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O REINO DA VIDA

  • Foto do escritor: Luisa Coelho
    Luisa Coelho
  • 22 de jun.
  • 39 min de leitura

Atualizado: 2 de jul.













Autor: Antonio M. F.

Tradução: Luísa Coelho



CAPÍTULO 5 - O RELÓGIO DO TEMPO

 

Tanto os tolos como os sábios purificam-se para consumar a oferenda da vida. No entanto, toda esta purificação está condenada a morrer, e por isso é essencial reconhecer a semente das coisas. A base de tudo é compreender o caminho que se deve seguir. Este é o único especto verdadeiramente livre, que depende apenas de nós mesmos.

 

A sabedoria suprema situa-se na abóbada celestial. Isto explica que o caminho para o Céu seja oposto ao caminho do mundo. Nenhum conhecimento científico é capaz de encontrar o caminho reto que nos conduza ao Céu.

Os discípulos disseram a Jesus: — Diz-nos a que se assemelha o Reino dos Céus. Ele respondeu-lhes: — Assemelha-se a uma semente de mostarda, a menor de todas as sementes. Contudo, quando cai em terra fértil, cresce e torna-se uma grande planta, e transforma-se em abrigo para as aves do Céu.

Mariam disse a Jesus: — A quem se assemelham os teus discípulos? Ele respondeu: — Assemelham-se a crianças que vivem num campo que não é seu. Quando vierem os donos do campo, dirão: “Devolvei-nos o nosso campo!” Então elas despem-se diante deles, para lho entregar, restituindo-lhes o campo. Por isso vos digo: se o dono da casa souber que o ladrão está para chegar, manter-se-á vigilante antes que ele venha, e não o deixará entrar na casa do seu domínio para lhe roubar os bens. Quanto a vós, acautelai-vos diante do sistema; cingi os vossos lombos com grande firmeza, para que os salteadores não encontrem modo de vos alcançar, pois encontrarão a brecha que antecipastes.

Haja entre vós alguém que compreenda!

… quando a colheita amadureceu, veio depressa com a foice na mão e colheu-a. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Jesus, ao ver crianças a mamar, disse aos seus discípulos: — Estas crianças que mamam assemelham-se aos que entram no Reino. Eles perguntaram: — Assim, ao tornarmo-nos crianças, entraremos no Reino? Jesus respondeu-lhes: — Quando fizerdes dos dois um só, e tornardes o interior como o exterior, e o exterior como o interior, e o alto como o baixo, e quando fizerdes do masculino e do feminino uma só unidade, de modo que o homem não seja masculino nem a mulher feminina, quando colocardes um olho no lugar de um olho, e uma mão no lugar de uma mão, e um pé no lugar de um pé, e uma imagem no lugar de uma imagem, então entrareis no Reino.

Jesus disse: — Eu vos escolherei: um entre mil, e dois entre dez mil; e eles estarão de pé como uma só unidade.

Os discípulos disseram: — Explica-nos qual é o teu lugar, pois é necessário que o busquemos. Ele respondeu: — Quem tem ouvidos, ouça! Dentro de uma pessoa de luz há luz, e ela ilumina todo o mundo. Quando não brilha, há trevas”.

Evangelio apócrifo de Tomás 20-24

 

INTERPRETAÇÃO

“O abrigo das aves do Céu”:

Quando as sementes das coisas caem em terra fértil, a pessoa mobiliza-se e começa a estabelecer uma ordem no TAO (consciência). É disso que depende alcançar o Céu.

Mas sabe-se que o véu que impede a visão das coisas é a desídia e a inoperância. É necessário superar essa barreira se quisermos penetrar no sagrado.

Temos de ser como uma criança: flexível na obediência, sem qualquer dispersão da inocência, pois aquilo que sabemos da vida tem apenas um nome: vaidade.

É preciso distinguir entre o caminho da zona de conforto e o caminho da vida. E cada um desses caminhos tem uma justificação subjacente.

Daí resulta que os costumes e as regras devem adaptar-se aos tempos, e mudar com eles.

Se nos perguntarmos como pode o ser humano encontrar o lugar que lhe corresponde no novo cenário da metafísica, encontramos a obra de Tomé: “Eu dou de comer às aves do Céu”, o que seria como dizer: eu, com as minhas atividades, alimento o meu Céu, desenvolvo o templo em mim, e voo, e as aves do Céu alimentam-me a mim, recebendo, assim, o rio límpido da água da vida.

 

“Depois mostrou-me um rio límpido, de água da vida, brilhante como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da rua da cidade, e de cada lado do rio, estava a árvore da vida, que dá doze frutos, produzindo o seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore servem para a cura das nações.”

Apocalipsis 22:1-2

 

“O abrigo das aves do Céu”

“Mariam disse a Jesus: A quem se assemelham os teus discípulos?” —

O não agir faz parte do não participar; ou então, se soubesse que ia acabar assim, teria sido melhor não ter participado.

O que verdadeiramente importa no ser humano é o desejo de felicidade, o anseio de que a vida seja serena e se possa viver com tranquilidade. No entanto, o dragão sabe como penetrar profundamente na biologia da vida. Sabe que pode vencer a guerra sem concluir as batalhas, porque é nos lugares onde se instalam a desídia e o pessimismo que o mal prospera.

Aquilo que permite vencer a guerra contra as forças do mal é a máxima que consiste em saber esperar o Dia de Deus. Apesar das poucas pessoas autênticas com que Deus pode contar, muitas batalhas foram vencidas, porque esses homens seguiram a corrente espiritual que Deus lhes foi indicando.

O primeiro profeta, no que respeita à essência do uso do poder de Deus, é, sem dúvida, Moisés. E foi precisamente esse uso do poder divino que tornou possível a saída do povo de Israel do Egipto e a sua chegada à terra prometida. Contudo, assim como o bem se manifesta, também o mal encontra forma de se manifestar. Cada vez que Deus exerce o seu poder, Satanás responde com o seu, e os demónios não tardam a surgir. Foi assim que começaram a formar-se as correntes de oposição aos profetas.

 

"É nesta não-terminação que o pensamento bíblico encontra o seu remate. A «filosofia» bíblica da história consiste em deixá-la em aberto, em projeto, investindo, assim, o ser humano de um poder infinito, cuja fonte está no brotar infinito do tempo. Em nome dessa inconclusão, dessa abertura, que confere a cada novo dia o seu frescor irresistível e a sua força de surgimento, mesmo após uma meia-noite transtornante e mortal, a Bíblia impugna a filosofia pura. É essa força que dá a Jó o seu poder de impugnação e que o ergue do seu esterco, como homem histórico, diante do qual se pulverizam todas as certezas abstratas. «Mesmo que Ele me mate, ainda assim esperarei n’Ele» (Jó 13,15). Este absurdo desafio à razão, seja ela pura ou prática, lógica ou ética, resume a filosofia da Bíblia: colhida na única fonte da história e da sua inconclusão."

Fragmento de la filosofía hebrea y judía en la antigüedad

Historia de la Filosofía - El pensamiento prefilosófico y oriental (Jean Yoyotte y otros)

 

Este pensamento constitui, de certo modo, o fundamento da fé em Deus («Mesmo que Ele me mate, ainda assim esperarei n’Ele»). Os processos de cognição são, na verdade, a essência da fé. O cultivo do conhecimento conduz às conclusões do místico. O discernimento do bem e do mal está para além das considerações humanistas. Trata-se de um fenómeno que deve ser vivido, e que surge a partir do desenvolvimento da consciência, como um dever recíproco, porque o TAO ama aqueles que confiam nele.

Portanto, tudo se organiza em torno da virtude da roda da vida, e abrindo as seis janelas do Céu.

Por isso, é bom voltar à resposta que Jesus dá à pergunta de Mariam: “Quanto a vós, acautelai-vos diante do sistema; cingi os vossos lombos com grande firmeza, para que os salteadores não encontrem maneira de vos alcançar”.

Para além de nos desorganizarem a nível neurofisiológico, os demónios também programam os nossos neurónios da consciência e conduzem-nos por caminhos de preguiça, desconfiança e omissão de atitudes. São estes os salteadores que nos alcançam quando não cingimos os lombos — ou seja, quando deixamos de realizar as nossas atividades.

A atenção do Mestre está voltada para alcançar o UNO como consequência de um mundo polarizado por forças opostas: o criativo e o recetivo, a luz e a sombra, o positivo e o negativo, o masculino e o feminino. Para o Céu, o supremo e último é a unidade; e isto é algo que escapa absolutamente ao raciocínio humano.

 

“A perda deste ponto de referência metafísico faz com que, no nosso tempo, a vida pareça carecer de sentido para muitas pessoas, porque o único sentido que nos resta chama-se “progresso”. Mas o progresso não tem outro objetivo senão mais progresso. Com isto, aquilo que era um “caminho” transformou-se numa excursão.

Para compreender a doença e a cura, é importante entender o que significa realmente cura. Se perdermos de vista que curar significa sempre uma aproximação à saúde entendida como unidade, procuraremos o objetivo da cura dentro da polaridade, e o fracasso é garantido. Ora, se transferirmos uma vez mais para os hemisférios cerebrais aquilo que até agora compreendíamos como unidade, a qual só pode ser alcançada pela conciliação dos opostos, a «coniunctio oppositorum», veremos com clareza que o nosso objetivo de superação da polaridade equivale, neste plano, ao fim do predomínio alternado dos hemisférios cerebrais. Também no domínio do cérebro, a disjunção tem de dar lugar à unificação.

La enfermedad como camino –

Una interpretación distinta de la medicina (Thorwald Dethlefsen y Rüdiger Dahlke)

 

Aqui, a psique eleva-se acima da polaridade e penetra na esfera da unidade. A essência da roda da vida contém a semente do oposto, daquilo que nos falta.

A raiz do verbo, a mãe de todas as coisas, foi criando os seres do Universo de forma polarizada, como elemento sustentador da Natureza e da metafísica. Mas, uma vez completado o seu ciclo polar, para alcançar a suprema supraconsciência, deve regressar à unidade. Tomemos um exemplo: o ser humano, enquanto tal, está polarizado em varão-fêmea, masculino-feminino. Se analisarmos como o TAO impregnou cada um deles, vemos que existe uma diferenciação entre homem e mulher, em termos gerais:

MAIOR CAPACIDADE EM CADA PLANO

HOMEM

MULHER

Cognitivo

·       Intuitivo

·       Racional

·       Conceptual

·       Instintiva

·       Analógica

·       Objetiva

Da Genialidade

·       Poeta

·       Cómico

·       Historiador

·       Escritora

·       Pintora

·       Atriz

Da Virtude da Ordem

·       Dirigente

·       Disciplinado

·       Inventor

·       Artesã

·       Pragmática

·       Educadora

 O homem, para poder entrar no Reino, deve trocar a carapaça de homem pela de anjo. Deverá deixar de ser polar e tornar-se um ser andrógino: ser varão com as qualidades da fêmea, e ser fêmea com as qualidades do varão. É, em última instância, não ser varão nem fêmea, mas sim anjo (“quando fizerdes dos dois um só”).

Para a consciência, portanto, a retificação da polaridade é o facto mais importante para estabelecer a nova ordem da sociedade angélica que se aproxima.

A supraconsciência alcança-se não só cingindo os lombos, mas também nos libertando do eu obscurecido pelos desejos. Devemos simplesmente procurar vencer os estereótipos e não obstruir o caminho dos arquétipos. Aquilo que antes não era mais do que uma experiência vivida e sentida deve agora tornar-se o caminho que reconduz à unidade a partir da polaridade. A fluidez das atividades não é dispersão, mas sim a base que sustenta a supraconsciência.

Agora chega o grande clamor que tudo penetra. A salvação, que consiste no ato de conhecer o UNO, vem daqueles que sabem valorizar a vida eterna.

 

“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas; segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.

Luta no bom combate da fé; segura a vida eterna, para a qual foste chamado e da qual fizeste tão bela profissão de fé diante de muitas testemunhas.”.

1 Timoteo 6:11-12

 

Por isso, a inação é a mais pobre das morais que o ser humano pode adquirir. Se foste chamado e não ouviste, para a salvação, para onde irás quando voltares ao pó? (“Jesus disse: Eu vos escolherei: um entre mil, e dois entre dez mil; e estarão de pé como uma só unidade”).

 

A GENEROSIDADE E A BONDADE

A generosidade traz em si uma força vital originária: ela dá gratuitamente, e a vida retribui-lhe. Este é um dos maiores tesouros que uma pessoa pode possuir. Assim, é possível que, a partir dessa pessoa, as relações com os outros fluam em dobro, e comecemos a renunciar ao Eu.

Entre as expressões mais antagónicas à generosidade e à bondade encontram-se as do avarento e do egoísta. No entanto, há pessoas que não conseguem ser generosas nem bondosas por se encontrarem numa situação económica precária, mas também há quem, mesmo não tendo nada, ofereça tudo o que possui.

Nada mudará na pessoa que vive incessantemente com uma atitude egoísta. O novo ecletismo do desejo manifesta-se agora como avareza na sua forma mais negativa. Há quem ande pelo mundo sem pagar o que deve ou vá adiando os pagamentos, não vá o mundo acabar e, ao menos, isso já pouparam.

Quem não estiver disposto a orientar-se por um sistema de valores pode permanecer no mundo alternativo e demonstrar a sua confiança nele, mas não deve esquecer a máxima taoista: “O homem deve-se à totalidade”.

Convém destacar o interessante argumento em defesa da generosidade e da bondade, pois este é um dos princípios da renúncia ao Eu individual, e isso fá-lo perder, ao mesmo tempo, o seu ponto mortal.

Por outro lado, é fácil compreender aqueles que procuram purificar-se por meio de gestos de solidariedade. Este não deve ser apenas um lutador que ajuda as pessoas nas suas carências, mas também alguém que observa as causas que geram a fome, a miséria e as necessidades do mundo. É preciso saber reconhecer a velha tática de roubar com uma mão dez vezes mais do que se oferece com a outra. Este tipo de estratégia também se encontra representado na “magia branca” das ONG e das organizações caritativas. Trata-se, aqui, de um fenómeno que cumpre uma função social muito importante: a de ajudar os pobres e os necessitados. No entanto, estas organizações independentes, na sua maioria financiadas pelos ricos, obedecem a disposições potencialmente orientadas para a manutenção do sistema.

Para o Céu, a forma válida e eficaz de pôr fim à pobreza passa pelo estabelecimento de uma nova ordem mundial, baseada na distribuição equitativa das riquezas. Dispor de homens capazes de se expressar nesse sentido, em confronto com o ênfase exagerado do capitalismo, é o único caminho possível. Só assim se poderá penetrar no mais sagrado. A grande iluminação, que tudo penetra, consiste em ser generoso, bondoso, solidário, revolucionário e justo. “Bem-aventurados os que têm sede de justiça”.

Jesus disse: “Dentro de uma pessoa de luz há luz, e ela ilumina o mundo inteiro. Quando não brilha, há trevas.”

Quanto maior for a resistência à mudança, maior será a pressão do sintoma.

 

“36. Jesus disse: Não vos preocupeis, de manhã, com a noite, nem à noite, com a manhã; nem com o alimento que haveis de comer, nem com a roupa que haveis de vestir. Vós sois muito superiores às flores do vento, que não cardam nem fiam a lã. Se tendes uma veste, que vos falta? Ou quem poderá aumentar a vossa estatura? Ele próprio vos dará a vossa vestidura.

37. Os seus discípulos disseram: Quando te revelarás a nós? E quando te perceberemos? Jesus respondeu: Quando vos despirdes sem vergonha, tomardes as vossas roupas, as colocardes debaixo dos vossos pés e as pisardes como fazem as crianças, então vereis o Filho do Vivente e não temereis.

38. Jesus disse: Muitas vezes desejastes ouvir estas palavras que vos digo, e não tendes outro de quem as ouvir. Haverá dias em que me buscareis e não me encontrareis.

39. Jesus disse: Os clérigos e os teólogos receberam as chaves do conhecimento, mas esconderam-nas. Não entraram, nem permitiram que entrassem aqueles que o desejavam. Quanto a vós, sede astutos como as serpentes e puros como as pombas”.

Evangelio apócrifo de Tomás 36-39

 

Aqui convém continuar a falar sobre a moral. Cada cultura tem a sua própria amoral subjacente, pois esta afasta-se da base materna natural. Ao procurarmos as razões que nos levam a identificar uma moral negativa, encontramos aquelas que pertencem ao Elemento Ponderação.


Elemento PONDERAÇÃO:

Ponto

Arquétipo

Estereotipo

1 PD

Modesta

Soberba (de soberbia)

2 PD

Pacífica

Violenta

3 PD

Boa

Maliciosa

4 PD

Tolerante, liberal

Opressora

5 PD

Respeitosa

Menosprezadora

6 PD

Filantropa (capaz de dar amor)

Misantropa (odeia os outros)

 

Neste quadro, a moral que nos oferecem os arquétipos é poderosa. Disto resulta que, quem a possui, faz com que o ser humano caminhe para a santidade e a sabedoria, e tornar-se-á “superior às flores do vento, que nem cardam nem fiam a lã”, porque foi envolto na vestidura do Céu.

Embora a moral, na sua manifestação arquetípica, surja sempre de forma individualizada, ela não deixa de ter efeito sobre os outros, como no caso do Templo Elemento - Canal Libertação.


Elemento LIBERTAÇÃO:

Ponto

Arquétipo

Estereotipo

1 LB

Compreensiva

Intransigente

2 LB

Aberta, acessível

Autoritária, dogmática

3 LB

Flexível, com mão esquerda (sabe lidar com situações com tato e adaptabilidade/ flexibilidade)

Rígida

4 LB

Humilde, simples

Arrogante

5 LB

Ponderada

Fanática

6 LB

Indulgente

Rancorosa

 

Estes arquétipos atuam nas relações com os outros, penetrando no coração do que é profundo e verdadeiro, sem provocar discórdia nem divisões, e estabelecendo uma relação sem reservas. Esta é a grande ciência das relações, pois, onde prevalece a compreensão com os outros, prospera a fraternidade.

É preciso tomar as roupas e colocá-las debaixo dos pés para as pisar, como fazem as crianças. É como descer do carro da intransigência, da arrogância e do rancor, e é só ao pisar esse velho trajo como crianças que poderemos encontrar o Filho do Vivente. 

A moral, mais do que tudo, serve para que as pessoas que convivem em sociedade possam viver a vida em paz e harmonia. Para todas elas vale a mesma máxima: satisfazer apenas as necessidades autênticas, sem dar importância às coisas vãs e às ostentações.

 

Elemento JUSTIÇA:

Ponto

Ação

1 JST

Lutar pela equidade

2 JST

Não menosprezar, não desprezar

3 JST

Mostrar empatia

4 JST

Ser uma pessoa íntegra

5 JST

Não emitir juízos arbitrários

6 JST

Não ignorar a injustiça

 

Ao longo da história, o ser humano nunca deixou de manifestar a necessidade de adquirir riquezas. Assim, o dinheiro e a propriedade tornaram-se elementos metafísicos essenciais para a vida. No entanto, um egoísmo consequente e desmedido apoderou-se dele, tornando-se num dos polos que transformaram esta sociedade numa ladainha de artimanhas.

Para entrar numa nova fase da vida, é necessário gerar um pensamento contrário à ordem estabelecida, por meio de Homens idóneos, com uma conceção de moral arquetípica e uma autoridade natural adquirida, fruto da sua forma de vida. Homens cuja essência do Eu esteja voltada para o amor à Natureza e que se mantenham afastados dos hábitos do mundo, para que este não os arraste para o lodo da hipocrisia. Por isso, “Jesus disse: Os clérigos e os teólogos receberam as chaves do conhecimento, mas esconderam-nas. Não entraram, nem permitiram que entrassem aqueles que o desejavam”.

Um príncipe herdeiro do trono nunca deve confiar nos outros príncipes que estão na linha de sucessão, pois todos, secretamente, desejam herdar o trono. Deve-se confiar nos Homens, sobretudo, em função da vida que levam. Ama-se os animais quando não se os come. Ama-se os Homens quando se quer acabar com a pobreza. Ama-se a Natureza quando se assume uma atitude ativista contra as alterações climáticas. Ama-se a saúde quando se evita tomar fármacos. Num vendedor de doutrina cristã, dos seus ensinamentos depreende-se que pode ser um sustentáculo útil para a manutenção da estrutura do sistema (o mundo), ou, pelo contrário, alguém que quebra a ordem estabelecida e acredita na nova ordem natural da alma universal omnipresente. Por isso, devemos tornar-nos “astutos como as serpentes e puros como as pombas”.

 

OS AMANTES DO MAL

44. Jesus disse: Quem blasfemar contra o Pai, ser-lhe-á perdoado. E quem blasfemar contra o Filho, ser-lhe-á perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santa, não lhe será perdoado, nem na terra nem no Céu.

45. Jesus disse: Não se colhem uvas dos espinhos, nem se colhem figos das silvas, pois não dão fruto. Uma pessoa boa tira o bem do seu tesouro. Uma pessoa perversa tira o mal, do mau tesouro, que está no seu coração e fala com opressão, pois da abundância do coração sai a maldade.

46. Jesus disse: De Adão até João Baptista, entre os nascidos de mulher não há ninguém mais exaltado do que João Baptista, a tal ponto que os seus olhos não se turvarão. No entanto, disse: aquele que, de entre vós, se tornar como uma criança, conhecerá o Reino e será mais exaltado do que João.

47. Jesus disse: Uma pessoa não pode montar dois cavalos nem esticar dois arcos, e um servo não pode servir a dois senhores; caso contrário, honrará um e ofenderá o outro. Ninguém bebe vinho velho e deseja imediatamente o vinho novo. E não se deita vinho novo em odres velhos, para que não rebentem. Nem se deita vinho velho em odres novos, para que não se estrague. Também não se cose um remendo velho numa roupa nova, pois isso daria a aparência de um rasgão.

48. Jesus disse: Se dois fizerem a paz entre si dentro desta mesma casa, dirão à montanha: “Move-te!” e ela mover-se-á.

49. Jesus disse: Benditos sejam os solitários e os eleitos, porque encontrarão o Reino. Dele viestes e a ele voltareis.

Evangelio apócrifo de Tomás 44-49

 

Há muito tempo, quando João Baptista partiu para os Céus sem ter chegado ao fim dos seus dias, as chamas do Céu acenderam-se para o receber.

— Considero uma honra este acolhimento — disse João Baptista.

— Isto é, sem dúvida alguma, o que mereces — respondeu-lhe Deus.

Entre os habitantes da Terra, há santos que pensam no perigo da morte, mas não têm medo de morrer. É fácil praticar o mal quando se age segundo as regras do mundo, enquanto aquele que obra o bem segundo as leis da Natureza encontra grandes dificuldades.

O conflito constante consome energia, e a discórdia semeada pelas pessoas do mundo atinge, por vezes, níveis muito elevados, pois os anjos de Satanás sussurram-lhes ao ouvido, enquanto os demónios atuam em simultâneo. A partir daqui os tratamentos alquinaturistas entram plenamente numa guerra sem quartel. Este episódio constitui, de certo modo, o epicentro da luta entre o bem e o mal.

É necessário fazer uma revisão desses sistemas de controlo. Quem é capaz de abandonar o sistema nestas condições? Retornar ao natural e abandonar o caminho do mundo constitui, na maioria dos casos, uma rutura com a família e os amigos.

 

“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas a espada.

Porque vim causar discórdia entre o homem e o seu pai, entre a filha e a sua mãe, e entre a nora e a sua sogra. E os inimigos do homem serão os da sua própria casa.”.

Jesús, causa de división - Mateo 10:34-36

 

O mundo está, literalmente, sob o controlo do mal, e quem se atrever a abandoná-lo terá de passar pelo aro dos demónios e pelo "acosso" social. “Porque não se colhem uvas dos espinhos nem se colhem figos das silvas.” Aqueles que insistem em viver num mundo que vai contra a natureza têm, como ponto de partida, a oferta à maldade, e a sua forma de agir resulta da supressão da consciência, argumentando o fracasso da terapia natural, depois de esta ter sido sabotada pelo dragão e os seus demónios. Mas, vejamos, quem se atreve a mexer no vespeiro e dar explicações ao intelectual, ao teólogo, ao sabichão e ao vulgo, todos eles, aparentemente, livres de demónios?

Que outro fruto poderia dar uma pessoa do mundo, senão a própria perversidade do mundo? O seu tesouro é o coração da maldade, que fala de forma opressiva contra aqueles que guardam o fruto do natural. (Tomás 45).

Aquele que faz o bem, não o faz pela glória, mas a glória vem como consequência. Esta é a relação do Céu com o bem. Assim, os dias que um ser humano vive, participando do bem, os seus passos dão origem ao caminho que o conduzirá ao Reino. ‘Disse Jesus: Aquele que, entre vós, se tornar como uma criança, conhecerá o Reino e será mais exaltado do que João.’ (Tomás 46)

 

“Refutação do ensaio sobre a condição espontânea do gosto pelo estudo, por Xi Kang

A disposição inata das pessoas leva-as a inclinarem-se para a segurança e a evitarem o perigo, a aspirarem ao ócio e a repelirem a fadiga. Sentem-se felizes na ausência de perturbações e, quando não são coagidas, entregam-se ao fluxo natural das coisas. Nos tempos do caos primordial, quando ainda não haviam perdido a simplicidade original, os senhores do alto ignoravam a escrita, e o povo, cá em baixo, não competia entre si. Todos os seres permaneciam íntegros, conformando-se com os padrões da razão interna, e não havia ninguém que não estivesse satisfeito consigo mesmo. Quando os estômagos estavam cheios, deitavam-se a dormir; e, ao sentirem novamente fome, procuravam algo para comer. Felizes, davam palmadas na barriga, sem consciência de estarem a viver numa época de perfeita virtude. Em circunstâncias semelhantes, por que deveriam conhecer o humanitarismo e a justiça? E os escritos rituais ou penais?

Quando os homens perfeitos se extinguiram e o grande curso definhou, foi criada a escrita com o propósito de transmitir as ideias. Impuseram-se distinções e divisões entre os homens para agrupá-los em categorias e classes; estabeleceram-se o humanitarismo e a justiça para emaranhar as suas mentes; instituíram-se a concessão de títulos e funções para disciplinar os seus comportamentos; exortaram-nos ao estudo e ao comentário dos textos canónicos, incutindo-lhes o fervor pela instrução. Emergiram então os ‘Seis Clássicos’, multiplicaram-se as escolas e as doutrinas, inaugurando assim o caminho para a busca, ofuscada e frenética, da celebridade e do benefício egoísta.

Assim como as bandadas de pássaros lutam pela subsistência e se precipitam sobre os cereais e as gramíneas espalhados pelos jardins e pelos lagos públicos, veem-se agora hordas de letrados que, ansiando por uma posição confortável, ocultam as suas intenções para adaptá-las aos usos vigentes. Seguram nas suas mãos tábuas de bambu e pincéis com os quais esperam obter uma vida de ociosidade e repouso; voltados para acumular estudos e para dilucidar os textos ortodoxos, confiam em escapar assim aos rigores do trabalho no campo. Quando se encontram em dificuldades, decidem dedicar-se ao estudo para, graças a ele, conquistar renome. Por isso, consagram-se ao estudo por cálculo de interesses e, a força de tanta aplicação, acabam por tomar-lhe o gosto. Há, portanto, uma aparência de inclinação natural que os leva a afirmar que o gosto pelo estudo é espontâneo. Mas, ao examinar o fundo da questão, perceberemos que o princípio orientador dos ‘Seis Clássicos’ consiste em reprimir e guiar os homens, quando, na realidade, a condição inata destes faz com que sejam felizes seguindo os seus próprios impulsos. Se são reprimidos e guiados, os seus anseios são quebrantados, enquanto simplesmente seguem os seus impulsos, alcançam a espontaneidade. Assim, e com o objetivo de alcançar a espontaneidade, não se deve acatar aquilo que os ‘Seis Clássicos’ insistem em reprimir ou guiar. A preservação da nossa condição inata depende de não obedecer aos ritos e aos códigos que violam essa condição. O humanitarismo e a justiça implicam a degeneração da razão natural e nada contribuem para nutrir as técnicas que permitem obter a autenticidade. A probidade e a deferência nascem das agressões e dos abusos, sem que se possa considerar de qualquer maneira que tenham surgido do espontâneo. E é que as aves não vivem em bandos para ser enjauladas, nem os quadrúpedes o fazem em manadas para acabarem domesticados. Por conseguinte, se a condição inata e genuína do homem o conduz a agir de forma reta e oportuna sem o pretender, é compreensível que desconsidere ritos e estudos."

Elogio a la anarquía por dos excéntricos chinos del siglo III (Jean Levi)

 

A essência do mal se disfarça, na realidade, sob a aparência do bem. Para isso, inspira-se numa visão irreal que ocorre nas profundezas da consciência abduzida.

A retificação dos conceitos que são necessários para estabelecer a ordem da sociedade humana, fazendo fracassar as denominações empíricas com as denominações anárquicas, pode levar a que estas se tornem hospedeiras de uma realidade caótica, em vez de trazerem o mundo das maravilhas. “Uma pessoa não pode montar dois cavalos, nem tensionar dois arcos, e um escravo não pode servir a dois senhores, caso contrário, honrará um e ofenderá o outro.” Por isso, em vez de fomentar as aspirações obcecadas, deve-se dedicar à santidade através da vida natural, “porque ninguém bebe vinho velho e imediatamente quer beber vinho novo, nem se põe vinho novo em odres velhos para que não se estilhacem. E não se põe vinho velho em odres novos, para que não se torne ácido".

Como ninguém vive uma experiência clara e definida nos hábitos deste mundo, é bom experimentar o sabor da experiência que vem com a mudança para outros hábitos, relacionados com o mundo natural que o naturismo propõe, aproveitando a roda da vida. Quem for capaz de perceber essas mudanças e sensações no organismo, encontrará o seu lugar, o que poderá levá-lo a encontrar o Reino.

Não é necessário fazer especial ênfase no fato de que muitos, ao experimentarem essas mudanças orgânicas por terem mudado a sua forma de vida, longe de abraçarem esse novo modelo, se revoltam contra ele, como faz o porco quando se lhe atiram pérolas. 'E não se põe vinho novo em odres velhos, para que não se estilhacem.' Porque os homens determinam os limites da sua consciência, e esta pode estar obsoleta, envelhecida, de modo que nela não pode ser vertida a nova consciência capaz de renunciar à vida mundana.

É fácil entender que atendamos a ritos e estudos. O fato de as pessoas levarem a morte de forma leviana deve-se ao fato de que:

 

“Em todas as épocas, os seres humanos tentaram desenvolver os meios para percorrer o árduo caminho de tomar consciência e encontrar-se a si mesmos. Chame-se yoga, zen, sufismo, cabala, magia ou o que for, os métodos e as práticas são diferentes, mas o objetivo é o mesmo: o aperfeiçoamento e a libertação do ser humano. Os últimos da série, a psicologia e a psicoterapia, nasceram da filosofia ocidental e científica. Inicialmente, cegos pela arrogância e pelo atordoamento da juventude, os psicólogos não perceberam que estavam começando a estudar algo que, com outro nome, já se conhecia há muito tempo. Mas, como toda criatura precisa aprender por si mesma, a psicologia também teve de acumular experiência até que, lentamente, endireitou seus passos pela via comum de todas as grandes doutrinas da alma humana”.

Fragmento: ¿Qué se puede hacer?

La enfermedad como camino - Una interpretación distinta de la medicina (Thorwald Dethlefsen y Rüdiger Dahlke)

 

As almas dos mortos fazem parte da 'grande ciência' desconhecida. No entanto, todas as religiões dizem saber para onde vão as pessoas após a morte. Mas todas elas esquecem um dado essencial: ao longo da história da humanidade, nenhum morto retornou para contar. Somente a obra do Nazareno dá testemunho disso. Primeiro, com as ressurreições que Ele realiza, e depois, com a Sua própria ressurreição..

Seria muito agradável beber a poção mágica do desejo de saber o misterioso contraste existente entre a vida e a morte.

 

“O MEU ENCONTRO COM O ALÉM.

A partir daquela noite, as nossas vidas mudaram.

Desde então, nada pôde comparar-se à nossa existência 'de antes'..

Aquela noite, véspera do Primeiro de Maio, tínhamos nos deitado cedo, por volta das vinte e uma horas, depois de ter posto os filhos na cama. Eu estava a ler um artigo muito interessante numa revista e o Daniel tinha adormecido imediatamente ao meu lado. Já fazia dias que ele se queixava de um cansaço fora do comum. Percebi a sua fadiga nesse momento, tinha um sono agitado e gemia. Voltei-me para ele com a intenção de acalmá-lo ou saber o que lhe acontecia, quando uma voz desconhecida, de timbre feminino, começou a falar.

<<Não tenhas medo, Maguy – disse-me essa voz clara. – Não é o teu marido quem fala, mas um guia espiritual que escolheu este meio para se comunicar contigo, através dele. O teu marido é um poderoso médium e, a partir de agora, recorro a ele para te falar.

Proponho-vos uma missão que sois livres de aceitar ou recusar. Se aceitardes, tu e o teu marido encontrareis, após a morte, o que chamais o ‘reino dos céus’. Se recusarem, não importa, será em outra vida, pois aqui em baixo cada um dispõe de livre-arbítrio. Tu, Maguy, recebestes o dom de cuidar e curar por magnetismo. Através de Daniel, ensinaremos a usar esse dom. Só curarás o corpo curando a alma, pois essa é a finalidade que buscamos: elevar o nível espiritual daqueles que chegarão até ti e conduzir as almas até Deus>>”.

Médicos del cielo, médicos de la tierra (Maguy Lebrun)

 

O cristianismo também prega a existência no além.

 

“Obedecei aos vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque eles velam pelas vossas almas, como aqueles que têm de dar conta disso; para que o façam com alegria, e não se queixando, pois isso não vos é proveitoso”.

Hebreos 13:17

 

De qualquer forma, esse pensamento pode parecer que pretende procurar uma afiliação à igreja em troca de oferecer uma esperança de vida após a morte. Na realidade, é da mão de Deus que dependem os fios que se movem para que a vida possa continuar após a morte. Embora, na verdade, mais do que de Deus, dependa de nós mesmos. Ele oferece-nos um caminho nessa direção. Se o seguirmos, cumprirá a Sua palavra. Mas, se seguirmos o caminho do mundo, estaremos sob o falso manto protetor que as igrejas prometem, pelo simples fato de te batizarem, te confessarem ou te darem a extrema-unção. A crença no além, sem qualquer intenção de melhorar a vida social das pessoas e dos seres que habitam o nosso Universo aqui na Terra, é uma das maiores fontes de todos os males. O máximo a que se pode aspirar, e no melhor dos casos, é 'pó és e em pó te converterás', e a tua vida eterna não irá além do pó.

No caso daqueles que cometeram pecado mortal, como assassinos e criminosos, provocadores de guerras e defensores de políticas sociais onde as pessoas morrem de fome, o inferno se encarregará deles.

 

“Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e de linho fino, e fazia banquetes todos os dias com grande esplendor.

Havia também um mendigo chamado Lázaro, que estava deitado à porta daquele, cheio de chagas, e ansiava saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as chagas.

Aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; e também o rico morreu e foi sepultado.

E no Hades, levantando os olhos, estando em tormentos, viu de longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.

Então ele, gritando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia a Lázaro para que molhe a ponta do seu dedo em água e refresque a minha língua; pois estou atormentado nesta chama.

Mas Abraão lhe respondeu: Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens durante a tua vida, e Lázaro, da mesma forma, os males; agora, ele é consolado aqui, e tu, atormentado. Além disso, está colocado um grande abismo entre nós e vós, de modo que os que quiserem passar daqui para vós não podem, nem de lá passar para cá.

Então lhe disse: Rogo-te, pois, pai, que o envies à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

E Abraão lhe disse: A Moisés e aos profetas têm; ouçam-nos.

Ele então disse: Não, pai Abraão, mas se alguém fosse a eles dentre os mortos, arrepender-se-iam.

Mas Abraão lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que alguém ressuscite dos mortos”.

El rico y Lázaro – Lucas 16:19-31

 

AS VESTES BRANCAS

“Depois destas coisas, olhei, e eis uma grande multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com palmas nas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.

E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro seres viventes, e se prostraram sobre os seus rostos diante do trono e adoraram a Deus, Dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e a ação de graças, e a honra, e o poder, e a força, sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.

Então um dos anciãos falou, dizendo-me: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram?

Eu lhe disse: Senhor, tu o sabes.

E ele me disse: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes, e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem dia e noite no Seu templo; e aquele que está sentado no trono estenderá o Seu tabernáculo sobre eles. Nunca mais terão fome, nem terão sede, nem o sol nem calor algum cairá sobre eles; porque o Cordeiro que está no meio do trono os pastoreará, e os guiará para fontes de águas de vida; e Deus enxugará de seus olhos toda lágrima”.

La multitud vestida de ropas blancas – Apocalipsis 7:9-17

 

À parte de Jesus, aqui no mundo não houve nenhuma pessoa que tenha nascido livre de pecado. Dos ensinamentos do Nazareno, surge um novo mandamento: o de 'amarás o teu próximo como a ti mesmo'. Esta frase é, na realidade, o epicentro da doutrina cristã. Enquanto o desejo do melhor para si mesmo se centrar também no melhor para o outro, terão sido cumpridas as necessidades vitais que são necessárias para todos os seres do planeta. Essas predisposições são tão importantes de serem levadas a cabo quanto difíceis de concretizar. A influência dos estereótipos predominantes no homem torna isso quase impossível. E a corrente mágica da grande prostituta, instaurada na sociedade, torna isso ainda mais difícil.

No entanto, apesar disso, existem pessoas que alcançam níveis espirituais muito elevados e puros. Assim, a partir delas, as ideias alquinaturistas começaram a ganhar forma. Utilizando as miraculosas energias da Natureza, Deus lhes foi proporcionando a sabedoria necessária para o uso delas.

Muitas vezes, o ofício de médico do Céu foi denegrido, pois, em geral, o fenômeno das medicinas empíricas é examinado sob a batuta da especulação. O conhecimento do bem e do mal, como qualquer elemento antagónico, está sempre presente no mundo. Este fato também se reflete nos seres humanos, correspondendo ao culto de uma doutrina ou de outra, e à prática de uma medicina ou outra. Além disso, é importante considerar o tipo de música, desporto, alimentação e relações que agradam a uns ou a outros.

É possível retornar ao natural e abandonar a via artificial do mundo. Mais vale supor que a Mãe Natureza possui um manto que nos ampara, do que acreditar no império das farmacêuticas.

 

"Influência sobre políticos e legisladores

Em 2014, o setor industrial dos EUA que mais gastou em lobby foi o farmacêutico (230 milhões de dólares), seguido pelas associações de negócios (161 milhões) e o petróleo e o gás (141 milhões). No seu livro sobre a indústria farmacêutica, a doutora Marcia Angell, ex-diretora do New England Journal of Medicine, explica que em Washington há mais lobistas farmacêuticos do que representantes nas câmaras. Também em Bruxelas, os lobistas da indústria farmacêutica são os mais numerosos".

"Nos EUA, a compra de políticos é uma atividade legalizada. Basta declará-la. Na campanha das eleições presidenciais de 2020, 374 parlamentares (ou seja, dois terços) receberam apoio financeiro da indústria farmacêutica. O 'comité de ação política' da Pfizer doou quantias variáveis a 228 parlamentares e também a 1048 candidatos em eleições legislativas dos estados. Em 2021, os parlamentares receberam dezenas de milhões de dólares em ações de companhias farmacêuticas. A companhia da qual os parlamentares tinham mais ações era a Pfizer. Estes são os legisladores que supostamente deveriam acabar com os preços altíssimos dos medicamentos e com a epidemia de mortes por opioides”.

Crónica de una sociedad intoxicada (Joan-Ramon Laporte)

 

Aqueles que escolhem viver assim, consumindo fármacos, estão se aproximando da morte, com os efeitos secundários dos medicamentos sendo o seu ponto mais fraco.

Pelo menos, toda essa gente consumidora de fármacos não é atacada pelos demônios. O maior problema que o futuro lhes reserva é o Juiz da Natureza

“Então tive desejo de conhecer a verdade sobre a quarta besta, que era diferente de todas as outras, extremamente espantosa, com dentes de ferro e unhas de bronze, que devorava, despedaçava e pisava com os pés o que restava. E também sobre os dez chifres que tinha na cabeça, e sobre outro que subiu depois, diante do qual caíram três, esse mesmo chifre que tinha olhos e uma boca que proferia grandes arrogâncias, e cuja aparência era mais imponente do que a dos seus companheiros. Eu via que este chifre fazia guerra contra os santos e os vencia, até que veio o Ancião dos dias, e foi feito juízo em favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos receberam o Reino.

Assim me disse: A quarta besta será um quarto reino na terra, que será diferente de todos os reinos, e devorará toda a terra, e a pisará e a despedaçará.

E os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele reino; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos e metade de um tempo.

Mas o juízo será estabelecido, e tirar-lhe-ão o domínio, para o destruir e exterminar até ao fim. E o reino, o domínio e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o Seu reino será um reino eterno, e todos os domínios O servirão e lhe obedecerão.

Aqui termina a visão. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram, e o meu rosto se empalideceu; mas conservei estas coisas no meu coração”.

Daniel 7:19-28

 

INTERPRETAÇÃO:

- “tinha dentes de ferro”:

Mostra como o dragão fornece ao sistema o argumento da necessidade de se alimentar de carne. Caso contrário, o dragão tomará nota disso e os demónios lançar-se-ão contra os vegetarianos. O resultado é a destruição da ferritina (a principal proteína responsável por armazenar, transportar e libertar o ferro).


- “e unhas de bronze”:

A maldade e a astúcia, noção suprema do diabo e do seu espírito destruidor, nunca perdem de vista aqueles que decidem deixar de matar para se alimentarem, e acercam-se silenciosamente. A forma subtil como o fazem é bloqueando os canais de bronze de certas células. Este mineral é um microelemento necessário para:

A.      Células hepáticas, que fabricam cofator da vitamina B12. Este liga-se a uma apoenzima para a sua síntese. A sua carência provoca anemia por vitamina B12 naqueles que são vegetarianos.

B.      A mitocôndria dos nervos também necessita deste mineral. A sua carência pode provocar problemas motores e de locomoção.

C.      Para as células justaglomerulares dos rins. É necessário o bronze para que possam transcrever a eritropoietina, uma hormona que intervém na síntese dos eritrócitos (a sua carência provoca anemia).

Alimentos ricos em bronze:

·       Carnes (8)

·       Peixes (7)

·       Leite de vaca (7)

·       Trigo (7)

·       Amendoins (7)

·       Ovos (5)


- “do mesmo modo, acerca dos dez chifres que tinha na sua cabeça”:

Mais uma vez, deparamo-nos com os dez poderes fácticos mencionados no capítulo 3, página 15.

- “e daquele outro que tinha saído, diante do qual tinham caído três”:

A afirmação da profecia sobre outro chifre que tinha surgido coincide com o aparecimento da televisão. Este acontecimento provoca uma grande catástrofe na sociedade, convertendo-se no grande guia existencial do Homem. Este é o início inequívoco de uma sociedade totalmente manipulada. Os três chifres que caem são: o poder religioso (que se tornou numa relíquia social sem qualquer transcendência), o poder político (que passou a ser o bode expiatório de todos os males deste mundo) e os meios de informação não televisivos (que permanecem na sombra do grande meio televisivo).


- “E esse mesmo chifre, que tinha olhos e boca, e que proferia grandes palavras, parecia maior do que os seus companheiros. E eu via que este chifre fazia guerra contra os santos, e os vencia”:

Basta recordar como este chifre investiu contra as terapias naturais, rotulando-as de pseudociência, desviando a tendência de muitas pessoas que viam na medicina natural uma solução para os seus males.


- “até que veio o Ancião dos dias, e foi feito juízo em favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos receberam o Reino”:

Para as pessoas do mundo, o conceito de medicina natural situa-se num nível mais próximo do trivial do que do científico. Estas afirmações, longe de serem autênticas, são expressões vagas, limitadas pelo desconhecimento de muitas das leis que regem a Natureza. A vivência proporcionada pelos tratamentos de acupunctura, homeopatia, fitoterapia, entre outros, mobiliza de forma natural e livre a essência energética do organismo, que se encontra disponível para curar.  Assim, o jogo de energias que se ativam, fotónicas, vibracionais, térmicas, químicas, elétricas e magnéticas, constitui as forças primordiais que dão origem a uma verdadeira cura. Desta forma, a medicina natural ocupa uma posição dupla no mundo das manifestações: por um lado, fornece o impulso para que a semente da cura germine no organismo; por outro, possui uma dimensão orientadora para o universal, colocando-nos em harmonia com todos os seres do Universo. Para Deus e para a Natureza, a retificação dos seres humanos é o meio mais importante para estabelecer uma ordem na sociedade humana e, consequentemente, no meio animal e ambienta.

As denominações empíricas da medicina natural são bastante evidentes, pois sobre ela recaem milhares de anos de antiguidade, como é o caso da fitoterapia e da Medicina Tradicional Chinesa (acupunctura). Quem não o quer ver é porque está cego, ou porque tem algum interesse nisso.

O mundo da medicina oficial pode ser chamado de medicina da serpente. De facto, é assim que ela é simbolizada. Eis como, neste caso, o diabo não quis esconder-se. A obra da medicina oficial do mundo, com um extraordinário potencial tecnológico, uma cirurgia altamente sofisticada que roça o milagroso, e milhares de laboratórios com cientistas altamente especializados, conferiu à medicina oficial o estatuto de uma entidade da qual manam todas as maravilhas.

No entanto, quanto mais se apura a tecnologia, quanto mais elevado é o grau de conhecimento, mais a humanidade se afasta da saúde.

 

“PODEMOS FAZER UM BALANÇO?

Na Catalunha, todos os anos, os EAM¹ causam, no mínimo, 100.000 internamentos hospitalares, vários milhares de mortes dentro e fora dos hospitais, 3.000 hemorragias graves, mais de 2.400 fraturas do colo do fémur, algumas centenas de pneumonias, dezenas ou centenas de casos de cancro, algumas centenas de episódios de fibrilação auricular, centenas de casos de diabetes, milhares de pessoas com disfunção sexual, milhares com dores musculares, um número indeterminado de episódios de violência e agressão, enfartes do miocárdio, diagnósticos erróneos de demência, suicídios… Para não falar das mortes de doentes renais provocadas por Epoetinas administradas em doses demasiado elevadas, das hepatites causadas pelas Estatinas, das hipoglicemias resultantes do excesso de fármacos para a diabetes, e de muitos outros casos.

São cifras evidentemente aproximadas. Poderiam ser mais elevadas. Estou menos familiarizado com o que sucede no resto de Espanha, mas parece-me razoável supor que a magnitude do consumo e a sua distribuição na população sejam semelhantes às da Catalunha, pelo que, se estes números forem multiplicados por seis ou sete, poder-se-á obter uma estimativa aproximada para o conjunto do Estado.

Neste ponto, parecem-me oportunas duas considerações:

A primeira: a imprecisão quanto ao número de vítimas é o resultado inevitável da insuficiência de investigação. Muitos dados, sinais de fármaco vigilância e efeitos adversos comprovados ficam guardados nas gavetas das companhias. A escassa investigação que se publica não tem a difusão que merece. Não são boas notícias, não fazem parte dos planos de estudo, são inexistentes durante a formação de pós-graduação, não dão origem a artigos científicos de grande impacto e não são alvo da atenção dos meios de comunicação. Como é possível que um problema que causa milhares de mortes — centenas de milhares no conjunto da União Europeia — não só persista há tanto tempo, como continue a aumentar? A medicina contemporânea está longe do espírito hipocrático: «Antes de mais, não causar dano».

1EAM (Efectos adversos de los medicamentos)

Crónica de una sociedad intoxicada (Joan-Ramon Laporte)

 

Na opinião da Natureza, o mundo da medicina oficial transformou-se no mundo do mal, conduzindo a um labirinto de erros que acaba por prejudicar a saúde.

É por isso que, em vez de “as pisar com os pés”, as terapias alternativas deveriam ser incentivadas, pois procuram integrar-nos candidamente no pulsar harmónico da Natureza.

A atomização imposta pela quarta besta sobre os seres humanos é incessante. Mas sabemos que o véu tecido por esses fios que tudo manejam será rasgado pelo Deus da Natureza. Então, chegado o tempo, os santos receberão o Reino.

 

O QUINTO SELO

“E, quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e pelo testemunho que mantinham.

E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando, ó Senhor, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?

E foram-lhes dadas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número dos seus companheiros de serviço e dos seus irmãos, que também haviam de ser mortos como eles.”.

Apocalipsis 6:9-11

 

INTERPRETACIÓN:

- “vi debaixo do altar”:

É essencial que não subsista qualquer erro de entendimento. Aqueles que estão debaixo do altar são os que vivem a experiência da Alquinatura e das terapias naturais, seguindo critérios próprios que correspondem à sua práxis.

A partir do momento em que alguém escolhe tratar a sua enfermidade através das terapias naturais e transformar a sua vida, do artificial para o natural, está a alinhar-se com a adoração da Natureza e de Deus, que nela se manifesta. Encontra-se, assim, “debaixo do altar”.

- “as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e pelo testemunho que mantinham”:

Desde o momento em que os hábitos das pessoas começam a transformar-se e se tornam saudáveis e naturais, desencadeia-se um ataque progressivo de demónios. A força vital debilita-se constantemente, minada pela resistência dessas forças adversas. Assim, é possível que, devido às limitações do organismo, este acabe por sucumbir, levando à morte.

Ao compreendermos esta realidade, torna-se-nos claro o sentido do presente daqueles que partiram.

 

“Aconteceu que, quando Jeová quis levar Elias ao céu num redemoinho, Elias vinha com Eliseu de Gilgal.

E disse Elias a Eliseu: “Fica agora aqui, porque Jeová me enviou a Betel.” Mas Eliseu respondeu: “Vive Jeová, e vive a tua alma, que não te deixarei.” E desceram, pois, a Betel.

Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu e disseram-lhe: “Sabes que Jeová levará hoje o teu senhor de sobre ti?” E ele respondeu: “Sim, eu sei; calai-vos.

E Elias voltou a dizer-lhe: “Eliseu, fica aqui agora, porque Jeová me enviou a Jericó.” Mas ele respondeu: “Vive Jeová, e vive a tua alma, que não te deixarei.” E chegaram, pois, a Jericó.

Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó aproximaram-se de Eliseu e disseram-lhe: “Sabes que Jeová levará hoje o teu senhor de sobre ti?” E ele respondeu: “Sim, eu sei; calai-vos.”

E Elias disse-lhe: “Rogo-te que fiques aqui, porque Jeová me enviou ao Jordão.” Mas ele respondeu: “Vive Jeová, e vive a tua alma, que não te deixarei.” E assim foram ambos. 

E cinquenta homens dentre os filhos dos profetas vieram e pararam ao longe, defronte deles; e eles dois pararam junto ao Jordão.

Então Elias tomou o seu manto, enrolou-o, e feriu as águas, que se dividiram para um e outro lado; e passaram ambos em seco.

Quando já tinham passado, Elias disse a Eliseu: “Pede o que quiseres que eu te faça, antes que seja tirado de ti. ”E Eliseu disse: “Rogo-te que uma porção dobrada do teu espírito venha sobre mim.

E Elias respondeu: “Pediste coisa difícil. Se me vires quando for tirado de ti, assim te será concedido; mas, se não o vires, não se concederá.

E aconteceu que, enquanto iam caminhando e conversando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou; e Elias subiu ao céu num redemoinho.

Ao vê-lo, Eliseu clamou: “Meu pai, meu pai! Carro de Israel e seus cavaleiros!” E nunca mais o viu; então tomou as suas vestes e rasgou-as em duas partes.

Depois levantou o manto de Elias, que lhe tinha caído, e voltou, e pôs-se à beira do Jordão.

E, tomando o manto de Elias, que lhe havia caído, feriu as águas e disse: “Onde está Jeová, o Deus de Elias?” E, quando feriu as águas do mesmo modo, elas dividiram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.

Vendo-o, então, os filhos dos profetas que estavam em Jericó, do outro lado, disseram: “O espírito de Elias repousa sobre Eliseu.” E vieram ao seu encontro, e prostraram-se diante dele em terra.

E disseram-lhe: “Eis que entre os teus servos há cinquenta homens valentes; que vão, agora, à procura do teu senhor. Talvez o Espírito de Jeová o tenha levado e lançado nalgum monte ou nalgum vale.” Mas ele respondeu: “Não os envieis”.

Porém eles insistiram tanto, que, envergonhado, disse: “Enviai-os.”

E enviaram cinquenta homens, que o procuraram durante três dias, mas não o acharam.

E quando voltaram para junto de Eliseu, que havia ficado em Jericó, ele disse-lhes: “Não vos disse eu que não fôsseis?”

E os homens da cidade disseram a Eliseu: “Eis que o lugar onde esta cidade está situada é bom, como, o meu senhor, vê; mas as águas são más, e a terra é estéril.

Então ele disse: “Trazei-me uma vasilha nova, e ponde nela sal.” E trouxeram-lhe.

E saindo ele ao manancial das águas, lançou ali o sal, e disse: “Assim disse Jeová: Eu curei estas águas; delas não procederá mais morte nem enfermidade.”.

E as águas tornaram-se sãs até hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha proferido.

Depois subiu dali a Betel; e, enquanto subia pelo caminho, saíram da cidade uns rapazes, que zombavam dele, dizendo: “Sobe, calvo! Sobe, calvo!”

E, voltando-se ele para trás, viu-os e os amaldiçoou em nome de Jeová. Então saíram dois ursos do bosque e despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazes.

Dali foi para o monte Carmelo, e de lá voltou para Samaria”.

Eliseo sucede a Elías - 2 Reyes 2:1-25

 

Entre as exposições mais excecionais de como alguém é elevado ao planeta da constelação de Peixes (o Reino), está a do profeta Elias. Devem evitar-se conjeturas: a vida é apenas como a conhecemos. Quem vive, só o faz com corpo e alma. E é assim que Elias é elevado aos céus. Do mesmo modo, Jesus foi elevado no dia da ascensão, Ele que foi crucificado e teve de ressuscitar. É simplesmente impossível viver sem corpo.

A outra via para chegar aos céus é a alma. Não se trata de que a alma transmigre ou se eleve. Devemos compreender a alma como um grupo de neurónios localizado no tálamo, onde se regista toda a informação dos nossos atos de vida e da nossa genética, da mesma forma que se regista, nos neurónios do consciente, a vida quotidiana.

O retorno à vida depois da morte é obra exclusiva de Jesus. Ele tem as chaves da morte e do Hades (Apocalipse 1:18). Ele governa o reino das almas e sabe quem esteve com a sua doutrina e quem esteve com a doutrina do mundo, quem viveu segundo a vida natural e quem viveu segundo a vida artificial. Basta imaginar, por um momento, que aqueles que foram abatidos por levarem uma vida respeitando a ordem natural, “o testemunho que tinham”, Jesus retirou a sua alma do Hades (o lugar de registo das almas), e a grande ciência do Céu devolveu-lhes a vida, criando-lhes um novo corpo a partir do registo da alma. Estamos a falar de uma clonagem da pessoa: física, mental e espiritual. Porque, onde quer que se estabeleçam as almas com bons hábitos, boas ações e que lutam contra a injustiça, aí a vida prospera.

Assim, uma pessoa que ontem morreu na Terra, hoje está a viver no Céu, com a memória viva de como foi a sua vida na Terra.

 

Como estás tão longe de mim,

Queria contigo falar.

Mas há anos luz que parecem não ter fim,

E as palavras, ao passar,

O tempo as leva no ar.

 

- “E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando, ó Senhor, santo e verdadeiro, não julgas e não vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”:

 

As línguas acusadoras são um instrumento insidioso e sinistro para a vida. O sábio só as usa quando presencia um ato de injustiça. Uma falsa acusação contra alguém que perdeu a vida seguindo hábitos saudáveis é comparável a quem comete um homicídio.

 

- “E foram-lhes dadas vestes brancas”:

O processo da metafísica iniciado na Terra através dos hábitos naturais deve continuar a ser completado no Céu. Apenas a obra da roda da vida (as atividades alquinaturistas) permite alcançar a vida eterna. Quem não vier a compreender isto, irá perdendo-se no devir do ocaso do tempo. Pois a nova Terra desejou ser apenas terra, e assim sucederá. E sim, o Céu poderá estender as suas asas e voar, para não ser tocado pelo pó da terra.

 

“Vi um novo céu e uma nova terra; porque o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existia”.

Apocalipsis 21:1

 

- “E foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e dos seus irmãos, que também haviam de ser mortos como eles”:

Não se sabe quase nada sobre a vida. A viagem serena que alguns fazem nada tem a ver com o calvário de muitas pessoas. A discussão sobre o facto de uns e outros terem tido vidas tão diferentes nunca se resolveria pela lógica do raciocínio. Graças ao diabo, alguns elevaram-se às mais altas altitudes sem sentirem vertigens, e outros nem sequer conseguiram montar num burro, porque o burro era mais esperto do que eles. Uns sonhavam com anjinhos enquanto dormiam, e outros nem sequer dormiam. Uns conheceram a alegria de viver, e outros vivem sempre com a agonia às costas.

Assim, soberanamente, é como decorre a vida das pessoas. Porque o dragão tem nas mãos os fios que tudo movem. Esse ser misterioso e invisível, que castiga os bons e recompensa os seus, fomenta a mentalidade que serve os seus propósitos e, conforme os seus objetivos pouco revelados, visa simplesmente: destruir a humanidade.

Lúcifer não odeia os humanos, mas sabe que, se os humanos progredirem e se transformarem em anjos, estabelecer-se-á a “trindade” no Universo, rompendo-se assim a ordem estabelecida da “binaridade” contra a “unidade”.

 

“Também apareceu outro sinal no céu: eis um grande dragão escarlate, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra. E o dragão colocou-se diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de devorar o seu filho logo que nascesse”.

Apocalipsis 12:3-4

 

Aqui, a definição de estrelas significa “anjos”. Assim, o dragão arrasta consigo a terça parte dos anjos do Universo (as estrelas). Desta forma, compreendemos que, em termos quantitativos, as forças do bem são o dobro das forças do mal. No entanto, em termos qualitativos, são equivalentes. A arte mágica e energética da Natureza angélica atua como uma arma de guerra.


“Chegaram, pois, os dois anjos a Sodoma ao cair da tarde, e Ló estava sentado à porta de Sodoma. Ao vê-los, Ló levantou-se para os receber e inclinou-se com o rosto em terra, e disse: Agora, meus senhores, rogo-vos que venhais à casa deste vosso servo, vos hospedeis e laveis os vossos pés; e, pela manhã, levantar-vos-eis e seguireis o vosso caminho. Mas eles responderam: Não; passaremos a noite na rua.

Mas ele insistiu muito com eles, e foram com ele, e entraram em sua casa; preparou-lhes então um banquete, cozeu pães sem fermento, e comeram.

Mas antes que se deitassem, os homens da cidade, os varões de Sodoma, cercaram a casa, todo o povo junto, desde o mais novo até ao mais velho.

E chamaram por Ló, e disseram-lhe: “Onde estão os homens que vieram a ti esta noite? Trazei-os cá fora, para que os conheçamos.”.

Então Ló saiu-lhes à porta, fechou-a atrás de si e disse: “Rogo-vos, meus irmãos, que não façais tão grande maldade. Vede, tenho duas filhas que ainda não conheceram varão; vou trazê-las cá fora, e fazei delas como melhor vos parecer. Mas a estes varões nada façais, pois vieram abrigar-se à sombra do meu telhado".

E eles responderam: Sai daí! E acrescentaram: Este estrangeiro veio habitar entre nós, e quer-se agora fazer juiz? Agora faremos a ti pior do que a eles. E fizeram grande violência ao homem, a Lot, e aproximaram-se para arrombar a porta.

Então os varões estenderam a mão, fizeram Ló entrar na casa com eles e fecharam a porta.

“E aos homens que estavam à porta da casa feriram com cegueira, desde o menor até ao maior, de modo que se cansavam procurando a porta”.

Destrucción de Sodoma y Gomorra – Génesis 19: 1-11

 

Tendo em conta esta realidade da natureza que possuem os anjos, são necessários três anjos para subjugar um. A situação atual de dois contra um determina um confronto em equilíbrio.

Os distúrbios neurofisiológicos que os seres humanos acumulam devido aos seus maus hábitos de vida deveriam, pela própria lei de causa e efeito, desencadear um caos na saúde, algo que levaria o Homem a corrigir os seus hábitos. No entanto, o dragão fornece diariamente, aos seus, a poção necessária para os manter, sem que haja qualquer tipo de transcendência que os possa converter em anjos. Pelo contrário, ao povo de Deus, destrói-o com os seus demónios, para impedir precisamente essa transcendência.

O ser humano, na sua forma positiva, contém a potencialidade do Céu e poderia transformar-se em anjo aqui na Terra. É então que a Trindade seria estabelecida:

·       Reino de Deus: Constelação de Peixes

·       Reino do Espírito Santa: Constelação de Aquário

·       Reino de Jesus na Terra: Via Láctea

·       Reino de Lúcifer: Constelação de Andrômeda

A função da Espírito Santa, no âmbito do celestial, consiste em operar milagres. É possível que já esteja a preparar o regresso daqueles que nos deixaram. Resta-nos apenas esperar pelo tempo da sua anunciação, quando as trombetas começarem a tocar.

 

 


 
 
 

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