar contra os demónios obtém-se através das asas da grande águia. Isto, comparado com o grande potencial do Céu utilizado por Jesus e pelos seus apóstolos sob a forma de milagres, representa uma certa falta de proteção das forças celestiais e, por isso, vivemos um certo isolamento (deserto). E a mulher (doutrina) voou para o deserto, para o seu lugar, para ser sustentada.

Segundo o teste, o mundo do que é testado dá-nos uma ideia da discórdia e do mal estabelecido. Nem todos os ataques demoníacos têm a mesma cor, e aquilo que para uns é apenas algo de que ouviram falar, para outros é uma experiência vivida. É preciso superar as vacilações dos ímpios e flexibilizar a raiva da consciência, sendo necessário que o tempo flua para que possamos verificar as nossas realidades.

POR UM TEMPO

O Apocalipse penetra em pleno no 10TCI imunológico, fazendo com que a imunidade do sistema comece a resistir. Os leucócitos deixam de atacar os patogénios porque perderam a capacidade de os reconhecer. Se prestarmos atenção a este tempo, vemos um aumento dos processos tumorais. As radiações dos demónios penetraram na biologia do ADN, alterando a sua sequência. O resultado são células aberrantes que proliferam, formando tumores.

A ação das células T e B da memória, como guardas fronteiriços perante qualquer novo patogénio, tinha ficado invalidada, porque esses demónios ultrapassavam a defesa dessas células. Assim, um fatalismo orgânico estende-se por toda a vida.

Beber a poção mágica para a libertação de todas estas desordens imunológicas começa com a magnífica melodia da grande maquinaria dos elementos antagónicos aos patógenos. O Céu deu-nos a serenidade através do 10TCI (grupo de neurónios-tronco que rege o sistema imunológico). Este sistema, instalado no tálamo, constitui o núcleo da natureza imunitária e, com extrema precisão, vão-se estabelecendo as sequências de ADN e ARN dos diferentes patógenos. Também os milhares de patogénios que já existem no organismo recebem estímulos e acabam por sofrer mutações. Perante isto, podemos dizer que se trata de um poder que pode manipular todo o sistema imunológico.

A melhor solução para pôr fim às transgressões que resultam do “tempo” (restrição do sistema imunológico) passa por anular os recetores da rota 8 da Árvore da Ciência do Mal, e assim bloquear ao diabo o controlo sobre o sistema imunológico (3.º selo).

E assim, graças a Deus, só resta colocar a atenção naqueles patógenos resultantes das transgressões desse tempo.

 

TEMPOS

Poupa-te em ações insignificantes e vai direto ao essencial. A grande energia existencial do Oriente é como uma caverna que te protege dos demónios, que geram desordens em:

1.      7TCI Mapa estrutural da anatomia

2.      7TCI Controlo da bomba Na+/K+

3.      9TCI Controlo do hipotálamo neuroendócrino

Mais vale erguer escudos do que permanecer imóvel e, através dos movimentos testados, defender-se das radiações do inimigo. Desta forma, acentua-se a prevenção e a prudência que convém ter na guerra. Estamos a falar das ‘janelas do Céu’, centradas na prática do Taekwondo, Tai Chi e Qi-gong.

Mais uma vez, a solução para estes demónios vem do bloqueio da rota 9 do 10VM da Árvore da Ciência do Mal, tal como fará este escrito, pela mão do cavaleiro do cavalo amarelo (4.º selo).

 

A METADE DE UM TEMPO

Além do Pai Celestial, temos também a Mãe Celestial, a Natureza ou o TAO. O Céu e a Natureza oferecem um dualismo cósmico de forças benéficas. Pelo contrário, o dragão constrói a sua filosofia com base na destruição do Homem, sem que qualquer conhecimento científico leve em conta ou integre a experiência vivida. As radiações invisíveis destroem as interconexões das diferentes funções do organismo. Neste caso, os recetores:

1.      Recetores hormonais

2.      Recetores do organismo

3.      Recetores do sistema energético da puntura

4.      Recetores da biomemória

5.      Recetores do sistema nervoso simpático e parassimpático

6.      Recetores do sistema nociceptivo e sensorial.

As forças primordiais nascidas do desejo da consciência realizam as suas operações graças à magia do Oriente e do Ocidente, que facilita a reconstrução de todos estes recetores. Antes de mais, é necessário que as energias cognitivas que desenvolvem o conhecimento da medicina alquinaturista possam fluir. Este processo de cognição torna possível a autogestão dos tratamentos bioenergéticos de “puntura”.

Tal como não há luz sem sombra, também não pode haver mal sem bem. O espírito das atividades é esse bem que combate o mal.



T. Consciência: Autogestão do 10TCS Alquímico 

Atividade

Zona de ação específica

Terapia substitutiva

Tao Do

Recetores da memória (2TCI)

Ouro ou filtro celeste

Tai Chi

Recetores do organismo (2TCI)

Prata ou filtro vermelho

Qi-Gong

Recetores da puntura (2TCI)

Alumínio ou filtro castanho

Música: cantar (cante flamenco sequenciado do mês)

6VM e 7VM (teste musc.)

Pedra preciosa (5EV) e gema (3EN)

Instrumento flamenco

Tao Frequenciador (procurar ponto segundo o sistema afetado)

Platina (ouro+prata) ou filtro rosa

Baile/ dança flamenca

Organelos

Cobre ou filtro amarelo

Artes marciais, ou patinagem artística, ou ginástica ritmica, ou ballet, ou esgrima

Arquétipos cognitivos (2AQ) ver 10TCS cognitivo

7 Velas - 30 minutos

Desportos de equipa: futebol, andebol, basquetebol, rugby, basebol, hóquei.

Recetores Alqui (2TCI)

Bronze ou filtro verde

Desportos anaeróbicos: ciclismo, canoagem, corrida, intervalada, outros.

Recetores S.N.S. e S.N.P. (2TCI)

Posturaterapia

Ioga, pilates, técnicas de alongamento

Recetores sensoriais nociceptivos

Cosmopose dos pares cranianos

Taekwondo

Recetores Hiper

Nota musical de escala menor em quartzo branco

Atividade sexual

Recetores das neurotrofinas

Nota musical de escala maior em quartzo branco


Quem estima a vida, age e tem propósitos. Além disso, isso faz com que o ser humano seja natural e possa continuar a avançar. O não-atuar, ignorando os mandamentos, é o que faz com que o indivíduo caia na inércia.

 

Os tempos mudaram

E eu com eles mudei

Onde antes havia apenas escrita  

Hoje há obrigação.

 

Para o organismo, a energia original da vida eterna é a energia que emana de Deus.

 

“Depois mostrou-me um rio puro, de água da vida, resplandecente como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro.

No meio da rua da cidade, e de um e do outro lado do rio, estava a árvore da vida, que dá doze frutos, produzindo o seu fruto a cada mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações”.

Apocalipsis 22:1-2

 

O rio puro de água da vida não é mais do que a força poderosa capaz de impulsionar o movimento subtil criado pela prática das diversas atividades, refletido no quadro de atividades da consciência.

Assim, quem utiliza bem o seu tempo, acumula tempo, energia e vida.

O sábio é o ser humano através do qual fluem as responsabilidades marcadas pelo destino. Este é o grande tesouro da vida. Por isso, a prática das atividades cumpre um duplo objetivo. O primeiro, restabelecer os recetores sob a forma de autogestão. É a guerra mais eficaz contra os demónios, até que seja desencadeado o 5.º selo. Isto acontecerá através do 5.º capítulo do Reino da Vida, bloqueando assim a rota 10 da Árvore da Ciência do Mal e, deste modo, amarrando as mãos ao diabo. Até então, isto é a “metade do tempo”.

A outra metade do tempo é o tempo para transcender através das atividades, potenciadas exponencialmente pelo rio puro de água da vida, que nutre a Árvore da Vida e dá o seu fruto em cada mês, sendo isto para a cura das nações.

 

O CAVALO AMARELO

“Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, que dizia: Vem e vê.Olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava montado nele tinha por nome Morte, e o Hades o seguia.

E foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar à espada, com fome, com mortandade e com as feras da terra.”.

Apocalipsis 6:7-8

 

Em geral, os seres humanos seguem voluntariamente em sentido contrário; tornam-se cada vez mais maliciosos e astutos. Todo o mal provém da exagerada proliferação do ego. Desta forma, os corações das pessoas perdem a serenidade. Não menos importante é o modo de agir. Aqui, o racionalismo bate sempre à porta do barbarismo cognitivo, onde o elemento conceptual, analógico, intuitivo, instintivo e objetivo da cognição foi relegado ou totalmente suprimido. Tudo isto permite vislumbrar o ser humano como uma personagem de ficção, desenvolvendo uma ligeireza desmedida no momento de emitir um juízo. Vemos também um desvio em relação a seguir a ordem natural das coisas. Vive num contraste existencial entre a vida e o sonho, preso num conjunto de aparências. Não conhece a alegria de viver e não sabe que, com a morte, tudo acaba.

 

“Neste mundo, o ser humano não pode fazer mais do que aprender a ver, embora, sem dúvida, isso seja o mais difícil. A evolução baseia-se unicamente na modificação da visão – todas as funções externas são meras expressões da nova visão. Compare-se, por exemplo, o estado atual de desenvolvimento da técnica com o da Idade Média, e a única diferença é que, desde então, aprendemos a ver determinadas leis e possibilidades. São leis e possibilidades que já existiam há dez mil anos, mas que então ninguém tinha visto. O ser humano gosta de imaginar que cria algo de novo e fala com orgulho das suas invenções. Mas não se apercebe de que, mais do que inventar, o que faz é encontrar uma possibilidade já existente. Todos os pensamentos e ideias já lá estão em potência – mas o ser humano precisa de tempo para os integrar”.

¿Qué se puede hacer?

La enfermedad como camino (Thorwald Dethlefsen y Rüdiger Dahlke)

 

INTERPRETAÇÃO (Apocalipse 6:7-8):

- “Olhei, e eis um cavalo amarelo”:

A natureza humana precipitou-se num abismo sem retorno. Daí que qualquer tentativa de diálogo esteja condenada ao fracasso. Não resta, pois, outro remédio senão procurar outros meios que sejam convincentes. Assim, o homem pode ser obrigado a mudar, quando se desencadeiam cenários críticos.

Uma sociedade feliz é composta por pessoas equilibradas; não se pode mudar a sociedade se o Homem não mudar. As desordens neurofisiológicas que o homem foi acumulando, devido ao seu modo de vida, colocam-nos mais no inferno do que no paraíso. Nem os céticos refinados nem os materialistas intransigentes poderão fazer nada contra as ideias alquinaturistas, pois estas utilizam as milagrosas energias da Natureza para transformar o metal em ouro, ou seja, para transformar o organismo putrefacto e oxidado em neurónios e células de ouro que não se oxidam. É por isso que o cavalo de ouro (“amarelo”) percorrerá o mundo.

- “e o que estava montado nele tinha por nome Morte,”:

Quem conhece bem o mundo sabe que este é o mundo da morte. Quanto à forma como se entende a existência do ser humano, esta chama-se assim porque a sua vida é passageira, já que a sua existência possui um ciclo imanente determinado pelos hábitos de vida.

- “e o Hades o seguia”:

Este é o lugar dos mortos ou o lugar das almas.

- “E foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra”:

Com a abertura deste selo, excluem-se três partes ou rotas da Árvore da Ciência do Mal (um quarto das doze que possui), e o mundo do diabo continua a desmoronar-se.

Estas três rotas são as seguintes:

1.      10VM –Rota 2 – Controlo do sistema energético da puntura. Aqui, a carga energética dos átomos que determinam a funcionalidade do organismo pode ser controlada. As partículas atómicas são a origem de toda a matéria e, quando perdem a sua carga energética, o organismo adoece. Esta é, sem dúvida, a etiologia da doença.

 

O poder do dragão consiste em esmagar aqueles que procuram viver de acordo com a ordem natural, sabotando a carga das suas baterias energéticas (átomos). Em contrapartida, quem segue o caminho do mundo não sofre qualquer dispersão da fluidez atómica interior, o que lhe garante uma concentração duradoura. Isto significa que aqueles que praticam a doutrina do diabo estão livres de privações. No entanto, assim que esta porta se fechar, ficarão vulneráveis por causa das suas ações, e a magia negra da serpente já não lhes servirá.

 

2.      A segunda rota da Árvore da Ciência do Mal a fechar-se é a rota 5. Esta é utilizada pelo dragão como um recetor de castigo ou recompensa. Por mais que se fale sobre isto, dificilmente se consegue compreender de que forma Satanás aprofunda os antagonismos, castigando os bons e recompensando os maus. E assim, acabam-se os bons costumes.

 

3.      A terceira rota que o cavaleiro do cavalo amarelo fecha está relacionada com os estados mentais. Quem possui uma mente ordenada tem um tesouro. Isto faz com que aqueles que estão perto dele, a família, os amigos, etc., se sintam bem na sua companhia. A ação mundana do dragão consiste em perturbar os estados mentais das pessoas pacíficas da terra e em apaziguar a mente dos lobos do mundo, para que se disfarcem de cordeiros. Assim, a liberdade, a justiça e a independência, que são o princípio fundamental de uma ordem social, tornam-se ostentações luxuosas, soberba e domínio sobre o próximo.

 - “para matar à espada, com fome, com mortandade e com as feras da terra”:

Com a mesma naturalidade com que se utilizam utensílios de corte na cozinha para fatiar pão, legumes, etc., sem qualquer reticência, também se utilizam instrumentos de corte para abrir a carne das pessoas em intervenções cirúrgicas. O uso de anestésicos para este fim pode chegar a afetar a área motora cortical, provocando problemas de locomoção (“para matar à espada” — faca, bisturi).

É preciso esperar que se cumpram os tempos, para assim demonstrar os efeitos das dietas hiperproteicas e pobres em hidratos de carbono, sobretudo no que toca ao pão (trigo). Sem aprofundar muito o tema, o excesso de amoníaco derivado do metabolismo das carnes e dos peixes pode vir a provocar um défice hepático, responsável por transformar o amoníaco em ureia (ciclo da ureia). O amoníaco no sangue penetra nas células, atuando como um antagonista da vida celular. Por outro lado, o trigo, o pão nosso de cada dia, juntamente com os ovos e o leite, contém as proteínas com o maior valor biológico de todos os alimentos. Graças aos seus oligopéptidos transformados em histonas, são fundamentais para a transcrição celular e neuronal de muitos sistemas do organismo.

- “para matar com fome”:

Não conhecem a alegria do fígado nem o temor à morte. Danificar o fígado, intoxicado pelos fármacos (iatrogenia), é a terceira causa de morte no mundo. O aumento deste causalismo deveria ser preocupante para os habitantes do mundo.

 - “para matar com mortandade”:

Nestes tempos, a inação é a ação suprema a que o homem submete o sistema imunológico no momento de lutar contra os patógenos. No entanto, o sistema imunitário tem, na sua essência, os fios de ligação que regem todo o organismo. A natureza humana, mais uma vez, age contra a natureza e quer substituir o lenhador no manejo do machado, acabando por cortar a própria mão.

É preciso amar a vida. Ama-se os leucócitos porque eles matam os patógenos. E é preciso amar o alquinaturista, pois ele sabe ordenar os leucócitos.

Não somos prudentes ao pôr de lado o nosso sistema de defesa e querer substituí-lo por outro artificial. Um agente externo que mate patogénios pode ser, ao mesmo tempo, um assassino de células e, certamente, não distingue uma coisa da outra. Não nos tornamos prudentes até percebermos que os antibióticos destroem as células-tronco dos eritrócitos e que a quimioterapia destrói as células-tronco dos leucócitos.

Torna-se fácil agir mal, com uma má praxis contra a Natureza, quando o influxo das energias do diabo equilibra estas desordens. O problema surgirá quando forem cortados os fios que alimentam a magia diabólica.

- “para matar à espada, com a fome, com a mortandade e com as feras da terra”: patógenos.

 
 
 

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